Discípula

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Voz nova na Música Popular Brasileira. Nascida em Nilópolis (RJ), criada em Salvador e radicada em Brasília, Dhi Ribeiro, 43, acaba de lançar “Manual da Mulher”, seu álbum de estréia. Disse ela que faz samba e tem Alcione como  matriz.

Talvez venha daí a abismal diferença entre ela e suas colegas de geração –Roberta Sá, Mariana Aydar ou Céu, por exemplo. Cantoras nascidas em famílias cheia da grana, bebem invariavelmente em fontes masculinas — e “cultas”– do samba: Paulinho da Viola, Cartola, Nelson Cavaquinho etc.

– Tento cantar minha história de vida -, diz Dhi. “O samba está se elitizando muito, virando música de universitário -como foi a bossa nova. Quando era menina eu ouvia Agepê e amava. Por que agora a gente só pode ouvir Noel Rosa?”

“Esse filé maravilhoso que é meu bofe/ Quando me toca, a minha alma quase voa/ Meu menestrel diz que me ama em cada estrofe/ Quer sempre bis, me quer feliz, com a pele boa”. Assim Dhi quer se manifestar para o público, por meio dos versos escritos por um homem, Paulinho Resende, 59 –o mesmo que vem abastecendo Alcione com material parecido desde pelo menos “Menino Sem Juízo”, de 1979, e que já criou para ela verdadeiros clássicos do “samba mulherão”, como “A Loba” e “Meu Ébano”.

Quando entrevistada, Alcione ainda não conhecia o trabalho de Dhi –sua primeira e, até agora, única discípula. Mas não se mostrou espantada com o fato de finalmente ter se tornado influência para a nova geração.

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Interrogação (???)

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O povo de São Luís teve o privilégio de assistir a um grande show internacional da cantora do Benim, Angelique Kidjo, numa noite batizada pelos organizadores de ‘Brega Music’ e do canto erudito. Enfim, nada contra qualquer corrente musical. Porém, sou defensor árduo, de que essa tal diversidade bastante declamada nos quatro cantos da cúpula que faz, produz e promove cultura na ilha, tem que ser feita com coerência.

Essa conversa de que a mistura é importante para se democratizar a arte não é funcional. Pelo menos, essa impressão tive desde que anunciaram a vinda à São Luís de Angelique Kidjo para participar da festa do aniversário de 397 anos de São Luís e do Ano da França no Brasil. O povo não é obrigado a conhecer artista A ou B, mas cabe a quem produz e faz cultura a informação global. A percepção é de que não foi dada a Angelique Kidjo o devido respeito a grandiosidade, ao talento e ao que ela representa no cenário da música mundial, não apenas como a artista, mas de uma pessoa engajada às causas sociais.

Angelique não perdeu o rebolado. Mesmo percebendo que o cenário não estava perfeito para uma estrela, que brilha internacionalmente, a artista interagiu com o povo, apesar da maioria das pessoas presentes na festa não conhecer o trabalho discográfico dela,  e a resposta da platéia foi a altura. Ela dançou palco, convidou o público para brincar. No final, todos bateram palmas e pediram bis.

Também pudera, Angelique estava na capital brasileira fundada pelos franceses e na terceira cidade brasileira com o maior contigente de negros do País. Portanto, a ligação histórica com o continente africano e o repertório de Kidjo à base de Zouk, Afrobeat, Reggae, Soca, foram inevitáveis para um “feedback” mais que perfeito.

Não estamos aqui para denegrir, afinal a festa foi bonita, democrática, aberta a vários estilos musicais e ao artista local. Agora, fica o alerta. Deveria ter sido mais majestosa a celebração protagonizada por Angelique Kidjo, se pudéssemos ter mostrado a cara nacionalmente em flash ao vivo, no Jornal da Globo, da Rede Globo, o que também foi lamentado pelo repórter Sidney Pereira, responsável em fazer a cobertura da festa. Com certeza, estaríamos apresentando uma São Luís com um olhar mundano, miscigenado, sem perder a essência da maranhensidade. Enfim, uma pisada de bola, que deve uma explicação se foi falta de informação ou xenofobia ?

Fotos: Jornalista Sidney Pereira – TV Mirante

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Persistência

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Se o problema é não ter braços, para o DJ francês Pascal Kleiman, radicado na Espanha há 26 anos, não é obstáculo. Ele usa os pés, em vez das mãos, para mixar discos e torna-se uma estrela da noite espanhola e um dos destaques do verão europeu 2009.
 
