Balzaquiana

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Mais uma sexta-feira, 18, de diversão em São Luís. Na Praia Grande era gente para todos os lados e o lazer correndo frouxo em cada esquina do Centro Histórico. É uma pena que ainda a falta conscientização por parte de algumas pessoas que freqüentam o local, sem esquecer a falta de assistência do Poder Público aos problemas vivenciados no fim de semana na área. É necessário avaliar a poluição sonora, a ocupação do espaço público, a insegurança em alguns trechos da Praia Grande, e de ações que estimulem os ludovicenses sobre a importância, o orgulho do patrimônio singular do qual somos donos.

Mesmo diante de algumas turbulências, a boa foi sair de casa e aproveitar a noite, até porque o local ainda é um dos cartões postais de São Luís e da diversão. Fiz um passeio pelo mix de atividades que rolavam em torno do local, mas a opção foi por um lazer intimista. Enquanto o samba, reggae, afoxé, agitavam a onda humana, que aproveitou para sair de casa, lá estava sentado em uma mesa de bar a curtir a música mineira de Toninho Horta. Um verdadeiro refúgio, bem ao estilo bucólico das Minas Gerais e do saudoso Clube da Esquina. Uma sequencia de canções, entre as quais, Liana, Pilar, Francisca, Gershwin, Beijo Partido, leituras para clássicos de Tom Jobim. Enfim, um verdadeiro concerto, onde não faltou belas harmonias, típicas de quem estudou na Berklee School (EUA) e se esconde entre as montanhas mineiras.

Embora não seja um amante fervoroso do passado, mas rolaram alguns “flashs” em minha cabeça ao ouvir cada interpretação de Toninho Horta, acompanhado no palco, apenas pelo violão, cheio de efeitos harmonicos e recepcionado por uma platéia animada, ávida por uma Música Brasileira, caracterizada pela complexidade, mas boa para se ouvir. Ainda no show, (hum) Toninho cercado de amigos e parceiros musicais, entre os quais, Nosly e o casal de filhos, Kiko Continentino, Victor Bertrami. a cantora Andrea Canta e o saxofonista Falk Grieffenhagen, ambos da Alemanha, num encontro, sob a produção de Célia Santos.

Depois de quase uma hora e meia de show, Toninho se despede com uma canção instrumental, onde o público reagiu batendo palmas e pedindo bis. No  retorno ao palco, “Durango Kid” e a clássica “Manoel, O Audaz”, que, segundo o artista, está festejando 40 anos de existência, que serão comemorados numa compilação.

O músico mineiro revelou com exclusividade a esse Blog que o novo disco “Harmonia e Vozes”, será lançado em novembro deste ano, com as participações do mineiro Beto Guedes e da geração mais nova da Música Popular Brasileira. Ele citou os nomes de Seu Jorge e da baiana Ivete Sangalo, que escolheu entre as inúmeras canções do arquivo de Toninho, a canção “Diana”, também consagrada pelo extinto Boca Livre.

Questionado sobre a importância de “Manoel, O Audaz”, Toninho define a música como um marco e protagonista do Clube da Esquina, um dos movimentos representativos da Música Mineira e Brasileira, entre o fim dos anos 70 e começo dos 80, que contou ainda com a participação dos irmãos Borges e de Milton Nascimento.

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