‘La Negra’

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‘Há homens que lutam um dia e são bons; Há outros que lutam um ano e são melhores. Há os que lutam muitos anos e são muito bons. Mas há os que lutam toda a vida,e estes são imprescindíveis”. Bertold Brecht.

Morreu aos 74 anos, neste domingo, em Buenos Aires, a cantora Mercedes Sosa (foto: Reprodução G1. Notícias como essa sempre nos deixa a refletir. O mundo e a América Latina perdem uma de suas maiores e mais ativistas vozes. Conheci o trabalho da artista por intermédio dos brasileiros Fagner e Milton Nascimento.

Fazendo “jus” as palavras de Fagner, Mercedes Sosa ou ‘La Negra” (como era também conhecida) tinha importância fundamental na música da América Latina. Nos momentos difíceis que passamos, ela virou a grande bandeira”, afirmou o músico cearense, referindo-se à luta da cantora argentina contra os regimes ditatoriais de toda a América do Sul.

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Lounge

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Alegria, Alegria

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O Rio de Janeiro e o Brasil estão em festa. A cidade maravilhosa cantada verso e prosa por Gilberto Gil, Fernanda Abreu, Cazuza, Tom Jobim, Jorge Ben(jor), Sérgio Mendes, entre outros bambas e biritas, vai sediar em 2016 os Jogos Olímpicos. A escolha da cidade-sede aconteceu na última sexta-feira, 2, em solenidade realizada em Copenhague, capital da Dinamarca.

Quando o presidente do Comitê Olímpico Internacional (COI), Jacques Rogge, reconheceu de fato e de direito que o Rio Janeiro é a cidade favorável para as Olimpíadas de 2016, o Brasil e, principalmente, os cariocas fizeram a festa nas areias escaldantes do Mar de Copacabana. O Cristo Redentor, um dos mais legítimos cartão postal da cidade, também festejou com a decisão do COI e está de braços abertos aguardando a maior celebração esportiva do planeta.

A escolha do Rio para sediar os Jogos é motivo de orgulho, pois somos o primeiro País da América do Sul a patrocinar uma Olimpíada. Temos que reconhecer que o Brasil, apesar do Apartheid de classe ainda incomodando e provocando uma convulsão, um ‘tsunami’ social desastroso, moramos num País continental, mundano e democrático, em que é possível uma  convivência social saudável, onde a essência é a alegria.

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Adiada

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A Fundação Municipal de Cultura (Func) anunciou uma nova data para a realização da 3ª Feira do Livro de São Luís. O evento, que aconteceria neste mês, foi remarcado para o período de 20 a 29 de novembro.

Segundo o presidente da Func, Euclides Moreira Neto, a nova data favorecerá um tempo maior para finalização dos ajustes técnicos, visando à montagem de uma estrutura da dimensão da Feira do Livro. “O novo calendário permite, ainda, a implantação de melhorias no projeto inicial com a ampliação de espaços e abrangência das atividades”, explica.

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Esse vai….???

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A MTV premiou os melhores de 2009 no Video Music Brasil. A festa aconteceu nesta noite, 1º, no palco do Credicard Hall, em São Paulo. Ronaldo, o Fenômeno (foto e esposa), aclamado aos gritos de “timão”, anunciou os integrantes da banda Fresno (foto-quatro prêmios) como o vencedor do troféu de Artista do Ano do VMB. O grupo gaúcho já havia conquistado antes o troféu de Melhor Banda Pop. Já o NX Zero levou a estatueta de hit do ano.

Enfim, a edição 2009 da cerimônia da MTV transcorreu sem surpresas, destacando artistas que já se tornaram figurinhas carimbadas na programação da emissora e deixando de lado os jovens talentos do cenário alternativo. O prêmio de revelação, por exemplo, ficou com a banda Cine.

Já na categoria rap concorriam Kamau e Emicida, dois dos nomes mais interessantes da cena atual. O vencedor, no entanto, foi o veterano MV Bill. Emicida também concorria a Videoclipe do Ano, mas perdeu para o Skank.

