Luz Negra…

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fernandatakai3.jpgO jornalista Tiago Agostini, da revista Rolling Stone, entrevistou a mineira Fernanda Takai, vocalista do Pato Fu. No bate papo, a artista fala do momento solo e do registro ao vivo da turnê do álbum “Luz Negra”. O disco traz as principais músicas do disco e vários covers (e uma música própria) que Fernanda adicionou ao espetáculo a partir de seu gosto pessoal. “Agora as pessoas enxergam muito mais qual é o meu DNA musical”.

“São mais de 15 anos à frente do Pato Fu e o “Luz Negra” é a celebração de um momento especial da carreira de Fernanda Takai”, comentou Agostini. A cantora conta que nunca teve tanto reconhecimento antes.  “É curioso, mas parece que quando você é vocalista em uma banda você não é uma cantora. Ao sair em carreira solo você fica disponível para outros convites, e se descola da visão de que só canta coisas autorais”, reflete. Assim, ela acabou participando de shows especiais como o dos 50 anos da Bossa Nova, e o CD “Onde Brilhem os Olhos Seus” alcançou públicos que antes não a conheciam tanto.

A mudança de comportamento na carreira solo vai além. Fernanda ressalta a maior liberdade que teve ao definir os rumos do projeto. “Numa banda você tem que sempre obedecer à democracia, ouvir a opinião de todo mundo – e respeita-la.” Esse lado mais solto da cantora se refletiu na presença de palco, pois nos shows solos Fernanda acaba interagindo muito com o público e assumindo uma posição de crooner. “Esses shows foram um bom desafio, tenho que ter um exercício de concentração muito maior para subir ao palco e desempenhar meu papel. Cantar pop-rock é bem mais fácil”, analisa.

Além do CD, Luz Negra também sai em DVD. O repertório das duas mídias, no entanto, é diferente. Enquanto o registro visual traz todas as músicas de “Onde Brilhem os Olhos Seus” mais as adicionadas durante o processo do show, o CD traz apenas sete músicas do disco de estúdio. “Para um disco ao vivo funcionar ele tem que trazer algo que o de estúdio não tem. Por isso fiz questão de colocar todos os bônus do show e manter a espinha dorsal de Onde Brilhem”.

Entre os covers incluídos nos shows se destacam “Ordinary World”, do Duran Duran – uma das bandas favoritas de Fernanda -,  “There Must Be An Angel”, do Eurythmics e a homenagem a Michael Jackson com “Ben” – vale lembrar que o disco foi gravado um mês antes da morte do cantor e a música estava no repertório do show desde o começo da turnê. O disco traz também uma única música de autoria de Fernanda em parceria com o marido e guitarrista John. “5 discos” é inédita na voz de sua compositora, mas já havia sido registrada antes por Pedro Mariano.

Tiago Agostini ressalta que mesmo com todo o sucesso alcançado com o projeto, Fernanda não tem planos de continuar com a carreira solo. As únicas certezas no momento são que ela terminará a turnê, o que deve acontecer perto do carnaval 2010. Em setembro mesmo ela e os outros músicos do Pato Fu já começam a se reunir para iniciar o processo de gravação do disco novo da banda, que deve sair no primeiro semestre do ano que vem.

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Acesso livre

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O Maranhão na Tela, projeto sócio-cultural de fomento à produção audiovisual maranhense, que conta com o patrocínio da Itaqui Energia/MPX – empresa do Grupo EBX – realizará cursos de cinema gratuitos, entre os dias 17 e 28 de agosto.

Vagas

Ao todo, serão oferecidas 200 vagas para os cursos de gestão da produção e linguagem cinematográfica, que serão realizados no auditório do Sebrae Jaracaty. 

Inscrições

Os cursos, que também contam com a parceria da Universidade Virtual do Maranhão / UNIVIMA, serão gratuitos e as inscrições poderão ser realizadas através do site do projeto (www.maranhaonatela.com.br) a partir do dia 10 de agosto. Vale destacar que quando forem preenchidas as 200 vagas, o site continuará aceitando inscrições na lista de espera e que, após a solicitação de confirmação da inscrição, as vagas não confirmadas serão disponibilizadas para os que aguardam na lista. 

