“Mas é carnaval, não me diga mais quem é você/Amanhã tudo volta ao normal’ (Noite dos Mascarados/Chico Buarque)
Fevereiro no Brasil: tem carnaval. E quem não tem uma história para contar ? Carnaval é uma festa popular e como tal, é recheada de histórias engraçadas e tristes. É a época em que todos os homens e mulheres ficam magicamente mais belos depois de uma certa dose de álcool.
Tem gente que no calor da festa troca telefones, marca encontro e só então já curado da ressaca, descobre que o ‘Príncipe Encantado’ que beijou era um sapo, e a sereia era a ‘Bruxa do Mal’. Carnaval para muitos é sinônimo de excessos, comida, bebida, amores, violência, (infelizmente).
Se perguntarem para mim, o que faz você no carnaval ? Não sou hipócrita para dizer que não gosto da folia. Até gosto, seja em qualquer circunstância ou circunscrição. Agora, comungo da idéia de que para ser alegre não preciso de muito barulho, nem multidão, empurra-empurra, de cair no embalo do ‘Rebolation’, de uma audição com algumas marchinhas de duplo sentido, muita das vezes preconceituosas, e ser conivente com som nas alturas dos trios elétricos, ou de qualquer acessório de sonorização poluidor utilizado no período momesco. Não aprecio a surdez e tenho medo da alegria superficial. Ela pode parecer melancólica, surreal e tenho pavor de perder a lucidez. Ainda sou daqueles que tudo meu tem dono.
Portanto, irmãozinho, sejamos folião. Mas, que tal os quatro dias Gordo da folia para também descansar, rever os amigos, ir ao cinema, escutar uma musiquinha, que não seja literalmente carnavalesca, viajar, se preferir, ficar quietinho em casa e refletindo sobre a vida como ela é. Não podemos esquecer que o carnaval é a festa da carne, portanto, não enfiemos de vez o pé na jaca.
Concordo… alegria falsa não está com nada.Parabéns pelo sucesso. Beijos.