Liberdade ! Liberdade ! abre asas sobre nós…

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O que significa “liberdade para nós”. À primeira vista parece ser um conceito fácil de definição. Agora, o que perturba é a prática. Para alguns é poder fazer o que vem a cabeça, sem restrições. Para outros uma boa liberdade tem significados mais ricos. Eu defendo com unhas e dentes o direito de ir e vir, o da liberdade de expressão. Mas, não podemos esquecer que antes de começar nossos direitos temos que respeitar o alheio.

Pois bem, a palavra ‘liberdade’ me chamou atenção logo cedo. Ao ligar a TV, na manhã desta terça-feira, 4, o controle remoto foi direto no telejornal Bom Dia Brasil da Rede Globo. Uma das pautas destacava a Conferência sobre “Liberdade de Expressão”, organizada pela Escola de Magistratura do Rio (Emerj) e realizada no Fórum da capital. E um dos anfitriões do evento era o ex-repórter do Washington Post, Carl Bernstein. Ele ganhou fama internacional, ao lado do seu colega de redação Bob Woodward, com as reportagens do caso Watergate, que levou à renúncia do presidente norte-americano Richard Nixon, em agosto de 1974. Depois de um VT destacando a Conferência, o jornalista Renato Machado conversou com Bernstein, o homem de cabelos pra lá de grisalhos, com 50 anos só de jornalismo, lúcido, atuante, contextualizado com o hoje, que virou personagem vivido por Dustin Hoffman no filme “Todos os Homens do Presidente” ou por Jack Nicholson em A difícil arte de amar (Heartburn), drama sobre um casal em crise dirigido por Mike Nichols, com roteiro em tons autobiográficos de Nora Ephron, que foi casada com Bernstein.

Mas, se a abordagem é o poder de informar, eu costumo dizer que o bom jornalista é obrigado ter uma leitura de mundo e pegando a carona na frase de Bernstein “a imprensa existe para o bem do público, não somente para entreter e ganhar dinheiro. A função principal do profissional da comunicação é dar aos espectadores a melhor versão possível da realidade, que é um conceito simples e muito difícil de se alcançar”. Quanto a liberdade de expressão eu defendo que sejamos responsáveis pelo o que escrevemos e falamos. No exercício do livre arbítrio da comunicação endosso as palavras do ministro Ayres Britto. “A liberdade de expressão é a maior expressão da liberdade. Acabou a censura prévia no Brasil e isso nos coloca na linha de frente dos países que fazem caminhar juntas liberdade de imprensa e democracia. Quanto maior a liberdade de imprensa, mais densa a democracia”.

Com fica a ética no jornalismo?  A minha pregação é a que não aprendemos na academia. Ela acontece com o bom senso e a maneira como jornalista encara o quarto poder. Quarto Poder ? Ele existe. Para o jornalista Geneton Moraes Neto o Quarto Poder existe, o nome da ‘cara’ é Carl Bernstein. Se fosse dado a honraria, Bernstein,  poderia bater no peito e dizer que, em parceria com Woodward, derrubou o presidente de um dos  países mais poderosos do planeta . Jamais alguém encarnou com tanta propriedade, portanto, o chamado “Quarto Poder”.

E já que o Quarto Poder existe, o que perguntar da tal modernidade ? Será que ela não está em crise? Para algumas pessoas sim ? Para outras não ? Afinal de contas, estamos  na era da digitalização da TV, da inclusão na internet e suas ferramentas. Tudo é real e importante.

Questionamentos em ‘overdose’. Será que para atingir o conceito de moderno, principalmente no jornalismo,  é necessário não deixar de lado que nada substitui o talento de um profissional ? E no ‘beabá’ do jornalismo o importante é saber decidir sobre a notícia típica à luz da realidade, sem pautas e fontes pré-concebidos ?

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