Didática

O curso de gestão da produção vai contar com uma abordagem bastante completa dos temas de leis de incentivo fiscal, formatação de projetos, captação de recursos e prestação de contas, e será ministrado por Antônio Leal, diretor do CBC – Congresso Brasileiro de Cinema e professor de Formação Executiva em Cinema e TV, da Fundação Getúlio Vargas – FGV. Segundo o professor, “a idéia é permitir que os inscritos consigam viabilizar e gerir projetos de cinema e TV através das leis de incentivo fiscais, com foco na Lei Rouanet”.

Já na segunda semana de curso, de 24 a 28 de agosto, o tema será a linguagem cinematográfica e suas múltiplas possibilidades de abordagem. O curso será ministrado por Maria Camargo, roteirista de cinema e televisão e professora de roteiro da Escola de Cinema Darcy Ribeiro. Atuando como roteirista desde 2008, seu currículo conta com a roteirização de programas como “Sitio do Pica-Pau amarelo” e “Por Toda Minha Vida”, da Rede Globo, entre outros.  O tema é bastante rico e complementar ao conteúdo abordado na primeira semana de curso, já que para viabilizar um projeto, além das etapas relacionadas à produção, é fundamental o domínio da linguagem audiovisual.
       

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Independência e Música !

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Coordenada por Ivan Ferraro, numa realização da Associação dos Produtores de Discos do Ceará (PRODISC) em parceria com o Sebrae-Ce, numa promoção da Prefeitura de Fortaleza, patrocínio do Banco do Nordeste e BNDES, apoio cultural do Governo do Estado do Ceará, por meio da Secretaria da Cultura (Secult), e Ministério da Cultura. a Feira da Música do Ceará, que terá como tema este ano: “Música, Novas Tecnologias e Ambientes na Web”, é uma forma de diversão do povo por meio de palestras, rodadas de negócios, workshops, oficinas, shows e festinhas. O evento acontece na capital com maior número de humoristas por metro quadrado do Brasil, entre os dias 19 e 22 deste mês. Ivan dá mais detalhes da Feira que já virou programa obrigatório no calendário cultural cearense. 

Blog: Em oito anos de Feira de Música, você acha que deu pra atingir o foco que é o mercado independente?

Ivan Ferraro: Sim. Nosso intuito sempre foi organizar a música independente como um sistema, pensar esse mercado nacionalmente. Nesse sentido, em oito anos conseguimos evoluir bastante nessas discussões, não especificamente por causa da Feira da Música, mas tendo ela um papel importante nesses debates em torno do mercado de negócios e do potencial desse nicho de música, que passou a ser vista de forma diferente. Nós entramos com um formato diferente, levando em conta essa indústria independente. Hoje essa indústria está com uma articulação nacional completamente “capilarizada”, com “musculatura” suficiente para realmente, nos próximos oito anos, conquistar e desenvolver-se muito mais.

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Blog: A Feira da Música chega à sua oitava edição. Qual a avaliação até aqui e quais são as novidades deste ano?

Ivan Ferraro: A Feira da Música conseguiu atingir um patamar de visibilidade muito importante. As pessoas conhecem a Feira, o modelo dela, para que serve, usando isso como uma “máquina”, se aperfeiçoando a cada ano, entendendo e participando mais, o que tem ajudado bastante o mercado independente. Principalmente no âmbito regional nordestino.

Entre as novidades, vamos utilizar uma moeda complementar dentro da Feira, o Patativa Card, uma iniciativa aos moldes da economia solidária (como o Banco Palma de Fortaleza) e do Cubo Card (do espaço Cubo, de Cuiabá), que servirá para movimentar o mercado musical mesmo após a Feira. Também estamos propondo o gerenciamento diferenciado do lixo produzido ao longo do evento, uma parceria com o GERE (Grupo Especializado em Resíduos), contando com o apoio da SEMACE (Superintendência Estadual do Meio Ambiente), da ASCAJAN (Associação dos Catadores do Jangurussu), do ARAN (Associação dos Recicladores da Natureza) e do NEPPSAN (Núcleo de Estudos e Práticas Permaculturais do Semi-árido), que servirá de modelo para outros grandes eventos.