Previsível como as outras edições, o evento começou por volta das 21h40 com o Paralamas do Sucesso, que recebeu o troféu de Show do Ano. À cantora Céu, que concorria na categoria MPB e cujo recém-lançado álbum, “Vagarosa”, está entre as boas novidades recentes, restou apresentar o prêmio com Samuel Rosa.

Destaques para o show do tremendão Erasmo Carlos. O veterano roqueiro deixou para trás a cantora Wanessa e sua parceria com o rapper americano JaRule. O “momento fofura” ficou por conta de Luisa Lovefoxx, do CSS, e Mallu Magalhães. A dupla apresentou o prêmio de Aposta MTV, que foi para o Vivendo do Ócio, de Salvador.

Se as piadas dos apresentadores – a exemplo de Kika, Titi e Marcelo Tas – não seguraram a onda, ficou para o Massacration a tarefa de divertir. Em seu retorno aos palcos, a banda de metal formada pelos integrantes do Hermes & Renato cumpriu a missão com competência, em uma inusitada parceria com o cantor Falcão.

Apesar de tudo apontar para o contrário, Nando Reis aproveitou para reforçar que, diferente do que muitos gostavam de dizer, “o rock ainda não tinha morrido”.

A premiação terminou à 0h15 com os escoceses do Franz Ferdinand tocando a dançante “No you girls”. Para alívio dos fãs, desta vez o show de encerramento não teve playback.

Premiados

Artista do ano

Fresno (vencedor)
Nando Reis
Skank
NXZero
Pitty
Marcelo D2
Jota Quest
Mallu Magalhães
Seu Jorge
Os Paralamas do Sucesso

Melhor Show do Ano

Little Joy
Os Paralamas do Sucesso (vencedor)
Arlindo Cruz
Marcelo Camelo
Móveis Coloniais de Acaju

Blog do Ano

Juca Kfouri
Papel Pop
Jovem Nerd (vencedor)
Brainstorm 9
Sedentário & Hiperativo

Hit do Ano

“Sutilmente”, Skank
“Burguesinha”, Seu Jorge
“Cartas para você”, NXZero (vencedor)
“Me adora”, Pitty
“Fly”, Wanessa com participação de Ja Rule

Aposta MTV

Vivendo do Ócio (vencedor)
Emicida
Black Drawing Chalks
Holger
Mickey Gang

Videoclipe do Ano

“Triunfo”, Emicida
“My favorite song”, Black Drawing Chalks
“Modern kid”, Júpiter Maça
“Eu que não estou mais aqui”, Nervoso e os Calmantes
“Dance agora”, Cachorro Grande
“Vanguart”, Mallu Magalhães
“Casa abandonada”, Pública
“Sutilmente”, Skank (vencedor)
“Ainda não passou”, Nando Reis
“Súplica cearense”, O Rappa

Artista Internacional do Ano

Green Day
Britney Spears (vencedora)
Beyoncé
Lady GaGa
Black Eyed Peas
Kings of Leon
Arctic Monkeys
Lily Allen
Katy Perry
Franz Ferdinand

Filme/Documentário Musical do Ano

“Loki”, de Paulo Henrique Fontenelle
“Dub echoes”, de Bruno Natal e Chicodub Linhares
“Titãs – A vida até parece uma festa”, de Branco Mello e Oscar Rodrigues Alves (vencedor)
“Simonal – Ninguém sabe o duro que dei”, de Claudio Manoel, Calvito Leal e Micael Langer
“Coração vagabundo”, de Fernando Grostein Andrade

Webhit do Ano

Stefhany Crossfox
Funk do Joel Santana
Caetano caindo
Escolha já seu Nerd, do Seminovos (vencedor)
Xuxu em Pantera Cor de Rosa

Banda/Artista Revelação

Cine (vencedor)
Gloria
Little Joy
Copacabana Club
Garotas Suecas
 
Melhor Vocalista/Banda dos Sonhos

Lucas (Fresno) (vencedor)
Pitty
Seu Jorge
Mallu Magalhães
Hélio Flanders (Vanguart)

Melhor Guitarrista/Banda dos Sonhos

Sérgio dias (Os Mutantes)
Martin (Pitty) (vencedor)
Lucio Maia (Nação Zumbi)
Marcelo Gross (Cachorro Grande)
Gabriel Thomaz (Autoramas)