Pascal Kleiman nasceu sem braços devido a uma malformação fetal causada pelo medicamento talidomida, ingerido por sua mãe na gravidez.

A deficiência física, no entanto, não o impediu de tentar a carreira de DJ. Como Kleiman conta no documentário espanhol Héroes, no hacen falta alas para volar (“Heróis, não é preciso asas para voar”, em tradução livre), prêmio Goya ao melhor curta-metragem deste ano, “aprender a usar os pés foi uma resposta natural”.

O filme ganhou mais de 30 prêmios internacionais, aumentando ainda mais a popularidade do DJ.

Kleiman adotou a profissão em 1989, quando trancou o curso de Direito e começou a tocar para os amigos.

Autodidata, descobriu que “aquilo era a única coisa que permitia uma expressão absoluta”.

A partir dali passou a dar shows pela Europa, Austrália, China e Estados Unidos, e em 2009 foi eleito por publicações espanholas um dos melhores DJs locais do verão.

Filho de um clarinetista de jazz, Pascal Kleiman considera um exagero ser chamado de “herói”, mas admite ter feito muitos esforços para realizar seu sonho com a música.

“Vivemos em uma sociedade que não está feita para nós (deficientes), portanto temos que nos adaptar a tudo. O que consegui foi me adaptando e acreditando em que tudo é possível”.

O DJ que já tocou até numa discoteca em pleno deserto no Oriente Médio percorreu 88 países com a promoção do filme sobre a vida dele, do autor espanhol Ángel Loza.

Com o sucesso do documentário e dos shows, a única coisa que espera é “continuar tendo uma vida normal”, inclusive com seus dois filhos, que nasceram perfeitos, mas também estão aprendendo a usar os pés para atuar como DJs.

Fonte: G1

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Singular & Plural

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São Luís completa 397 anos convivendo com uma diversidade cultural, que passeia do bumba meu boi, ao reggae, do tambor de crioula, ao rock, do cacuriá ao blues, do côco ao samba, da quadrilha ao rap, do Divino ao forró, do Lelê ao Jazz, da dança de terreiros ao axé músic.

Essa variedade rítmica e de manifestações convergem pacificamente entre os músicos. Grande parte da categoria reconhece, valoriza essa convivência, mas diverge ao necessitar um olhar mais reflexivo, visualizando novos horizontes e os ideais instituídos em pleno século XXI. Para Chris Santana, vocalista da banda Sou Soul, por mais que façamos um trabalho distante do que é conceituado de Cultura Popular do Maranhão, jamais poderemos negar a originalidade, a identidade e o diferencial onipresente nessas raízes, nessas manifestações.

– Agora, isto não nos impede de trabalhar em sintonia com outras vertentes musicais que não atrapalham, mas adicionam, ajudam a enriquecer o cenário da diversão na cidade – destacou.

Moramos numa São Luís em que índios, negros, portugueses, holandeses, franceses e demais povos da face da Terra contribuíram para o seu desenvolvimento, fica difícil não compreendê-la como uma ilha cheia de peculiaridades e ao mesmo tempo cosmopolitana. No campo do entretenimento isto já pode ser observado com a receptividade do público, em diversas faixas etárias, que saem na noite em busca da tribo com a qual se identifica. Chris Santana acrescenta que a vida para ter sentido tem que ser diversa.

– A minha música é uma consequência dessa diversidade cultural em que eu vivo, do contrário, seria tudo muito homogêneo, chato. Enquanto houver a discordância, a concordância, a contrariedade, o denominador comum, o conflito, a paz, haverá sentido para a arte. Eu como artista necessito de todo esse coletivo para compor um trabalho singular e contribuir com os formadores de platéia na construção de uma sociedade plural -ressalta.

Essa pluralidade de manifestações e de entretenimento vivenciadas em São Luís também são alvos de questionamentos. Para o jornalista e músico Michael Mesquita, da Michaelboyzband, essa diversidade cultural não é considerada tão diversa assim, como algumas pessoas costumam anunciar.

– São Luís ainda se comporta de maneira provinciana. Aqui encontra-se de tudo e, desse tudo, muito pouco tem consistência. Pouca gente se identifica com o que faz, e muita gente faz com o que não se identifica. São Luís é para mim a capital da (A)d(i)Versidade Cultural – classifica.

