Convocação
Veja mais sobre os Scorpions em São Luís no Portal Na Mira:
Scorpions: show será “memorável”
Empresário de turnê dos Scorpions manda recado a fãs
Veja mais sobre os Scorpions em São Luís no Portal Na Mira:
Scorpions: show será “memorável”
Empresário de turnê dos Scorpions manda recado a fãs
São Luís não será mais a mesma, pois entra na rota do show ‘business’ gringo. Está confirmadíssima a vinda da banda alemã, Scorpions em São Luís. O show ocorrerá no dia 24 de setembro, no Centro Histórico e faz parte da turnê internacional “Get Your Sting and Blackout”. A afirmação foi feita pelo pelo mexicano Paulo Baron, empresário da Top Link, responsável pela turnê 2010 do Scorpions na América Latina, e Steffano Nunes, empresário do grupo ICEP, instituição maranhense, parceira do evento, durante bate-papo informal, nesta manhã, no Pestana Resort Hotel (Calhau).
Participaram do encontro, os secretários Liviomar Macatrão, (Municipal de Turismo) e José Antônio Helluy, (Estadual do Trabalho e Economia Solidária), além da Bastidores e Cores Comunicação, empresas que cuidam da divulgação e marketing do evento. A jornalista Juliana Silveira, da Cores Comunicação, foi a mestre de cerimônia, apresentando os convidados e convocando os jornalistas para a sabatina.
Eu Vou
Baron comentou que São Luís foi a cidade escolhida para essa turnê devido o jeito exótico e da riqueza cultural. Disse ainda que essa experiência será importante para o destino do Maranhão na rota do show internacional e depende de todos os envolvidos com a idéia. A turnê marca a despedida da banca dos palcos e a divulgação do álbum “Sting and Tail”.
– A vinda da turnê do Scorpions dará uma visibilidade para São Luís. O mundo estará todo voltado para o evento na cidade. É importante o engajamento de todos. Se fizermos um espetáculo maravilhoso, as portas se abrem para outros eventos dessa natureza. Se o Scorpions vem e der certo em São Luís, é possível se trabalhar outros shows e outros nomes como, Rolling Stones, U2, José Carreras, poderão baixar por aqui – sugeriu.
Paulo Baron explicou que São Luís venceu a disputa pelo show do Scorpions com outras capitais nordestinas, exemplificando, Fortaleza (CE) e Recife (PE).
– O mundo todo quer ver o Scorpions. Tive muitas propostas. O show seria em Fortaleza ou em São Luís. Depois, entrou Recife querendo também. Mas ficou mesmo para São Luís. Continuo tendo propostas, mas a possibilidade de fazer mais shows no Brasil não existe. Vocês são privilegiados – elogiou.
Steffano comentou da falta de crença por parte de algumas pessoas em não acreditar que o show ocorreria em São Luís. Ele deixou bem claro que o show do Scorpions é algo de inédito que ocorrerá em São Luís.
– É necessário a confiança de todos nesse projeto ousado para São Luís. O Scorpions virá para a cidade em setembro e o show aqui é um dos mais privilegiados da turnê. Ele será realizado dia 24 de setembro, numa sexta-feira – ressaltou.
Ingressos
Steffano informou que os ingressos começam a ser vendidos nesta terça-feira, dia 1º, na MMartan, no Shopping Rio Anil e avenida dos Holandeses. O primeiro lote de pista custa R$ 100, a Premium R$ 200. Já, o camarote, R$ 300, que além de atendimento VIP, dá direito também à pista premium. Steffano garantiu que a meia-entrada para estudantes será comercializada no 2º lote de ingressos.
Última Parada
Questionados dos preços dos ingressos, Steffano e Paulo Veron foram categóricos em dizer que valôres são padronizados e cobrados por onde passará a turnê da banda. Disseram ainda que representam os custos elevados da produção do evento.
Histórico
São Luís será a última parada da turnê nacional do Scorpions. A expectativa por parte dos organizadores da festa é de 20 mil pessoas. Segundo Paulo Veron, o show em São Luís é histórico. A banda alemã Scorpions vai se dissolver logo após a turnê mundial, mais precisamente, em 2012.
– O grupo vai se desfazer em grande estilo. Os músicos estão conservados e atuantes. Essa é a melhor maneira de se encerrar uma trajetória. E São Luís vai poder compartilhar desse momento e que ficará marcado na história do rock mundial. Compareçam todos da cidade. Isso será fantástico – convocou.
