A cantora islandesa Björk, uma das principais estrelas da edição 2007 do TIM Festival, chegou antecipada ao Brasil e ainda assistiu nesta terça-feira (23) a pré-estréia do filme O Passado do cineasta Hector Babenco.
O convite partiu da diretora Mônica Gardenberg que tem afinidades com a cantora. Avessa aos jornalistas, Björk, mal parou para fazer fotos ao lado de Babenco e do ator Gael Garcia Bernal, protagonista do longa.
Ela se apresentará nesta sexta-feira, no hotel Marina da Glória, no Rio de Janeiro. Domingo, Björk se apresentará na Arena Skol Anhembi, em São Paulo. Na quarta-feira, dia 31, se apresenta na Pedreira Paulo Leminski, em Curitiba. Todos os shows fazem parte da turnê Volta e estão na programação do TIM Festival.
E por falar em Björk e o CD Volta, seu último disco, acabei de curti-lo. Ao ouvir por duas vezes veio a boa impressão de estar curtindo um disco definido pela própria artista como globalização de sons.
O gnomo islandês disse, em entrevista à Folha de São Paulo, que as pessoas têm a idéia de que globalização é supermercado, McDonalds e os americanos que se acham os deuses do universo.
– Mas tem o lado que depende da gente. Porque deixar para Bush ? Somos 6 bilhões, e ele é um só, retrucou.
Björk, que passou a adolescência, em Reykjávik, gritando pela identidade islandesa, em um País que se tornou independente da Dinamarca em 1944, se cansou do nacionalismo e priorizou a diversidade em disco.
Volta é a base do shows da turnê mundial. Sopros, barulhos eletrônicos, teclados e percussão travam uma batalha sincopada em Earth Intruders, Innocense, e nas antigas All Is Full Of Love e Army Of Me. A voz de Björk, o seu malabarismo, além do jeitinho inusitado e elegante, lidera a banda e preenche qualquer palco.