Diversidade

Se o bom da vida é poder relativizar sem se posicionar como o dono de uma verdade absoluta, é sinal de que São Luís.  embora singular e ao mesmo tempo plural , será sempre um tema para discussão, principalmente, quando se refere a cultura e diversão. Na opinião da estudante de Jornalismo da Universidade Federal do Maranhão (UFMA), Aiara Dália, sem dúvida. a diferença é que torna o ser humano ainda mais encantador. “Consigo encarar, com respeito, a diversidade cultural”, argumenta. Na contramão de qualquer polêmica, Aiara declara que gosta de conviver com o São João e o Carnaval do Maranhão.

– Gosto de ver o movimento durante essas festas. Dependendo da minha disposição, gosto de participar de eventos paralelos. E assim caminha a diversidade – brinca.

Quem também concorda com a diversidade cultural vicenciada em São Luís é Nyelson Weber, integrante da Tanatron, banda de Death Metal. Para ele, a diversidade existe, mas alerta para a necessidade das manifestações culturais serem democráticas e democratizadas.

– São Luis é uma cidade multicultural e tem uma riqueza de manifestações que a levaram a ser a capital da Cultura no País 2009, Capital Patrimônio da Humanidade. Isso deve ser motivo de orgulho para nós. (Nós) sociedade e Poder Público e iniciativa privada precisamos rever alguns conceitos ao se discutir o tema cultura no Estado. Alguns músicos conseguem transitar bem e utilizar com sucesso elementos da cultura popular. Outros não. Não pelo fato de ser do contra, ou por xenofobia. Tudo passa por uma vocação, adoção de uma linha de pensamento musical, que precisa ser vista, analisada, respeitada e incentivada como uma opção a mais no meio a tanta riqueza cultural que o Maranhão oferece – defendeu.

Se a História da Humanidade nos possibilitou a visita de vários povos que contribuíram com os nossos costumes, valores sociais, econômicos, político, gastronômico e na arte, cabe aqui definir e quebrar paradigmas de que a nossa identidade não é só maranhense, mas sim também com a miscigenação.

A matéria foi publicada no Suplemento Especialde 397 anos de São Luís do Jornal O Estado do Maranhão, edição do dia 08/09/2009 (terça-feira)

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Musicom

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A primeira edição do Encontro de Pesquisadores em Comunicação e Música Popular (Musicom) será realizada entre os dias 21 e 23 de outubro, no Campus do Bacanga. Idealizado pela Universidade Federal do Maranhão (UFMA), por meio do Departamento de Comunicação Social, o evento está com as inscrições abertas até o dia 22, na UFMA.

O Musicom e traz o tema “Tendências e convergências da música na cultura midiática”. O evento vai reunir pesquisadores de diversas partes do país para discussões sobre o crescente campo de pesquisa em mídia e música. Haverá a participação especial dos palestrantes, Jeder Janotti Júnior, da Universidade Federal da Bahia (UFBA), e Felipe da Costa Trotta, da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE).

Além das palestras, o I Musicom vai contar com a apresentação de trabalhos que devem ser inscritos para as sessões temáticas, que serão distribuídas de acordo com a abordagem dos papers. Mais informações podem ser acessadas pelo site www.fsadu.org.br/musicom.

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Vibe

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O ‘Auera Auara’, criado durante uma edição do Campeonato de Surf na Pororoca, realizado na cidade maranhense de Arari, adotou o reggae como trilha sonora. O projeto trouxe o grupo paulista Planta e Raiz, moçada do reggae do Pará, o show “Filhas de Jah”, com Luciana Simões, Natália Ferro e DJ Nega Glícia.

No próximo sábado, 12, é a vez do encontro da Tribo de Jah, liderada por Fauxy Beydoun, com o baixista Gérson da Conceição, que segue carreira solo em São Paulo. Uma noite de muito ‘groove’ e vibrações positivas.

A discotecagem fica por conta de Andrezinho Vibration, que retorna à casa.

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Tome Música…

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Um feriadão prolongado e que veio para desintoxicar um pouco dessa vida estressante consumida no dia a dia. E para oxigenar a alma, nada melhor que ouvir música. Em São Luís, opções mil. Na sexta, 4, dei uma escapulida e fui até a Maloca. Chegando lá, assisti ao show do gaitista e violinista Júnior Gaiatto, batizado por ele de Bate-Chinelo. Fazia tempo que não prestigiava uma noite de lua cheia e festiva.

Se aquilo foi uma Jam Session, pocket show, live, não sei como definir. O bom foi ver um quinteto afinado musicalmente e espiritualmente no palco. Júnior Gaiatto (gaita e violino), Rui Mário (sanfona), Carlos Pial e Jeca (percussão) e Cadu Ribeiro (voz e baixo). Um repertório diversificado tendo como base o cancioneiro nordestino. Não faltaram texturas sonoras dos Beatles e Michael Jackson.