Diversão e Ação Social
Steffano Nunes, do Grupo ICEP, instituição parceira do show do Scorpions em São Luís, que atua na qualidade do atendimento e dos serviços educacionais, disse que o evento não terá apenas um caráter de entretenimento. Para ele, a vinda do Scorpions a cidade será um momento de contribuir socialmente.
– O grupo deve chegar dois dias antes do espetáculo. E aproveitaremos a visita para passeios e de uma agenda de ações, além da diversão – garantiu.
Biografia
O Scorpions é uma das bandas que revolucionou o rock em todo o planeta. Tudo começou na Alemanha em 1966, com os irmãos Michael e Rudolf Schenker, ambos excelentes guitarristas. Juntos com eles estavam Klaus Meine (vocal), Lothar Heinberg (baixo) e Wolfgang Dziony (bateria) e, em 1972 lançaram o álbum “Lonesome Crow”, explodindo em vários países.
Após 20 anos e mais uma dezena de discos lançados, o Scorpions é um dos gigantes do rock mundial com lugar cativo na galeria dos grandes astros internacionais. A banda contabiliza mais de 200 milhões de discos vendidos em todo o planeta e sucessos que emocionaram e ainda emocionam seus fãs por onde quer que passem. A banda alemã se apresentou no histórico festival Rock in Rio 1, em 1985, no Rio de Janeiro.
O figurino tradicional dos roqueiros é o preto, mas nesta quarta-feira, véspera de feriado de Corpus Christi, a pedida é vestir a camisa verde e amarela da Seleção Brasileira e entrar no clima da Copa do Mundo ao som de muito rock n’roll.
O show Rock Brazuca reunirá as bandas Absintho, The Bandeidis e Neura, a partir das 21hs, no Bar do Nelson, na Avenida Litorânea. Com pouco tempo de existência, as bandas prometem mostrar ao público maranhense que conhecem os clássicos do gênero.
Absintho
Os rapazes da Absintho tinham o único propósito de “tirar um som”, fazendo covers de suas bandas preferidas, como Red Hot Chilli Peppers, AC/DC e Green Day, quando resolveram formar a banda, em agosto de 2009. Das reuniões de amantes do rock, antes restritas, começaram a surgir as primeiras apresentações, inicialmente em aniversários e depois em espaços como Public House, Iate Club e no próprio Bar do Nelson onde se apresentam nesta quarta-feira.
Formada por Júnior Ribeiro (vocal), Lulu Aragão (guitarra solo), Flávio Protásio (guitarra base), O Geo (baixo), Fernando Sobrinho (baterista), e Hugo Campos (backing vocal), a Absintho mostrará no show desta quarta-feira o som que gosta de fazer.
O repertório inclui Losing my religion, do REM, Sultans of Swing, do Dire Straits, Wonderwall, do Oasis, O Coro vai comer, do Charlie Brown Jr., entre outras.
The Bandeidis
Já os rapazes da The Bandeidis seguem um estilo mais indie rock, tocando músicas de Artic Monkeys, Coldplay, Gram, The Strokes, entre outros.
Neura
E para quem não abre mão do som jamaicano, a levada reggae rock da Neura será a pedida, com um pouco de O Rappa, Forfun, além de composições próprias.
Serviço:
O quê: Show Rock Brazuca, com as bandas Absintho, Neura e The Bandeidis
Quando: nesta quarta-feira (2), 21hs
Onde: Bar do Nelson, na Avenida Litorânea
Ingressos: R$ 10,00, à venda no local
Seis anos depois da dissolução da Catarina Mina, o compositor maranhense Djalma Lúcio retorna ao universo da música com novo projeto autoral. Propondo um som mais sujo e menos pop, Djalma trocou o violão pela guitarra, formou uma nova banda – que leva seu nome – e já possui perfis no myspace, twitter e youtube para divulgar a produção recente.
O hiato na vida musical do compositor se justifica: após o término da Catarina, decide cursar Comunicação no Rio de Janeiro e, no início de 2009, forma-se em Rádio e TV pela ECO-UFRJ. “A ida para o Rio significou, num primeiro momento, o afastamento do trabalho com música. Mas o ambiente da Escola de Comunicação e a convivência com músicos cariocas e maranhenses me fizeram repensar a decisão”.
