Arnaldo Antunes: música, literatura e cinema

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A Feira do Livro de São Luís encerrou em grande estilo. Auditório lotado para receber o anfitrião do Salão do Escritor, Arnaldo Antunes. O multimídia das artes falou de literatura, mas não esqueceu em nenhum momento a verve poética-musical. Apesar de escrever e cantar simultaneamente, o músico afirmou que as coisas não se misturam em sua cabeça.

– Só quando sai dos Titãs decidi fazer um mix. Então, surgiu uma terceira atividade: o vídeo”, contou. Caminho natural das coisas, em 1993 Arnaldo Antunes lançou o disco-livro-vídeo “Nome”, ao qual se seguiram Ninguém (1995), O Silêncio (1996) e Um Som (1998).

Em 2002, mais uma investida na música. Dessa vez, um único CD: os Tribalistas, em parceria com Marisa Monte e Carlinhos Brown.

– Foi um encontro de amigos, que têm trabalhos separados e que não possuíam intenção de lançar outros CDs – disse. Hoje, Antunes continua a carreira solo.

Os trabalhos de Arnaldo Antunes com as letras acabaram por torná-lo um dos nomes mais conceituados na poesia contemporânea brasileira.

– Gosto muito de trabalhar com fragmentos. Já na música eu fazia isso. Por isso, digo que minha poesia tem um aspecto voltado para o construtivismo – contou o artista. Ele ainda revelou os escritores que mais influenciam seus livros. “A principio, João Cabral de Melo Neto e Augusto de Campos, pelo trabalho de concisão. Mas foram surgindo outros, como Oswald de Andrade, Fernando Pessoa, Carlos Drummond de Andrade. Mas essa lista está em construção permanente e já tem até autores clássicos, que antes eu não lia, como Dante e Homero”, relatou.

Mas nem só de literatura se originam as influências para a poesia de Antunes. “O rock também me inspira, pelo movimento de subversão comportamental que promove”, destacou. “Mas, qualquer coisa que eu fale sobre as minhas fontes de inspiração e sobre a minha poesia será sempre menos que minha poesia em si”, acrescentou.

Arnaldo Antunes já lançou 14 livros, entre os quais 40 escritos, livro organizado por João Bandeira, que reúne artigos, ensaios, prefácios, releases e textos publicados em diversos meios (jornais, revistas, catálogos etc.) desde 1980.

– Mas pretendo lançar mais uma reunião de escritos. Seria ‘Outros 40’, uma reunião de ensaios, textos mais poéticos e mais criativos. Um trabalho comentando a produção de outras pessoas – avisou. “Isso não tem prazo para chegar ao mercado”, finalizou.

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Festival latino-americano de música em BSB

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Dos dias 27 a 29 de novembro, acontece em Brasília o festival El Mapa de Todos. O evento reunirá artistas do Brasil e de mais oito países (América Latina e Península Ibérica) no Espaço Brasil Telecom.

Entre os brasileiros, o destaque é Marcelo Camelo, ex-Los Hermanos. Também tocam no festival as bandas Mundo Livre S/A, de Pernambuco, e Macaco Bong, do Mato Grosso.

As atrações internacionais vêm de oito países: Peru, Chile, Colômbia, Venezuela, Argentina, Uruguai, Espanha e Portugal. A maioria deles jamais se apresentou no Brasil.

O principal nome entre os estrangeiros é a veterana banda argentina Babasónicos. O grupo já lançou nove álbuns e foi indicada este ano ao Grammy Latino.

Além de shows, estão previstas exposições, lançamentos de livros, apresentação de vídeos e debates sobre a integração regional. Veja abaixo a programação de shows:

Quinta – 27/11

Beto Só – Brasília (palco foyer)
Azevedo Silva – Portugal (palco teatro)
Danteinferno – Uruguai (palco foyer)
Marcelo Camelo e Hurtmold – Rio/SP (palco teatro)

Sexta – 28/11

Macaco Bong – Cuiabá (palco teatro)
Turbopótamos – Peru (palco foyer)
Babasónicos – Argentina (palco teatro)

Sábado – 29/11

La Quimera del Tango – Argentina (palco teatro)
Javiera Mena – Chile (palco foyer)
Sr. Chinarro – Espanha (palco teatro)
Mundo Livre S/A – Recife (palco foyer)

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Tudo Blues em São Luís

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São Luís na atmosfera do blues. O gênero nascido e adotado pelo resto do mundo vai invadir a ilha com a realização do II Maranhão Blues Festival, dias 30 (quinta-feira) e 31 (sexta-feira) deste mês, no Espaço Armazém (Praia Grande).

