Amanheci pensando no verdadeiro amor, incolor, movido pela cumplicidade do casal, e também em meus ídolos black or white”, brazuca ou gringo: Grande Otelo, Clementina de Jesus, Gilberto Gil, Cartola, Paulinho da Viola, Martinho da Vila, Bob Dylan, Luiz Melodia, Bezerra da Silva, Billie Holiday, Jimmy Hendrix, Antonio Vieira, Kurt Cobain, Humberto de Maracanã, Elza Soares, Janis Joplin, Lázaro Ramos, Jorge Benjor, Seu Jorge, Elizeth Cardoso, Bob Marley, Nélson Mandela, Desmond Tutu, José do Patrocínio e Zumbi dos Palmares. Alguém disse para uma grande amiga virtualmente que Zumbi não morreu! Ele morreu sim, senhor. Contam os livros de História do Brasil. Zumbi morreu esquartejado, e sua cabeça levada a Olinda para ser exposta publicamente, em 20 de novembro de 1695. Por ser uma figura de atitude e ter deixado valioso um legado acabou imortal.
Embora devemos acreditar na História do Brasil, é bom se rever que vivenciamos uma história contada no século XIX. É preciso repaginá-la contextualizando-a com o século XXI, pois a História do Negro e do Brasil é outra. Sabemos que todos os dias morrem inúmeros Zumbis nas favelas, morros, asfaltos, presídios desse País. Sei que ainda somos tratados com indiferença pelo mercado de trabalho, na rua, na praça, nas filas de banco, nas novelas da TV, no Shopping Center. Mas é bom refletirmos em cima de uma Consciência Coletiva, porque conta a História do Brasil, que muitos quilombolas que viviam na Serra da Barriga ,onde hoje está situado o município de União de Palmares, nas Alagoas, eram índios, brancos pobres.e afrodescendentes, numa mistura étnica em busca da liberdade.
É o momento de deixar o sectarismo, o paternalismo de lado, e pensar no processo da auto-estima do negro do século XXI, no social como agente discriminador (onde muita das vezes a pessoa é respeitada pelo que tem e o pelo que é) e no conceito do preconceito que está no comportamento diário de cada um de nós. Todas essas questões precisam urgentemente de um estudo mais aprofundando. Eu costumo dizer que negros e brancos, pobres e ricos amam e odeiam com a mesma intensidade.
Mesmo parecendo utópico, ainda acredito na célebre frase do Reverendo Martin Luther King; no dia em que houve amor entre os homens a palavra preconceito será extinta do vocabulário e da mente do ser humano…