Orishas: rap com textura cosmopolita

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O Orishas está de volta ao Brasil. O grupo de rap cubano se apresenta hoje à noite, no Via Funchal, em São Paulo. O novo projeto deles, conhecido para muitos como expoente da nova geração da música cubana, traz na bagagem o novo projeto “Cosita Buena”. O trabalho representa um desafio de agradar o ´público que espera um rap com levadas à la Buena Vista Social Club, mas que também reflita a vivência dos três integrantes do grupo na Europa.

A apresentação amanhã em São Paulo deve ser permeada pelas novas canções, mas também muito do que consagrou o grupo, com as músicas do álbum “A Lo Cubano”, que completa dez anos de lançamento neste ano.

Os trabalhos posteriores, “Emigrante” (2002), “El Kilo” (2005) e “Antidiotico” (2007), devem estar representados. O Orishas também passa por Rio e Belo Horizonte nesta turnê.

Os integrantes do Orishas, que tive o privilégio de assistir ao show do grupo, na última edição do Free Jazz Festival, no Museu de Arte Moderna (RJ), em outubro de 2001, não sabem apenas fazer música. Carregam dentro deles estilo, além de uma postura política cosmopolita e pela mudança de mentalidade.

Em entrevista à imprensa brasileira, Yotuel Romero, um dos rappers cubanos, rasgou elogios a Kanye West e ao rapper carioca Marcelo D2, afirmando gostar muito do trabalho do músico brasileiro.

Novos Tempos

Sobre se a troca do comando de Cuba de Fidel Castro para seu irmão, Raúl, pode favorecer uma abertura e até mesmo o fim do embargo ao regime cubano, Yotuel é otimista.

– Espero que Cuba se abra para o mundo e termina essa agonia que durante 50 anos tivemos, Raúl tem ideias novas e positivas, mas quero ver uma nova geração na política cubana”, afirmou. Sobre um possível Barack Obama cubano, o rapper sorriu e disse: “Sim, sim, um negro, um Barack Obama cubano seria muito bom” .

Já sobre uma possível volta a Cuba, o rapper é categórico. “Penso que com 60 ou 70 anos vou voltar e morrerei em Cuba”.

Origem

Foi em Cuba que Yotuel, Hiram Riverí, o Ruzzo, e Roldán González formaram o grupo Amenaza em uma cena de hip hop que era praticamente clandestina. Com o apoio de uma ONG francesa, o grupo saiu de Cuba nos anos 90 e acabou gravando “A Lo Cubano”, seu primeiro álbum e grande sucesso.

Além de cantar, Yotuel também é modelo e ator e afirma que não representa o grupo. “Não represento Orishas, venho da mesma tradição, mas minha visão é mais particular”, afirmou.

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