Zeca Baleiro teve participação brilhante no Som Brasil, exibido na última sexta-feira, 19, onde o homenageado era Dorival Caymmi.
Baleiro começa suas três participações no programa (“Dora”, “Marina” e “Rosa Morena”) em andamento lento, pisando manso no terreno. Mas os arranjos crescem. Carregam bons momentos, como o groove conduzido pelo baixo em “Dora”, ou maus, como a guitarra e os sopros no final de “Marina”.
Além do músico maranhense, o especial trouxe de volta a filha do homenageado, Nana Caymmi, que resolveu silenciar com a perda simultânea dos pais Dorival e Stella, entre outros músicos como Margareth Menezes, Emanuelle Araújo, etc.
A idéia do “Som Brasil” é essa mesma: misturar alguém mais experiente -às vezes é o próprio homenageado- com uma turma nova livre para experimentar. Não há como não aplaudir, ainda mais num tempo em que é tão ruim e tão repetitivo o que se toca na TV. Só falta a Globo repensar um horário mais nobre e acessível a todos.