Embora distante dos palcos e estúdios, Djalma Lúcio continuou compondo e em 2007 produziu o clipe da canção “Não quero dançar”, que já soma mais de 1900 acessos no Youtube (www.tinyurl.com/nquerodancar). Ao lado de outras três composições do autor, a música estará presente no EP “Conforme prometi no réveillon”, cujo lançamento está previsto para julho deste ano. Os vídeos dos ensaios estão sendo disponibilizados no Youtube (www.youtube.com/djalmaluciotv).
O compositor também está preparando novas apresentações. Nos últimos meses, participou de shows de bandas como Farol vermelho e Pedra Polida e do Festival Rock-Jah, do Espaço Armazém
Dez anos depois de mergulhar sua guitarra no universo das festas juninas, Gilberto Gil volta a versar o mesmo tema em seu novo CD, Fé na festa, primeiro da parceria do selo Geléia Geral com a gravadora Universal. Mas, ao contrário do trabalho anterior, nesse álbum Gil mostra repertório quase todo autoral e inédito reafirmando sua devoção nas festas brasileiras.
Fé na festa é um disco de digestão fácil sem, no entanto, perder em qualidade. Animando o baile, Gil deixa de lado suas habituais letras filosóficas e valoriza xotes, xaxados e baiões de amor. Das melhores composições do novo disco, O livre-atirador e a pegadora é a primeira escolhida para tocar nas rádios. Com forte pegada popular, a letra fala sobre o amor livre e cita grupos blockbuster como Timbalada, Babado Novo, Psirico e Calcinha Preta. Namorando a cultura de massa Gil acerta em uma levada que tem cara de hit nobre.
Mas irresistível mesmo é o arrasta-pé arretado Assim, sim que vem a seguir. A música contagiante é digna de entrar no repertório de Gil independente do projeto temático. O disco apresenta outras boas composições recentes de Gil como Vinte e seis, letra que junta seu aniversário (26 de junho) aos festejos. “É que só no meu caso especial / Por acaso, aqui, pra mais dois ou três / Vinte e seis virou dia de natal / E nesse caso junho foi o mês (…) Diferente do parabéns normal / Eu vou cantar um parabéns baião”.
Na canção Não tenho medo da vida Gil dialoga com Não tenho medo da morte, de seu último trabalho: “Viver é saber subir, alcançar a nota lá / Lá no ponto de ferir, se preciso até sangrar”. Gil divide com Nando Cordel a composição de São João carioca, na tradição das quadrilhas. Com Vanessa da Mata apresenta a gostosa Lá vem ela que fecha o disco, com destaque para o acordeom de Toninho Ferragutti.
Entre as treze faixas do disco, quatro não são inéditas. Gil retoma com novo arranjo Norte da saudade, do repertório de seu clássico Refavela de 1977. Outra ótima releitura é para Aprendi com o rei, reverência do compositor João Silva ao mestre rei do baião Luiz Gonzaga que Gil apresenta e engata com Dança da moda, parceria de Gonzagão com Zé Dantas.
A festa de Gilberto Gil tem comemoração de ritmos nordestinos e devoção religiosa. Dez anos depois do intérprete de se debruçar sobre a obra dos mestres, Gil dá sua própria visão como compositor. Sua obra sempre teve ligação íntima com esses ritmos e festas, nada mais natural que o projeto acontecesse celebrando as datas, os santos e a música.
por Beto Feitosa
Ocorre entre os dias 3 a 6 de junho em Pedro II no Piauí, a sétima edição do Festival de Inverno. O festival é um dos principais eventos culturais do Estado, e leva a população piauiense e turistas de todo o Brasil a conhecer as mais variadas formas de arte presentes na música, gastronomia e artesanato.
Este ano entre as atrações confirmadas estão Fernanda Takai, Zeca Baleiro, Stanley Jordan (foto) com a participação de Armandinho Macedo e Maria Rita.
Ao assistir a decisão entre a Inter de Milão (Itália) e o Bayern Munique (Alemanha), no último sábado (22), em Madri, na Espanha, pela Liga dos Campeões da Europa, o narrador global Galvão Bueno destacava o time italiano, campeão da competição, como um time de estrelas, em que a sua maioria foi importado de outros países para o clube. Do Brasil tinham três jogadores (Júlio César, Maicon e Lúcio), cinco argentinos, um camaronês, dois da macedònia, e por aí foi. Enfim, ele definiu a Inter de Milão como o retrato atual do ‘futebol globalizado”. Vi um time sem a essência ‘azurra’. Mas, esse é o caminho criado para quem avança a fronteira, foge do seu habitat natural para conviver uma nova ordem mundial. Aos mortais que adotam a tendência são atribuídos os estigmas de ‘cidadão do mundo’, ‘ser cosmopolita’ ‘cidadão globalizado’.