Além disso, estamos movimentando diversos coletivos, não só da música, mas também da moda, das artes cênicas e artistas em diversas áreas. Outro ponto importante é a questão do tema: este ano, as discussões irão girar em torno do tema Tecnologia e Música, problematizando as novas configurações do mercado fonográfico diante das possibilidades da internet etc. Para isso, contaremos com especialistas em diversas áreas (produção, distribuição, marketing etc.) que estão se diferenciando dentro desse cenário.

Blog: Um dos propósitos da Feira é a internacionalização. Este ano, dois grupos gringos participam do evento. Um da Argentina e o outro de Cuba. Quais os critérios para escolha dos grupos que representarão os dois países latino americanos no evento?

Ivan Ferraro: A proposta da Feira não é a internacionalização. Mas a programação da Feira está aberta a grupos nacionais e internacionais. Já tivemos participações da Alemanha, de Angola, Cuba, Argentina… São países que vão tomando conhecimento da Feira e se interessando em participar. Mas nosso foco é nacional, é o mercado interno, é fazer com que a música independente no Brasil se estruture.

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Blog: O Maranhão este ano levará apenas a caravana do Laborarte representada pelo cacuriá, tambor de crioula, além de show de Rosa Reis. Foram apresentados trabalhos que fogem da linha folclórica e do regional? O que aconteceu com a música pop independente feita por maranhenses que ficou de fora da Feira?

Ivan Ferraro: O Maranhão não está levando “apenas” a Caravana Laborarte. A Caravana é um grupo enorme, com cerca de trinta pessoas. São três grupos: o Cacuriá de dona Teté, o Tambor de Crioula e a Rosa Reis. É uma participação bem forte e efetiva.

O que tem acontecido com os grupos de outros estilos é que temos recebido poucas inscrições e, evidentemente, a curadoria nacional acaba dando mais atenção aos grupos de cultura popular do Maranhão, que são muito fortes e muito bem vistos, vindo sempre com boas apresentações. É preciso que os outros grupos cresçam mais e consigam se apresentar de forma que atinjam a sensibilidade desses curadores.

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Blog: Em 2007, durante o Porto Musical, em Recife, você concedeu entrevista a uma emissora de rádio pernambucana afirmando que ‘hoje a música brasileira é nordestina”. Passaram-se dois anos, você ainda defende a teoria?

Ivan Ferraro: Não. Não teria a mesma resposta. Já faz muito tempo e as coisas vêm mudando. O Brasil vem fervendo inteiro. Hoje eu diria que a música brasileira é brasileira de todo o Brasil. Em todas as regiões existe muita música de qualidade, que hoje já começa ser percebida e entrar no circuito. Um circuito fora do eixo, mas que tem atingido o público que nos interessa. É importante que se diga que a música brasileira hoje não é só nordestina, é do Brasil todo. Em todas as regiões há focos de alto nível, de técnicas artísticas e de profissionalismo.

Blog: A grande palavra de ordem da Feira parece sempre ter sido a integração. O elo entre músicos, produtores, contratantes, fabricantes… Esse papel do evento é compreendido hoje no Ceará?

Ivan Ferraro: Com certeza hoje, depois de oito anos, as pessoas conseguem perceber exatamente como funciona a máquina, o evento, a ferramenta Feira da Música. Aos poucos temos percebido maior integração dos grupos, dos atores, dos agentes, das casas de espetáculo, dos músicos que percebem que precisam pensar na carreira, no negócio, na sua banda como uma pequena empresa.

A Feira tem proporcionado que os grupos comecem a pensar a carreira como negócio dentro da indústria do show business. Tivemos uma evolução, um ‘upgrade’ no nível dos músicos, principalmente os que já estão iniciando a carreira pensando dessa forma, o que é muito mais interessante. É mais difícil quebrar o sistema de um artista que viveu numa indústria de vinte anos atrás e que hoje tem que mudar completamente a forma de pensar. Os jovens têm mais facilidade de abrir os novos caminhos.