Melhor Baixista/Banda dos Sonhos

Dengue (Nação Zumbi)
Tavares (Fresno) (vencedor)
Lauro (O Rappa)
Lelo (Skank)
Rodolfo (Cachorro Grande)

Melhor Baterista/Banda dos Sonhos

Duda (Pitty) (vencedor)
Pupilo (Nação Zumbi)
Jean Dolabella (Sepultura)
Gabriel azambuja “Boizinho”(Cachorro Grande)
Curumim (YB Music)

Melhor Banda de Rock

Pitty
Cachorro Grande
Autoramas
Forfun (vencedor)
Strike

Melhor Banda de Rock Alternativo

Nervoso e os Calmantes
Pública (vencedor)
Móveis Coloniais de Acaju
Black Drawing Chalks
Holger

Melhor Banda de Hardcore 

Dead Fish (vencedor)
Mukeka di Rato
Devotos
Presto
Garage Fuzz

Melhor Artista Pop

Nando Reis
Skank
Fresno (vencedor)
Wanessa
Jota Quest

Melhor Artista de MPB

Tiê
Cérebro Eletrônico
Fernanda Takai (vencedora)
Curumim
Céu

Melhor Banda/Artista de Samba 

Diogo Nogueira
Arlindo Cruz
Mariana Aydar
Casuarina
Zeca Pagodinho (vencedor)

Melhor Banda/Artista de Reggae

Jimmy Luv
Chimarruts (vencedor)
Planta e Raiz
Lei di Dai

Melhor Grupo/Artista de Rap

Kamau
MV Bill (vencedor)
Emicida
Relatos da Invasão
RZO

Melhor Banda Instrumental

Hurtmould
Retrofoguetes
Macaco Bong
Pata de Elefante (vencedor)
Eu Serei a Hiena

Melhor Artista de Música Eletrônica

Database
The Twelves
Boss in Drama
Mixhell
N.A.S.A. (vencedor)

 Twitter do Ano

Mano Menezes
Danilo Gentili
Marcos Mion (vencedor)
Mari Moon
Twittess

 Game do Ano

Fallout 3
Little Big Planet
Braid
Rockband Beatles
The Sims (vencedor)

Fonte: G1

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Dê a Cesar o que é de Cesar…

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A diretoria da Favela do Samba, a pedido do próprio homenageado, o poeta, compositor e jornalista César Teixeira, esclarece que houve alteração no título do enredo da escola para o carnaval de 2010.

Deve ser desconsiderado o título anteriormente divulgado ‘De Bandeira em Bandeira, fez-se César Teixeira’. Agora passa a ser chamado de ‘A Favela se fez bandeira no planeta de César Teixeira’.
 
As inscrições para o concurso do samba enredo da Favela encerram no próximo dia 9, quinta-feira. Elas podem ser feitas na sede do Departamento de Assuntos Culturais da UFMA, Rua Grande, 782, (Palacete Gentil Braga), das 8h ao meio-dia e das 14h as 19h.

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Unireggae

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Estão abertas até o dia 30 de outubro as inscrições para o 12º Festival Universitário de Reggae (Unireggae), marcado para os dias 21 e 22 de novembro, no Circo Cultural Nelson Brito. Elas devem ser feitas no Palacete Gentil Braga, sede do DAC/PROEX/UFMA, na Rua Grande, 782 – Centro – Fone: 98 3232-3901 – Fax: 98 3231-2887, das 8 às 11 e das 14 às 19 horas, de segunda a sexta-feira ou pela internet, devendo os interessados solicitar ficha de inscrição no e-mail: [email protected].
           
Os inscritos via internet deverão enviar à coordenação do festival cópias da ficha de inscrição, letra digitada e cifrada e o cd gravado, no período estipulado para inscrição, valendo, neste caso, o carimbo de postagem dos correios. Para realizar a inscrição, o candidato deverá preencher a ficha de inscrição, entregar no ato da inscrição a música concorrente gravada em CD ou DVD, a letra digitada e cifrada em 05 (cinco) vias, a liberação e a fotocópia da identidade do autor da letra e música.

