Música para todas as comunidades

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Após o carnaval a vida volta ao normal. Músicos que não integram literalmente a trupe carnavalesca, mas não condenam a festa pagã, dão Graças a Deus de tudo ter acabado na Quarta-Feira, pois só assim o Brasil volta a ser um país funcional. Pra bandas de cá, vai rolar o projeto Soul, Rap e Tambores, que começa nesta sexta-feira, dia 6, no Bar do Nelson (Calhau).

 No ‘cast’ do evento as bandas ClãNordestino, Nego Kaapor, Xaxados e Perdidos, Página 57, Cravo da Ilha, T.A.Calibre 1, Forró Pé de Samba. Elas agitarão à noite com um repertório autoral, de releituras e hibridismo musical.

 

Uma outra boa opção é o São Luís Night Blues, que acontece também na sexta-feira, dia 6, no Espaço Armazém (Praia Grande). Por lá vai rolar um encontro entre Flávio Guimarães e Otávio Rocha, gaitista e guitarrista, respectivamente, do Blues Etílicos. Participação da banda local Tequila Blues.

 

Se você ta a fim de curar a ressaca dos lava-pratos, garfos, talheres, taças, copos e colheres, eis duas boas pedidas em plena Águas de Março.

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Mistureba latino-americana no RecBeat

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Uma “mistureba” latino-americana vinda do Recife agita a cidade neste pós-carnaval. Desde ontem, acontece no Sesc Pompeia o festival Rec Beat, evento criado na folia da capital pernambucana, em 1993, e que virou tradição por lá.

Neste ano, os organizadores decidiram realizar uma edição em São Paulo, que vai até amanhã. Antonio Gutierrez, o Guti, idealizador do festival, aproveitou a passagem das bandas que compõem a festa pela cidade para apresentá-la aos paulistanos. “Queríamos levar para fora de Recife essa grande mistura de músicas”, diz.

Hoje, se apresentam, a partir das 21h, o grupo Bomba Estereo, vindo da Colômbia, e também a DJ brasileira Catarina Dee Jah. Formada em 2005, o Bomba Estereo mescla ritmos caribenhos tradicionais – como cumbia, bullerentue e champeta – com sons eletrônicos, reggae e hip hop. Já o som de Catarina é composto por uma releitura de samba, hip hop, dub e tecnobrega. Amanhã, dominam o palco o DJ brasileiro Dolores e o chileno Original Hamster, também a partir das 21h.

Hamster, outro adepto das misturas, mixa hip hop, funk, rock, techno e folk. Dolores é figurinha carimbada na cena musical de Recife: depois de trabalhar como designer gráfico, passou a remixar faixas de estrelas como Gilberto Gil e Os Tribalistas. Ontem, subiram ao palco os grupos Desorden Publico, da Venezuela, e a brasileira Júlia Says.

Deu no IG

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Lenda viva do “Free Jazz” em Sampa

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Um dos maiores músicos do estilo free jazz, o saxofonista Ornette Coleman se apresenta com seu quarteto em São Paulo no dia 12 de maio, segundo seu site oficial. As datas de turnê incluídas no site também confirmam shows em Santiago, no Chile, e em Buenos Aires, capital argentina.

Ainda segundo o site de Coleman, a apresentação em são Paulo será no Via Funchal, mas a casa de shows não confirmou a data.

Reconhecido pelo álbum “The shape of jazz to come”, disco de 1959 que ajudou a criar o free jazz, Coleman excursiona atualmente com um quarteto que inclui dois baixistas acústicos e um tocando baixo elétrico, além do baterista Denardo Coleman, seu filho.

Em 2005, gravou o disco ao vivo “Sound grammar” na Alemanha, lançado em 2006. O álbum ganhou o prêmio Pulitzer da música em 2007.

Deu no G1

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Moska em DVD do programa Zoombido

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 Paulinho Moska é um artista interessado em diversas mídias. Além da música o compositor sempre teve focos em artes plásticas, filosofia, fotografia e, mais recentemente, em televisão. Há três anos Moska apresenta o programa Zoombido, no Canal Brasil. Estabelecendo papos/parcerias com diversos artistas, Paulinho Moska tenta traçar o perfil e mapear o gênese do processo criativo de diversos colegas. A Biscoito Fino começa a colocar em catálogo esse portrait em uma série de DVDs e CDs, e o primeiro volume traz Moska ao lado de artistas como Lenine, Zeca Baleiro, Chico César, Mart’nália, Pedro Luis e Zeca Pagodinho.