Na quinta, dia 30, tem Tequila Blues (MA), Clínica Tobias Blues Band (PI), Jefferson Gonçalves (RJ). Na sexta, dia 31, tem Edson Travassos (DF), Artur Menezes (CE) e Dário Ribeiro (MA).

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Domingo é dia de Feira com Arnaldo Antunes

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A Feira do Livro, que movimentou o universo literário em São Luís durante duas semanas, encerra em grande estilo. O músico, artista plástico e escritor Arnaldo Antunes é o palestrante convidado do Salão do Escritor, hoje, às 19h, na II Feira do Livro de São Luís, na Praça Maria Aragão.

Arnaldo ficou reconhecido no cenário artístico devido a relação com a música. Tudo teve início na década de 80, como integrante dos Titãs, e hoje, numa trajetória solo, continua sendo uma referência nacional.

Antes de aparecer como músico, ele lançou o primeiro livro de poesias, intitulado Ou E, um álbum de poemas visuais, editado artesanalmente e que corresponde a uma estrutura de uma caixa. Na tampa, tem dois buracos com um círculo giratório que quando acionado passa os alfabetos mais distantes pelos buracos. Paralelo à carreira musical, publicou 10 livros e montou várias exposições de poemas visuais, onde a palavra sempre ocupa o lugar de destaque.

O jogo com as palavras feito por Arnaldo Antunes pode ser identificado na adequação de versos a melodias, sílabas e métrica de um poema e nesse processo já se construíram sucessos memoráveis na música, a exemplo de Não Vou me Adaptar, O Que, Velha Infância, Essa Mulher, entre outras.

“Não sei o que fazer/eu saio por aí/sem ter aonde ir/não é sete de setembro/nem dia de finados/não é sexta-feira santa/nem outro dia feriado/não confunda domingo com a segunda/domingo não é dia de descanso”…portanto, todos a Feira.

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Fim da The Mads

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Depois de quatro anos de existência, a banda The Mads anuncia uma parada por tempo indeterminado. A decisão foi tomada pelos integrantes após pedido de desligamento de Pandha. 

Segundo Marco, Otávio e Denis, o vocalista banda alegou que o afastamento é motivado por problemas externos. Os integrantes da banda agradecem ao apoio recebido pelos fãs durante a trajetória da The Mads.

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Parque para reverenciar a Bossa Nova

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A Bossa Nova vai ganhar um parque, no Leblon, Zona Sul do Rio. O projeto foi assinado nesta segunda-feira, pelo governador carioca, Sérgio Cabral (PMDB). O mesmo terá a assinatura do arquiteto Jaime Lerner e a consultoria do crítico musical Nélson Mota e do escritor Ruy Castro, autor de livros sobre o movimento.

Localizado na esquina da rua Mário Ribeiro com a avenida Bartolomeu Mitre, o parque contará com um museu interativo em formato de piano. O espaço será composto de duas edificações independentes, sendo um delas destinada a abrigar exposições temporárias formada por 31 salas ligadas por uma passarela flutuante construídas sobre pilotis. O segundo edifício possuirá três auditórios de médio porte e um terraço com área de lazer e restaurantes.

Para fazer o esboço do parque, Lerner buscou inspiração no ritmo característico da Bossa Nova, que utiliza elementos do samba e do jazz.

Como brasileiro que somos a criação do Parque da Bossa Nova servirá com mais uma referência turística nacional, além de preservar o legado e difundir a importância que tem o estilo musical para o Brasil. Enfim, a Bossa Nova é a trilha sonora da cidade maravilhosa e mundo afora.

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Fazendo barulho com o ‘underground’ em Goiânia

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Foi divulgada a programação completa do Goiânia Noise Festival, que acontece de 21 a 23 de novembro na capital de Goiás. O evento vai reunir atrações internacionais como Helmet, Vaselines e Black Mountain.