Júnior Gaiatto deixou bem explícito que não quer casamento com nenhuma vertente e que a música brasileira é o seu Porto Seguro.

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Beats

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Quinta-feira, em dose dupla na Maloca. O projeto “Reggae de Mesa” abre a noite, com a banda Juba de Leão, numa atmosfera acústica. Na sequencia, o DJ argentino Rüstico faz a festa “Mixando o Mundo – Especial”, ciceroneado pelo DJ Pedro Sobrinho. Sebastian Chavarri, é DJ, produtor, nascido em Buenos Aires. Em 2001, começou a carreira como “deejay” em Madri, na Espanha, onde residiu por um ano agitando as noites espanholas.

De volta à terra natal, Rüstico foi morar em Buenos Aires, passou também por Córdoba e atualmente vive em Mendoza, onde é precursor do movimento os Balcãs, dividindo a cabine com DJ Karim (Argélia), DJ Negro Pésimo (Chile) e DJ Gitano (Chile). Ele também é criador do Club Rodante, um movimento nômade, cujo o objetivo é percorrer o planeta. No setlist, Cumbia Electro, Afrobeat, além da música brasileira passeando pela Tropicália, Mangue Beat e dos novos acordes produzidos da Ilha do Marajó, no Pará, ao sul do Rio Grande do Sul, tchê !

Em São Luís, Rüstico faz apresenta única nesta quinta-feira, dia 17. Durante a festa, os “deejays” Pedro Sobrinho e Rüstico vão prestar uma homenagem aos percussionista argentino Ramiro Musotto. O músico morreu no último sábado, 12. O músico morava no Brasil e era apaixonado pela nossa musicalidade e pelo universo da internet. Foi um dos primeiros a incursionar pelo ‘sample’ e reinventou com o berimbau, instrumento típico da capoeira. Gravou CD e tocou com Lenine em Paris. Produziu meio mundo da música brasileira, entre os quais, o maranhense Zeca Baleiro.

Depois da aparição na ilha, Rüstico viaja no dia seguinte, para de Belém. A platéia paraense vai prestigiar o trabalho do “deejay” argentino na festa Babeleska, promovida pelo DJ Patrick Torquato. No dia 28, faz o projeto Criolina, com os Djs Tiago Pezão e Rodrigo Barata, em Brasília (DF). A turnê encerra no dia 20, em Goiânia. O Club Rodante passou por São Paulo e Salvador, na Bahia.

www.myspace.com/djrustico
Facebook: dj rustico
 
Club Rodante 

Rustico Brasil Tour 2009

5/9 Sambacana Grooves, SP.
12/9 Festa Nave, Salvador, Bahia.
18/9 Babeleska, Belem, Pará.
28/9 Criolina, Brasilia
30/9 Fiction, Goiania

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VMB

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O Vídeo Music Brasil Award já tem data marcada. Será no dia 1º de outubro. Em um dos posts do Blog coloquei a lista dos indicados ao prêmio da MTV, que tem um valor importante para a cena da música brasileira. É um estímulo a quem trabalha para alegrar e divertir por meio da música.

Não é uma tarefa fácil colocar o VMB em ação. Mas, a Music Television Brasil tem conseguido ao longo de sua trajetória fazer a coisa acontecer, sempre inovando para não ficar pra trás. O prêmio da MTV achou o caminho exato nessa era de internet, premiando o melhor blog e o melhor twitter. Um outro ponto positivo da festa é você perceber que a categoria Música Popular Brasileira tem gente como Céu, Pata de Elefante, Móveis Coloniais de Acaju, Cérebro Eletrônico e Curumim, entre os indicados, mesmo concordando com quem conhece de que os três últimos têm mais o pé no rock, que na MPB.

O legal é saber que a MTV está priorizando uma nova safra de músicos que estão dando uma cara nova a música brasileira, que está estagnada, sei lá, desde os anos 90, com o legado deixado do Mangue Beat, pernambucano, e liderado por Chico Science. Enfim, vamos à aposta !!!!

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Rastafari

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O Dia Municipal do Reggae será comemorado neste sábado, dia 5, na Praça Maria Aragão. No palco, estarão as bandas Guetos, Filhos de Jah, Kazamata, Legenda e encerrando à noite, o cantor Gérson da Conceição, em carreira solo.

A festa começa às 20h e faz parte das comemorações do aniversário de 397 anos de São Luís, dia 8 de setembro.

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