Nos programas Moska não tem a intenção de ser entrevistador em busca do furo de reportagem. Seu papel é de mediador/participante, trocando experiências e impressões com os colegas. Nesse patamar consegue deixar os convidados à vontade para registrar cenas de seus primeiros acordes e também particularidades de seus processos de criação. O formato do programa inclui três números para cada convidado. No primeiro, ele está sozinho com seu instrumento. Depois tem a interação do anfitrião, que registra o número em fotografias inusitadas. O terceiro momento traz um dueto espontâneo, sem ensaio anterior.

O programa também propõe uma saudável brincadeira: uma criação coletiva. Moska iniciou uma música e cada convidado contribui com um verso e a melodia da música. Assim, criam a coletiva Pra se fazer uma canção, composição colada entre Frejat, Zé Renato, Jorge Vercilo, Joyce, Gilberto Gil, Zélia Duncan, Oswaldo Montenegro, Lenine entre muitos outros, em um total de 26 autores. “E a canção é de ninguém”, conclui Chico César. A cada temporada uma canção é composta.

Nesse primeiro volume Moska junta um time especial de criadores e faz o retrato de artistas de forte personalidade e expressão. A exceção fica com o programa de Zeca Pagodinho, que foge do formato e apresenta uma roda de samba e amigos. Entre histórias e músicas, Zeca está ao lado de Arlindo Cruz, Monarco, Mauro Diniz e Juliana Diniz.

A bem vinda edição do programa em uma série de DVDs documenta focos diferentes dos tradicionais. Moska busca a semente da criação de seus colegas e, falando a mesma língua e trocando experiências, estabelece um papo revelador de grandes artistas brasileiros. Inquieto, Paulinho Moska multiplica sua forma de expressão e proporciona uma visão não tradicional dos artistas.

por Beto Feitosa

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Carnaval da debandada

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Às vezes fazer comentários contrários sobre determinado tema gera polêmica e logo vem o discurso de que você é contra tudo, é pessimista ou não gosta do lugar onde mora. Lógico, temos que tomar cuidado para não tornar a crítica em algo depreciativo, mas sim como um discurso que venha somar, acrescentar no dia-a-dia de alguém que você tem afinidades, admira e gosta.

São Luís é uma das minhas paixões. Aqui construi a minha história de vida, cultuo e cultuarei essa conquista eternamente. Agora, temos que ser sinceros: está difícil entender como as coisas são idealizadas e colocadas em prática na cidade. O maior exemplo é o carnaval. Dois anos atrás o classifiquei como um ‘Carnaval Qualquer Nota’. O texto foi baseado na criação da ‘Maranhensidade’. Na minha opinião, a expressão que ainda ecoa de forma segregacionista diante da palavra ‘cultura’. Agora, quem sou eu para dizer o que é certo ou errado na vida.

Lá se foram os dois anos e a sensação é de que nada mudou, ou melhor, piorou. O nosso Carnaval, antes citado por muitos como o terceiro melhor do País, perdendo apenas para o Rio e Salvador, agora agoniza em praça pública. Não se sabe o(s) fenômeno(s) que tirou ou tiraram o brilho da folia na capital. A única coisa certa é que a diversidade rítmica, as manifestações, o tradicionalismo, existem, mas não têm convencido o folião, que optou mais uma vez por brincar em outra freguesia.

Se não fosse o Carnaval de Passarela, o tradicional Carnaval da 2ª do Laborarte, a folia isolada e expontanea feita em comunidades, praias, bares e residências, ou mesmo em alguns momentos tímidos no circuito da Madre Deus, João Lisboa, e o Bicho Terra que arrasta multidão, não se teria festa, pois o carnaval de rua está triste, assim como “a Camélia que caiu do galho deu dois suspiros e depois morreu”… 

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Cordel faz show antológico no RecBeat

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Antológico. Não há melhor palavra para descrever o show do Cordel do Fogo Encantado, que encerrou a 14ª edição do festival Rec Beat, que ocorreu no Polo Mangue, no Cais da Alfândega. A apresentação marcou os dez anos de carreira do grupo, que estreou no Rec Beat como banda. “Tá f… aqui dentro”, disse o vocalista do grupo, Lira Paes, o Lirinha, batendo no peito.

Há exatos dez anos o Cordel do Fogo Encantado — formado por Lirinha, Clayton Barros, Emerson Calado, Rafa Almeida e Nego Henrique — subiu ao palco do Rec Beat para apresentar uma adaptação, em formato musical, do espetáculo cênico montado pelo grupo, natural de Arcoverde.