Os autores das músicas deverão enviar Declaração aos promotores do 12º Unireggae declinando da cobrançade direitos autorais, pelo ECAD, conforme rege a Lei 9.610/98. Os compositores e intérpretes podem inscrever até duas músicas, uma em cada CD ou DVD, todavia, apenas uma poderá ser classificada. O material enviado no ato da inscrição, não será devolvido aos seus autores, passando o mesmo a integrar o arquivo do DAC/PROEX/UFMA. Os ensaios acontecerão no Bar do Porto.

De acordo com o Diretor de Assuntos Culturais/DAC/Proex e de Artes/CCH, Alberto Dantas, o festival só aceitará músicas na vertente do reggae, com composições de letras e melodias inéditas.

A premiação oficial será de R$ 8 mil reais, sendo R$ 3 mil para o primeiro lugar; R$ 2 mil (segundo lugar) e R$ 1 (hum mil reais) para o terceiro lugar. Neste ano a UFMA premiará ainda com R$ 1 mil reais, o melhor interprete e mais R$ 1 mil reais a melhor música, eleita pelo júri popular. Os vencedores receberão ainda o Troféu Bob Marley, diz o coordenador do Festival, Alberto Dantas.

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Instigante…

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A cantora, compositora e percussionista pernambucana Alessandra Leão (ex-comadre Fulozinha, Fulorzinha ou Florzinha) faz show gratuito nesta noite, 1º, no Circo Cultural Nelson Brito (ao lado do Terminal da Praia Grande). Ela aproveita para lançar o mais novo CD “Dois Cordões”, em um projeto itinerante, com o patrocínio da Petrobras Cultural, que passará ainda por Fortaleza (2), Salvador (6) e Recife (7).

A artista disse que São Luís foi escolhida para abrir a turnê e o show a ser mostrado na cidade é uma fusão dos dois discos: Brinquedo de Tambor e Dois Cordões. “Será um show dançante, festivo, mas que permite uma pausa para a contemplação”, admite.

Alessandra Leão afirmou ainda ser uma grande fã e entusiasta da música maranhense. Confira na íntegra o bate papo com a artista pernambucana.

Blog: Muitas vozes femininas brilham em carreira solo no País. Qual a leitura que você faz do seu momento solo. E como você se sente desenvolvendo um trabalho fiel à tradição pernambucana ?

Alessandra Leão: De fato temos muitas excelentes cantoras no Brasil. Confesso que ainda acho estranho um em me apresentar como “cantora”. Costumo assinar “compositora, percussionista e cantora”, porque acho que a composição é que fala mais alto pra mim, talvez com o tempo a cantora possa falar mais alto ou no mesmo volume da compositora e instrumentista… em Dois Cordões já sinto um pouco disso…

Penso que cada disco novo represente um momento de recomeço e ao mesmo tempo de afirmação na carreira de qualquer músico, acho que esse é o momento em que me encontro.  Me mantenho fiel à música em que acredito e respeito, à música que escuto e isso não se restringe à música pernambucana, apesar de tê-la muito presente comigo e como grande fonte de inspiração.
 
Blog: De que forma o grupo Comadre (Fulozinha) (Florzinha) foi importante para que você se credenciasse a alçar voo e lançar-se como cantora ?

Alessandra Leão: A Comadre Fulozinha foi a minha primeira experiência profissional, por isso, sempre digo que foi a minha primeira escola também. O período em que estive na banda (da fundação em 97 à 2000) foi muito intenso e rico e me possibilitou uma série de aprendizados e afirmações profissionais.

 

Blog: Falamos do mais novo disco solo “Dois Cordões”. O que ele representa nesse contexto musical que você vivencia?

Alessandra Leão: Representa esse recomeço e também uma afirmação e amadurecimento da minha carreira, principalmente como compositora e cantora.
 
Blog: Em um comentário lido sobre “Dois Cordões”, você o define como um disco de festa e, aparentemente, melancólico. Como foi trabalhar com a contradição no disco ?

Alessandra Leão: Sempre planejo o conceito, juntamente com meu parceiro Caçapa (produtor musical e arranjador) do disco antes mesmo dele nascer, antes das composições. Esse é um processo que gosto muito e acho que força um certo amadurecimento das ideias  antes de pôr em prática. Fizemos isso com o Brinquedo de Tambor, fiz isso com o Folia de Santo (sem Caçapa) e repetimos a parceria em Dois Cordões.