No campo das artes, onde o futebol está incluído a essa realidade, pensamento, questionar o assunto de maneira empírica pode se tornar perda de tempo. E mais, analisando pelo cosmopolitismo no contexto ético e da globalização pela inclusão produtiva, o que está acontecendo no futebol em muitos casos é funcional. O que não pode ser esquecido para os oriundos do terceiro mundo ou dos países em via de desenvolvimento, principalmente (nós outros) brasileiros, é lembrar sempre a origem, o Porto seguro, não importando se o mesmo está situado em: Ananindeua (PA), Planaltina (DF), Rocinha (RJ), Bairro de Fátima (São Luís/MA), Bacabal (MA), Pinheiro (MA), Cariri (CE), Campo Maior (PI), Patos (PB), entre outras comunidades e municípios, em que a maioria dos nossos jogadores saiu para ascender socialmente e brilhar como artistas da bola no palco dos estádios de futebol.
Além do cosmpolitismo na bola e nas artes, têm outras coisas que ainda me deixam confuso ao tentar compreender o conceito de ser cosmopolita, cidadão do mundo, sem perder a identidade. Às vezes vem aquela empolgação momentânea do plágio do primeiro mundo, absorvido por conta do acesso a informação com o surgimento e a evolução de novas tecnologias, as redes sociais criadas pela internet e o processo de colonização o qual estamos inseridos historicamente. Caio na real e reflito. Percebo que não posso deixar o meu lado provinciano. Degustar o guaraná Jesus, ou o sorvetinho de coco feito na casquinha original dos pregoeiros, comer um caranguejo no barzinho da praia de São Luís ou São José de Ribamar, torcer mais do que nunca pelo meu Sampaio Corrêa, passear tranquilamente pelas ruas do Centro Histórico e outros cartões postais da cidade sem molestado por almas penadas, curtir o couro comendo do tambor de crioula, a toada autêntica e sem modismo vazio do bumba-meu-boi, o reggae clássico jamaicano com o jeitinho peculiar do dançar coladinho do maranhense. Visitar as igrejas, os museus e poder perceber neles o quanto são similares e representativos quanto as suntuosidades vistas no Vaticano, Milão, Barcelona, Paris, Rússia, etc. Poder pronunciar o meu ‘hein, hein’, ‘pequeno’ como um acréscimo e contribuição para a rica ortografia Luso Brasileira. Mas deixo bem claro, que aprecio o meu provincianismo, mas sem demagogia e xenofobismo, pois também quero conhecer a geografia e a história do mundo, além das coisas boas que estão em redor dele, mas sempre tendo como ponto de partida o meu lar.
E se a leitura e a viagem nos possibilitam a configuração de um mundo em formato de aldeia global, temos mais é que aproveitar, correr atrás buscando mecanismos para que possamos perceber que além da caverna existem outras opções de vida.
Mesmo assim defendo com unhas e dentes a teoria da leitura crítica do mundo e tenho um conceito de que viajar muito não significa viajar bem. E viajar também não é, necessariamente, uma experiência positiva. É possível substituir os melhores momentos longe de casa por uma imaginação fértil. E certas pessoas podem atravessar galáxias e continuar provincianas como uma formiga, que vive num planeta restrito ao alcance de suas patinhas. Não é a quantidade de países visitados que faz com que alguém seja mais cosmopolita, porque o limite do nosso provincianismo não é geográfico: é espiritual. Uma pessoa realmente cosmopolita viaja com a mesmo estilo com que vive. Ser cosmopolita é encarar com a mesma postura uma viagem a trabalho para uma comunidade quilombola, ou de quebradeiras de coco no interior do Maranhão e um mês de férias com a família no Havaí, sem se emburrar ou se deslumbrar antecipadamente com ambientes desconhecidos.
Uma educação cosmopolita não é baseada exclusivamente em referências urbanas, como museus e restaurantes, e muito menos limitada a meia dúzia de cidades no mundo. Não basta saber como as coisas funcionam em Nova York, Londres, Paris ou Tóquio, porque o mundo – o resto do mundo – tem muito mais cores e camadas, e que muitas vezes essas nuances estão do nosso lado. Tudo é uma questão de sensibilidade. É bonito, para certas pessoas, visitar ou morar em Manhattan, mas pode ser igualmente interessante, para um espírito curioso, uma temporada em Santo Amaro (MA). É bobagem transformar uma cidade numa marca, conferindo a ela um status que não existe, porque uma cidade sozinha não faz com que morar nela seja interessante. E não é assim – para carimbar o passaporte e mostrar aos amigos – que se aproveita, por muito ou pouco tempo, lugares diferentes.