O Cais da Alfândega estava lotado de fãs e foliões que não queriam que o Carnaval terminasse. “Vamos ver se a gente espanta a quarta-feira de cinzas. Vamos estender a terça-feira de Carnaval, é só viajar!”, convocou o poeta, já durante o bis. Antes de deixar o palco, Lirinha fez questão de apresentar toda a família Cordel do Fogo Encantado, do iluminador ao produtor — e jogar seu pandeiro para a platéia.

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É hoje só, amanhã não tem mais.

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Hoje é terça-feira Gorda, mas o Brasil ainda respira carnaval. A euforia é total em Ouro Preto (MG), Santa Tereza (RJ), Recife (PE), Olinda (PE) e Salvador (BA).

Na Madre Deus, a festa se transforma em um festival de diversidades. Blocos tradicionais, Bicho Terra, Tribo de Índios, Blocos Afro e Reggae, tambor de crioula, enfim, uma variedade de ritmos que contagiam o circuito da folia.

No passeio feito pelo Carnaval de Rua da cidade, destaque para o Carnaval de Segunda, idealizado pelo Laborarte. A criançada tira proveito com o lado lúdico do carnaval organizado há mais de 20 anos na rua Jansen Muller. A festa é marcada por pura autenticidade. E a maior referência é o Bloco Fuzileiros da Fuzarca. A brincadeira existe há mais de 50 anos no bairro da Madre Deus. A velha guarda do bloco continua apostos e fazendo barulho.

Uma sacada interessante para quem tá a fim de brincar sem ‘stress’ e  movido a samba, marchinhas e releituras do Pop em ritmo de carnaval, acontece na Praia de São Marcos. Quem dá o tom da festa é o Espinha de Bacalhau, além da dupla Mano Borges e Nathália Ferro. Aproveite, pois é “hoje só, amanhã não tem mais”.

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Bambaata adoeceu e não pôde vir para folia

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O produtor Afrika Bambaata cancelou a sua vinda ao Brasil, onde tocaria no carnaval da Bahia e de Pernambuco.

No festival RecBeat, em Recife, Afrika Bambaata foi substituído pelo vocalista do grupo punk cigano Gogol Bordello, Eugene Hutz, na primeira noite do evento. No Pelourinho, em Salvador, o show de Bambaata faria parte da turnê “Afrika XXI – Bambaataa Brazilian Tour 2009″ e da comemoração do aniversário de 35 anos do Hip Hop.

Bambaata cancelou sua vinda ao Brasil devido a problemas de saúde

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Folia em Santa Tereza

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Saudades do bairro do Santa Tereza, no Rio de Janeiro, e do bolinho de bacalhau do Armazém do Gomes, acompanhado do parceiro e DJ Zod. E não é que uma das boas sensações do carnaval alternativo no tradicional bairro do Rio é o desfile do Songoro Cosongo. 

A brincadeira saiu do Largo do Curvelo na manhã desta segunda-feira, em direção justamente ao Armazém do Gomes.

O Songoro Cosongo é um nome difícil de pronunciar rápido. O que se sabe que é o nome do bloco mais latino-americano do carnaval do Rio. Fácil é entrar no ritmo desse grupo formado por músicos do Brasil e de diferentes países da América Latina, que, desde 2007, desfila pelas ladeiras de Santa Teresa, ao som de muita música latina, incluindo claro, muito samba e marchinhas.  

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Resgate de um Carnaval

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O Carnaval de São Luís terá a diversidade como ponto alto em cinco dias de folia. A Passarela do Samba, segundo o presidente da Fundação Municipal de Cultural (Func), Euclides Moreira Neto, vai absorver não apenas o desfile de escolas de samba. Ela será palco de apresentações de blocos tradicionais e manifestações das culturas indígena e afro. “Blocos Tradicionais, Tribos de Índios, Casinha da Roça, blocos afro, entre outras manifestações típicas do carnaval maranhense passarão na pela avenida da folia”, destacou.

Na solenidade de abertura oficial do Carnaval de São Luís, Euclides Moreira Neto disse que a crise internacional teve reflexos também no Carnaval, com os empresários temerosos em investir na festa. Para ele, a criatividade dos foliões e a diversidade da festa na capital maranhense minimizaram , no entanto, os efeitos negativos.

Euclides Moreira Neto espera este ano trazer de volta a alegria, a animação e o fervor que estavam pouco sumidos do carnaval de São Luís, com as pessoas saindo para as cidades do interior e de outros estados brasileiros que têm carnaval.

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