Para Dois Cordões o conceito foi o da dualidade. Buscamos trabalhar isso das composições aos arranjos, na formação instrumental (acústica da percussão e elétrica da guitarras), no projeto gráfico…
 
Blog: Em quase dez anos de carreira vieram em dois discos solo. Neles, você incursiona por elementos do samba de roda do Recôncavo Baiano, do coco de roda de Pernambuco e Alagoas e da música negra contemporânea. Tanto a platéia brasileira quanto a gringa já assimilaram essa sonoridade ?

Alessandra Leão: Apesar de tantas referências, todas tem uma matriz musical e estética muito semelhante e de fácil assimilação porque são baseadas numa música muito ancestral e forte. Por onde tocamos temos tido uma boa receptividade e empatia, ainda bem!
 
Blog: Outro dado a ser levado em conta para se compreender a força rítmica tribal de seus discos solo é o fato de você se sentir atraída pelos instrumentos de percussão. Entre os instrumentos percussivos está o pandeiro. Fale dessa afinidade ?

Alessandra Leão: Quando me interessei em estudar música, foi pela percussão. Principalmente por conta instrumentos de pele, tocados com a mão. Na formação instrumental do meu trabalho solo, fizemos questão de colocar os ilús e o pandeiro como eixo sonoro da minha música. O primeiro disco reverencia isso de maneira mais explícita por conta do nome, mas em Dois Cordões, a percussão soa mais complexa e “pesada” por conta da inclusão do terceiro ilú (mais agudo, que não estava presente no “Brinquedo de Tambor”), essa decisão reduziu a presença do pandeiro nos arranjos… e estou imensamente feliz com o resultado, porque a minha afinidade é com a sonoridade que conseguimos criar com essa formação instrumental. Sempre dizemos (eu e Caçapa) que cada música tem o que ela “pede” e isso deve ser respeitado…

Blog: O Mangue Beat, movimento surgido no Recife, foi um divisor de águas na cena musical brasileira no final da década de 90. De lá pra cá você ainda acha que a música feita em Pernambuco continua falando para o mundo ?

Alessandra Leão: Sem querer ser bairrista, acho que Pernambuco continua sendo um dos Estados que mais produz música hoje no Brasil e sem dúvida, a partir da efervescência do movimento Mangue gerou-se um interesse muito grande, de diversas partes do mundo, pelo que andamos fazendo por lá. O que acho mais vigorante na música produzida no Estado é o valor que damos a trabalhos autorais, criativos, inovadores e instigantes… Ser de Pernambuco acabou praticamente dando um atestado de qualidade em certos lugares, isso é muito bom em diversos aspectos, sem dúvida. Mudou o cenário do mercado interno, facilitou a projeção de muitos artistas de lá, mas ainda há muitas coisas para se modificar e profissionalizar nesse mercado, mesmo que as mudanças nesses anos tenham sido profundas e benéficas.

Blog: Qual a informação que você tem sobre a musicalidade maranhense ?

Alessandra Leão: Apesar de ser a minha primeira vez no Maranhão, escuto a música daqui a muito tempo. O nome Brinquedo de Tambor, veio da letra da música “Chorei Toada” de autoria de Seu Fernando Cabedá, que fazia parte do Boi de Costa de Mão, de Cururupu.  Ouvi muitas gravações feitas na Casa Fanti Ashanti, do Boi de Maracanã, de alguns outros terreiros e grupos de boi e de tambor de crioula.

No repertório do show do meu projeto Folia de Santo (que lancei o CD no final do ano passado), cantava músicas do Baião de Princesa e do Boi de Maracanã… além disso, é impossível deixar de citar a importância da música de Zeca Baleiro e de Rita Ribeiro. Definitivamente, me considero uma grande fã e entusiasta da música maranhense.
 
Blog: Embora tenha feito um passeio por Alagoas e Bahia, a sua matriz ritmíca, sonora e de composição, é literalmente Pernambuco. O Maranhão estaria incluído em um projeto discográfico futuro ?