No Brasil, essa espécie de provincianismo se acentua, porque – tão longe dos Estados Unidos e da Europa – qualquer experiência mais longa nesses lugares ganha um charme artificial, que está longe de como a maioria das pessoas leva a vida cotidiana. Uma cidade ou país supostamente sofisticados não educam por osmose uma personalidade passiva – nem conferem a ela uma elegância que em casa ela não tem. Você não aprende mais sobre ópera morando ao lado do Metropolitan Opera House em Nova York, nem você morando num apartamento no bairro do Hermitage, em São Petesburgo, vai transformar você num expert em cultura russa. Grandes cidades nunca despertam nem desenvolvem curiosidades inexistentes – assim como uma flor, por mais bem cuidado que seja o canteiro, nunca nasce antes da semente.
A educação dos modos reflete naturalmente a educação do espírito, e isso não é coisa que se adquire com uma, duas, três viagens para uma cidade mais – digamos assim – urbana do que São Paulo. O que uma grande cidade pode fazer, na verdade, é oferecer ambientes adequados a diferentes interesses. Um brasileiro em Berlim, numa terça-feira, pode comer kebabs e ir a uma festinha brasileira – num cafofo tocando samba –, ou pode tomar café da manhã em uma padaria no Bairro de Fátima, na Lapa, no Rio de Janeiro e, à noite, assistir a um concerto em Los Angeles, Toronto, Milão, Cidade do Cabo, Bangkok, São Paulo. Você não precisa se preocupar se quiser ser você mesmo.
Ser cosmopolita, cidadão mundo, cidadão globalizado é uma necessidade, mas não um vício. Temos que calibrar essas expectativas e não maquiar a personalidade de acordo com os costumes locais. Se você é maranhense e acha que o seu destino é Nova York, pense uma, duas ou três vezes, antes de degustar de maneira desavisada e com a atmosfera do moderno (em crise) um bom e velho vinho de qualquer adega argentina, chilena, francesa, portuguesa ou até mesmo de Bento Gonçalves, no Rio Grande do Sul…
Roqueiro, letrista, vocalista, guitarrista e fotógrafo, o americano Lou Reed é autor de livros de fotografia e, em julho, lança no Brasil Atravessar o fogo, obra que reúne 310 canções, na oitava edição da Feira Literária de Paraty (Flip), no Rio de Janeiro.
Reed experimentou o boom de sua carreira nos anos 60, quando a então desconhecida banda The Velvet Underground chamou a atenção do líder da pop art Andy Warhol. No começo dos anos 70, Reed iniciou sua carreira solo, emplacando o sucesso Walk on the Wild Side.
Além de fazer música, o americano também contribuiu para publicações de prestígio. Em 1996, escreveu um diário para a revista americana The New Yorker sob o título The Aches and Pains of Touring.
No fim de 2001 escreveu, especialmente para o The New York Times, por ocasião do 11 de setembro, o poema Laurie, if you’re sadly listening, em que tenta humanizar a tragédia. Faz uma ponte entre literatura e música ao lançar, em 2003, o álbum The Raven, inspirado na obra do escritor Edgar Allan Poe.
O projeto Orquestra Batuque lança o primeiro CD, nesta sexta-feira, dia 28, às 19h, no Teatro Alcione Nazareth. Assinam a direção musical do CD os músicos e sócio educadores Wanderson Santos Silva (instrutor oficina de percussão) e Preto Nando (Instrutor da oficina de rimas), o trabalho conta com a participação dos músicos convidados: Edilson Gusmão, Beto Ehongue e Carlos Piau.
A Orquestra Batuque é uma iniciativa desenvolvida pelo GDAM em parceria com a Secretaria Municipal da Criança e Assistência Social- SEMCAS, Conselho Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente de São Luis – CMDCA, Rede Amiga da Criança e Fundação da Criança e do Adolescente – FUNAC. Aposta na arte-educação Infanto-Juvenil e contribui com a formação da cidadania e valorização do desenvolvimento humano de crianças e adolescentes de diversas comunidades da cidade de São Luis.
