O Projeto de Lei 4124/08, apresentado pelo deputado Chico Alencar (PSOL-RJ), visa definir o funk como forma de manifestação cultural popular para que o Poder Público garanta sua produção como estilo musical. A tentativa do político brasileiro virou notícia nos principais veículos musicais do exterior.
– A polícia freqüentemente interrompe as festas de funk no Rio por denúncias de tráfico de cocaína. Isso causa algumas resistências ao projeto de lei, embora ele deva ser aprovado até o final do ano – diz a matéria da revista inglesa New Musical Express.
Já no jornal britânico The Guardian, o destaque fica por conta da controvérsia levantada no Brasil em função do conteúdo das músicas feitas pelos funkeiros. – A crítica ao funk é em função das letras com conteúdos sexuais explícitos – diz o texto.
Por outro lado, a publicação também fala sobre a força do movimento. “O funk ganhou apoio de peso nos últimos anos, ganhando um lugar fixo no mainstream. No ano passado, DJ Marlboro, um dos maiores nomes do estilo, foi convidado para tocar no aniversário de Sérgio Cabral, governador do Rio”, explica.
Lógico, que canções que abordam o sexo de maneira pejorativa, ou sejam de cunho preconceituoso merecem desprezo, independente do estilo. Agora, não devemos esquecer que o “funk” é uma vertente eletrizante e cheio de bons representantes. Oxalá, Tim Maia, Tony Tornado, Banda Black Rio, Sandra de Sá, Fernanda Abreu, Lulu Santos, Mr. Catra, entre algumas figuras novas do gênero no Brasil. Portanto, saiba separar o joio do trigo e viva o “funk” dos morros e favelas cariocas.