A veterana banda Circle Jerks, que seria um dos destaques do festival, não vai mais vir. O motivo foi uma internação do vocalista Keith Morris, que teve uma parada cardíaca provoca por uma hiperglicemia.

No total, serão mais de 40 atrações, a maioria delas da própria Goiânia. Mas haverá também 10 nomes internacionais e também destaques da cena alternativa brasileira, incluindo o ex-Los Hermanos Marcelo Camelo.

O preço e o início da data de venda dos ingressos ainda não foi definido. Veja abaixo a programação do Goiânia Noise Festival:

Sexta-feira (21/11)

Palco Monstro
01:20 Marcelo Camelo + Hurtmold (RJ)
00:00 Vaselines (Escócia)
23:00 Frank Jorge (RS)
22:00 Canastra (RJ)
21:00 Calumet-Hecla (EUA)
20:00 Mickey Junkies (SP)
19:00 Diego de Moraes e o Sindicato (GO)

Palco Trama Virtual
00:40 Black Lips (EUA)
23:30 Lucy And The Popsonics (DF)
22:30 Motherfish (GO)
21:30 Continental Combo (SP)
20:30 The Backbiters (GO)
19:30 Holger (SP)
18:40 Demosonic (GO)
18:10 Gloom (GO)

Sábado (22/11)

Palco Monstro
01:20 Instituto (SP)
00:00 Black Mountain (Canadá)
23:00 Cabruêra (PB)
22:00 The Dead Rocks (SP)
21:00 Os Ambervisions (SC)
20:00 Guizado (SP)
19:00 Mugo (GO)

Palco Trama Virtual
00:40 The Flaming Sideburns (Finlândia)
23:30 Black Melkon (Inglaterra)
22:30 MQN (GO)
21:30 Gangrena Gasosa (RJ)
20:30 Black Drawing Chalks (GO)
19:30 Amp (PE)
18:40 Mersault e Máquina de Escrever (GO)
18:10 Cicuta (GO)

Domingo (23/11)

Palco Monstro
00:20 Helmet (EUA)
23:20 Inocentes (SP)
22:00 Claustrofobia (SP)
21:00 Loop B (SP)
20:00 The Ganjas (Chile)
19:00 Motek (Bélgica)
18:00 Heaven’s Guardian (GO)

Palco Trama Virtual
22:40 Periferia SA (SP)
21:30 The Tormentos (Argentina)
20:30 Mechanics (GO)
19:30 Bang Bang Babies (GO)
18:30 Hillbilly Rawhide (PR)
17:40 Goldfish Memories (GO)
17:10 Fígado Killer (GO)

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Precisamos dialogar culturalmente

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Na concepção de Gilberto Gil, na condição de Ministro da Cultura, “uma política cultural deve ser vista como parte de um projeto de formação de uma nação democrática e plural. Por isso, ao se implementar uma política pública voltada para o setor cultural, não há como deixar de escutar as pessoas e os órgãos disseminadores da cultura e envolvê-las na formulação das políticas públicas necessárias.

Enfim, no Maranhão, especificamente em São Luís, essa forma de trabalhar uma política cultural de todos e para todos parece estar longe de acontecer. Estamos numa disputa para escolher o futuro prefeito de São Luís. Uma tarefa que só depende de (nós) ludovicenses e antes de tudo brasileiros. Depois de eleito, precisamos cobrar de um dos vencedores que nós queremos  comida, diversão e arte com dignidade. Não queremos qualquer tipo de comida, nem arte apenas para prestigiá-la. Queremos fazer arte e bem diferente. Como um bom exemplo, abrir as portas para o diálogo rico e soberano.

A primeira ação é conclamar as comunidades, criar comitês e se discutir Cultura dentro de um contexto amplo, envolvendo modo de vida, costumes e a ansiedade coletiva. Precisamos urgentemente criar um projeto criativo, multifacetado e consistente para formular políticas públicas necessárias, deixando de fora o fisiologismo, o revanchismo e um certo medo de conviver com o novo e o que foge do convencional, tradicional e daquela fórmula instituída ao longo da história, onde em alguns momentos é maqueada equivocadamente para dizer que estamos absorvendo o contemporâneo.