O trabalho foi ampliado e o projeto desenvolveu para seu primeiro CD capacitações através da música, da dança, e da cultura Hip Hop, com as oficinas de rimas e Grafite.
O Orquestra Batuque já atendeu cerca de 200 crianças e adolescentes, na Sede do GDAM e no Centro da Juventude e Esperança- FUNAC Maiobinha.
O 1º Salão de Artes Plásticas de São Luís será aberto nesta terça-feira, 25, às 19h, na Oficina Escola (Praia Grande). O evento, realizado pela Prefeitura em cumprimento à Lei Municipal nº 4.919, deveria ter ocorrido ano passado, mas de acordo com o presidente da Fundação Municipal de Cultura (Func), Euclides Moreira Neto, problemas com o calendário e a falta de local adequado para receber o evento, atrasaram sua realização.
O Salão surge após um hiato de mais de uma década depois da última grande exposição coletiva voltada às artes: a Coletiva de Maio (evento realizado nas décadas de 80 e 90 no Convento das Mercês e que reunia trabalhos de grandes nomes das artes plásticas locais).
Euclides Moreira Neto explica que os sucessivos adiamentos se deram por alguns motivos. “Como a Feira do Livro de São Luís atrasou, o salão também acabou sendo adiado”, disse. O evento foi, então, remarcado para março. “Aí veio o Carnaval e adiamos de novo. Além disto, primeiramente pensamos em montar o Salão no Espaço Cultural mas, por questões jurídicas envolvendo o lugar, buscamos outro local (os antigos galpões da Companhia Energética do Maranhão, atualmente de propriedade da Escola de Arquitetura e Urbanismo) que teve de ser totalmente adaptado”, explica Moreira Neto.
Neste ínterim, quem desejou se inscrever no Salão de Artes Plásticas teve bastante tempo. Isso porque o prazo para submeter os trabalhos à aprovação da comissão julgadora foi prorrogado diversas vezes. Para os artistas, os atrasos foram positivos. Prova disso são os números: foram selecionados 120 trabalhos nas categorias pinturas, esculturas, fotografias, gravuras, vídeos e performances, de acordo com a organização da mostra.
Seleção
As obras que estão na mostra competitiva foram selecionadas pelos membros da comissão julgadora, composta pelo jornalista e teatrólogo Ubiratan Teixeira e pelos artistas plásticos Marlene Barros e Lobato.
A curadora do Salão, a artista plástica Rosilan Garrido, explica que, dos trabalhos expostos serão escolhidos os sete melhores. O primeiro levará um prêmio de R$ 5 mil e os outros seis, R$ 3 mil cada um. Além da mostra competitiva, os organizadores convidaram nomes já consagrados nas artes plásticas para participar da mostra paralela. Jesus Santos, Donato, Dila, Lobato, Luís Carlos Martins, João Ewerton, Eugênio Araújo, Marçal Athaíde, Cosme, Fernando Mendonça, Péricles Rocha, Mondego, Marlene Barros, Paulo César, entre outros, têm trabalhos expostos na mostra.
Já, da mostra competitiva, fazem parte da exposição pinturas, esculturas, fotografias, gravuras, vídeos e performances. A categoria pintura foi a que teve o maior número de obras inscritas. Foram 50 trabalhos, de 25 diferentes pintores. Integram esta categoria artistas como Ciro Falcão, Phillipe Lhuillier, Lena Santos e Romana Maria.
A segunda categoria com mais obras inscritas foi fotografia. São 30 trabalhos de 15 artistas. Meireles Júnior, Edgar Rocha, Márcio Vasconcelos, Albani Ramos, Brawny Meireles, entre outros, têm trabalhos expostos. O Salão reúne ainda 18 esculturas, uma performance e três vídeos.
A curadora Rosilan Garrido diz que os nomes que deverão fazer o julgamento final dos trabalhos ainda não estão definidos. “Convidaremos pessoas de renome, de outros estados. Apenas um nome local comporá a comissão”, observa ela. O Salão de Artes Plásticas de São Luís permanecerá aberto à visitação até 25 de junho.
Serviço
• Exposição
“Salão de Artes Plásticas de São Luís”, mostra coletiva
• Quando
De hoje ao dia 25 de junho
• Onde
Oficina Escola, Praia Grande (antigo galpão da Cemar)
• Visitação
Das 9h às 13h e das 15h às 19h (segunda a sexta) e das 14h às 18h (sábados, domingos e feriados)
Fonte: O Estado