FSM: do chimarrão ao tacacá

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Tive o privilégio de estar presente no último Fórum Social Mundial (FSM), realizado em Porto Alegre (RS), em janeiro de 2005. No mesmo mês e ano, também fiz a cobertura do Festival Planeta Atlântida, no Balneário Atlântida, no litoral gaúcho. Foi um momento marcante e distinto em minha vida profissional. De um lado, as pessoas brincavam, mas também discutiam as questões sociais, políticas e culturais que ainda incomodam o planeta Terra. Do outro, tudo era pura festa feita por gente jovem que carregava como ideologia: a diversão.

 A viagem ao Rio Grande do Sul foi marcada por boas emoções. Tive o privilégio de conhecer a cena musical gaúcha, exemplificando, a moçada do Papas da Língua, Ultramen, Chimarrutz, etc. Agora, o que me emocionou bastante foi estar caminhando num fim de tarde, às margens do Rio Guaíba, na região metropolitana de Porto Alegre. e senti um eco à distância de Lera, canção de domínio público, conhecida na voz de Dona Teté do Cacuriá. Juntamente com o amigo Gerson Maranha, procurei saber de onde estava vindo o som. Ele ecoava em um dos pólos culturais do Fórum Social Mundial, onde um grupo de teatro paulista, que além de cantar a música, reverenciava  Dona Teté. No momento, veio um ‘banzo’ e a sensação gostosa pela rica e singular cultura do Maranhão está sendo citada.

FSM: o retorno

Quanto ao Fórum está de volta ao Brasil e acontece a partir do dia 27, em Belém (PA). A sociedade civil e movimentos sociais do planeta estarão presentes na capital paraense.

Até a última sexta-feira (16), as inscrições para a edição de Belém passavam de 82 mil, segundo um dos articuladores do Fórum e organizador da etapa 2009.

Celebração

Estão previstas mais de 2,6 mil atividades, a maioria auto-gestionadas – organizadas pelos próprios participantes. As assembléias, oficinas, cerimônias, atividades culturais e os seminários serão concentrados nas Universidades Federal do Pará (UFPA) e Federal Rural da Amazônia (UFRA), mas devem tomar as ruas de Belém, como na caminhada de abertura, prevista para a tarde do primeiro dia do Fórum.

Considerado o principal contraponto ao Fórum Econômico Mundial, que acontecerá paralelamente em Davos, na Suíça, o FSM não deverá concentrar a discussão apenas sobre a crise financeira internacional. Também estarão na ordem do dia as crises ambiental e de segurança alimentar, que justificam inclusive a escolha de uma sede amazônica para o Fórum..

Definido como um evento apartidário e sem ligação com governos, o FSM não deixa de ser uma oportunidade política, e não será diferente em Belém, principalmente para as lideranças regionais. O presidente Luiz Inácio Lula da Silva já confirmou a ida ao Fórum, e deve encontrar os colegas de continente Hugo Chávez, da Venezuela, Evo Morales, da Bolívia, Fernando Lugo, do Paraguai, e a chilena Michele Bachelet.

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