È o momento de estreitar as relações mesmo e propiciar uma maior interação entre Governo e Sociedade. Não cabe mais e nem é justo ficar enganando a todos nós com falsas promessas ou propostas paliativas e demagógicas. É chegada a hora de acreditar que temos que vencer o medo…

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Zeca Baleiro lança disco e contagia público paulista

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O cantor e compositor Zeca Baleiro lançou o novo álbum “Coração do Homem Bomba, volume 1” em dois shows no último fim de semana, no Citibank Hall, em São Paulo.

A imprensa disse que maranhense ouviu fãs gritarem por “Toca Raul”. Sentiu-se homenageado. Afinal, as exclamações, entre uma música e outra, não eram por Raul Seixas, mas sim para a nova música de Baleiro, que, claro, faz uma brincadeira com os insistentes pedidos da plateia para tocar canções do maluco beleza.

Foi de forma irreverente e descontraída que Baleiro, acompanhado de sete músicos, apresentou-se para o público paulista. Se o artista surpreendeu parte dos fãs, acostumados com as músicas tranqüilas do CD anterior, Baladas de Asfalto e outros Blues, não decepcionou ninguém com a variedade de ritmos da noite. A plateia, de faixa etária de 30 anos em sua maioria, balançava o corpo de um lado para o outro e boa parte mostrava que já tinha decorado as letras do álbum, lançado em agosto.  

Na metade do show, o espetáculo mudou de tom. A banda saiu de cena e Zeca Baleiro ficou sozinho no enorme palco. Sentado em um banquinho, no melhor estilo um barzinho e um violão, cantou canções mais lentas, como “Babylon”, “Quase nada”, “Bandeira” e “Telegrama”. A platéia acompanhou cantando junto com Baleiro, transformando o espaço em um show acústico e intimista.

Dando seqüência à parte sentimental do show, Baleiro fez uma homenagem a Waldick Soriano, morto no último dia 4 de setembro. Ergueu um copo de whisky, jogou um pouco no chão e cantou “Tortura de amor”, que tem como refrão “Hoje eu quero paz/ Quero ternura em nossa vida/ Quero viver por toda a vida pensando em ti”.

Feitas as homenagens, o pedido da plateia foi finalmente atendido e Zeca cantou a bem-humorada “Toca Raul”. O público delirou. O vocalista saiu do palco e deixou a banda tocando “Minha vó já dizia”, do Raulzito, a do “quem não tem colírio, usa óculos escuros”.

Em seguida, as luzes se apagaram e os músicos saíram de cena. O show poderia acabar nesse momento que os fãs teriam ido embora satisfeitos. No entanto, ainda dava para melhorar. Baleiro voltou para o bis, sem o colete e o chapéu coco que usava, apenas com uma camiseta vermelha. Tocou “Mamãe Oxum”, antes de terminar a apresentação ao som do rock “Heavy Metal do Senhor”, com direito a uma performática apresentação do maranhense na guitarra.

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Elza Soares canta do samba ao jazz em São Luís

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Elza Soares, uma das melhores cantoras do Brasil, faz show no próximo dia 24, sexta-feira, no Ceprama, com a produção de Ópera Night Produções. “Do Cóccix Até o Pescoço” é o nome do show e do disco lançado em 2002.

O disco recebeu críticas estupendas da imprensa e garantiu a Elza uma indicação ao Grammy. Foi um trabalho que impulsionou a carreira da artista e proporcionou bem-sucedidas turnês mundo afora.

Em 2004, Elza lançou o álbum Vivo Feliz. Não tão bem sucedido em vendas quanto suas obras anteriores, o álbum continuou a executar o tema de fazer um mix de samba e bossa com música eletrônica e efeitos modernos.

O álbum apresentou colaborações de artistas inovadores como Fred Zero Quatro e Zé Keti.Será um privilégio a todos nós assistirmos ao show dessa diva que tornou-se popular com sua primeira música “Se Acaso Você Chegasse”, na qual introduziu o scat à la Louis Armstrong, adicionando um pouco de jazz ao samba.

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