Se existe um movimento musical expontâneo e importante para o cenário musical maranhense é “A Vida é Uma Festa”. Todas às quintas-feiras, faça chuva ou faça sol, com dinheiro ou sem dinheiro, simpatizantes de todos os segmentos sociais e profissionais se reúnem em frente à Cia. Circense Beto Bittencourt, na Praia Grande, para curtir o que poderíamos intitular de o lado B da música. Não se quer aqui menosprezar os artistas que encaram semanalmente o projeto, mas sim elogiá-los pela coragem e a atitude de fazer a música acontecer sem tocar no rádio ou na televisão.
Oxalá, Erivaldo Gomes, Zé Maria Medeiros, Lobo da Siribeira, Omar Cutrim, a banda Casca de Banana, entre tantos outros que já colaboraram ou colaboram para que a festa se torne uma resistência cultural e um programa obrigatório no calendário do fim de semana de lazer na ilha.
“A Vida é Uma Festa” comemora mais um aniversário: o de sete anos. O momento é de festa, mas também de reflexão. Afinal de contas, a cada aniversário comemorado é preciso se rever conceitos para que não ficar eternamente acreditando, que a fórmula exata da matemática seja como 2 e 2 são quatro. O politicamente é ficar de olho sempre na nova ordem musical e pintar o sete, pois a vida é uma eterna festa.