Blog: Você também ocupa lugar de destaque na Associação Brasileira dos Festivais Independentes (Abrafin). Como a associação avalia essa ‘nova era dos festivais e das feiras de música independente’ no Brasil?

Ivan Ferraro: A Abrafin foi e é uma instituição importante por que fez com que nós nos juntássemos – “nós” os festivais, os focos no Brasil de movimento na música etc. Temos festivais independentes importantes em Goiás, Minas, Matogrosso, Ceará, Rio Grande do Sul, Pernambuco, Pará… em todo o Brasil somos quarentas festivais, e todo ano recebemos pedido de filiação à Abrafin. No último levantamento do IBGE, junto com o Ministério da Cultura, foram cadastrados mais de 500 festivais no Brasil.

A Abrafin é importante. Essa articulação política e também de gestão dessa coletividade tem sido exemplo. Abrafin tem estado à frente, puxando para que exista realmente um movimento nacional e não do eixo Rio-SP, – por isso um circuito fora do eixo. Queremos um pensamento sobre a música brasileira no mercado nacional. Esse é o nosso papel e a Abrafin está lá como ponta de lança, pois os festivais fazem o papel que as rádios tinham antes. Como essas bandas independentes não tocam nas rádios, elas tocam nos festivais.  Elas têm que tocar nos festivais para as pessoas conferirem as músicas delas.

É muito importante que a gente entenda a Abrafin veio fazer a ligação de uma cadeia que não tinha muita estrutura. Como uma instituição ainda jovem, de apenas três anos, ela já tem uma articulação nacional bem estabelecida e parcerias bem fortes. 

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E-Music

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dj-carlodallanese.jpgO dono de “Monday”, hit das FMs jovens do País, o DJ Carlo Dall´Anese, estará em São Luís no próximo dia 21. O cara vai fazer barulho, na sexta edição do projeto Sexta Over, idealizado pela Piquet Produções, que acontece na Red Club.

Dall´Anese tem um currículo impecável. Eleito por duas vezes o melhor DJ do Brasil na categoria Progressive House, Dall Anese já tocou em alguns dos principais clubes do mundo, dentre eles o Space, Amnésia, Pacha e Circo Loco, todos em Ibiza, na Espanha.

Residente há 10 anos do renomado clube Sirena, em Maresias, São Paulo, o cara ficou ainda mais famoso e popular graças a sua participação do quadro “Baladão do Faustão”, na rede Globo.

Carlo Dall’Anese acredita que DJ bom é aquele que entretém o público com o que acredita ser bom.

Atualmente Carlo Dall’Anese tem investido mais tempo em suas composições, tocando contra-baixo e dividindo o palco com outros músicos em seu live act.

Suas faixas foram lançadas em vinil na Europa, com remixes de nomes importantes como Pete Tong, algumas já licenciadas para futuras compilações da Ministry of Sound

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Cosmopolitano

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Esmeraldo Marques é um músico travestido de pesquisador. Mas isso vem desde os tempos em que morava em Juazeiro, depois aportou em Aracaju e finalmente enraizou-se em João Pessoa.Não restam dúvidas de que todo seu “background nordestino” sonoro foi agregado, com propriedade, nessas andanças. É curioso saber que o jovem artista enveredou pelo rock pesado antes de descobrir a sua face pop. Seu conhecimento musical aliado a sua idiossincrática abordagem musical forjada no experimentalismo, eletronices e folk regional, acabou resultando no “combo orgânico” chamado Chico Correa & Eletronic Band.

Tirando os campinenses do Cabruêra, Corrêa é hoje o pop paraibano de maior projeção nacional e de grande perspectiva internacional.

Chico Correa funde da melhor maneira o moderno com o tradicional, o cosmopolita com o regional, tudo com naturalidade e harmonia. Assim será a sua participação na 8ª edição da Feira de Música do Ceará, que acontece entre os dias 19 e 22, em Fortaleza.

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