Alessandra Leão: Como falei na pergunta anterior, principalmente no “Brinquedo de Tambor” o Maranhão esteve de certa forma, bem presente. Além do título do disco ter saído de uma música de um compositor daqui, utilizamos algumas células rítmicas características do boi maranhense em algumas músicas (principalmente em “Chorei Toada” e “Guerreia, São Jorge”). Em “Dois Cordões” apesar dessa referência ter ficado menos explícita, acho que a referência e principalmente a reverência permanece presente, mesmo que de maneira menos explícita.

Blog: Fale um pouco do projeto itinerante pelo Nordeste do País ?

Alessandra Leão: Quando escrevi o projeto no Programa Petrobras Cultural, no qual ele foi selecionado e patrocinado pela Petrobras por meio da Lei Federal de Incentivo à Cultura, deveria constar a produção do CD e a circulação do lançamento desse mesmo CD.

Priorizei essa circulação por quatro capitais do Nordeste (a vontade é que fosse em todas…) porque infelizmente, é muito mais difícil nós nordestinos, circularmos dentro do Nordeste. E como a minha música tem uma base no que produzimos na Região, não haveria sentido priorizar outra região nesse projeto.

Dentro dessa preocupação, os show tem acesso gratuito (com aqui em São Luis) ou com ingressos populares e também foi previsto a doação de CDs para Pontos de Cultura e  escolas de música nesses quatro Estados (Maranhão, Ceará, Bahia e Pernambuco).  Essa foi a maneira que encontrei de retribuir um pouco do que aprendi com os músicos daqui da Região.

Blog: É possível adiantar o que você reservou para o público de São Luís ?

Alessandra Leão; Escolhemos São Luis para abrir essa turnê e o show que trazemos à cidade é uma fusão dos dois discos. É um show dançante, festivo, mas que também permite uma pausa para a contemplação…
 
Blog: Obrigado pela entrevista. Bom show. Boa Sorte na carreira

Alessandra Leão: Eu que agradeço pela atenção.

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É Lei !

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Para quem gostava de amanhecer na vala, ou nos bares e boates da vida, os hábitos mudaram. A Lei Municipal (de nº 200/2009), que estabelece o horário de funcionamento dos estabelecimentos comerciais em São Luís entra em cena, com a contribuição do Ministério Público do Maranhão, que muito comungou da idéia, por meio da Operação Manzuá.

Agora, é pra valer gente ! O estabelecimento que não cumprir a lei será punido. Aos notívagos(as) e boêmio(as) de carteirinha resta, simultaneamente, questionar e adaptar-se ao novo estilo de vida noturna na ilha do francês.

Funcionamento

Bares e restaurantes: podem funcionar diariamente até às 3h da madrugada; aos domingos e feriados, o horário de funcionamento limite é 1h – se o dia seguinte não for útil, o horário limite é 3h;

Boates: sem isolamento acústico, até às 3h; com isolamento até às 4h;

Buffets, casas de evento e de recepções: sem isolamento, até às 2h; com isolamento acústico, até às 3h;

Lojas de conveniência: podem funcionar por 24 horas; a comercialização de bebidas alcoólicas até às 2h;

Shows musicais: a céu aberto podem se estender até às 2h; em locais privados, com isolamento acústico, até às 4h;

Cafeterias: podem funcionar por 24h, sem venda de bebidas alcoólicas;

Lanchonetes, trailers e similiares: podem funcionar por 24h; mas só podem comercializar bebidas alcoólicas até às 2h.

Festejos juninos e Carnaval: devem encerrar o som mecânico às 3h.

Ano Novo: o horário é liberado; em caso de eventos especiais, o limite de horário é 3h da madrugada, desde que autorizados pela autoridade competente.

A Lei nº 200, de 24 de setembro de 2009, também proíbe a concessão de licença de funcionamento em imóveis localizados no raio de 200 metros de escolas, hospitais, postos de saúde, maternidades, creches e asilos.

Em caso de descumprimento, os infratores sofrerão advertência, multa de R$ 1 mil (segunda infração), multa de R$ 3 mil (segunda infração), fechamento administrativo e cassação do alvará em última instância.

Fonte: Ascom/MP-MA

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