Diversidade revela riqueza, mas tem que haver harmonia
Foi feliz o Saulo Maclean quando escreveu na edição desta quarta-feira (8), no Caderno Alternativo, de O Estado do Maranhão, que o cenário underground ganha forma no Centro Histórico de São Luís, com suas tribos urbanas e um mercado independente que gira em torno delas. A coalizão dessa música “undeground” e o folclore ocupando o mesmo espaço nas ruas e casarões da Praia Grande é a tradução moderna de cultura híbrida.
Em seu texto, Saulo cita algumas bandas como Pinhead, Histeriah, Chaparral, Mad Queen, Corpus Cristo, RM8, Effect e Bitch O Acid, protagonistas desse movimento efervescente e que não vem de hoje em São Luís, pois a história do rock na ilha rebelde sempre esteve bastante viva e apostando na boa convivência com a cultura que resiste ao tempo no Maranhão.
– Na maioria das vezes, o cenário mais comum para as reuniões das bandas é a Praia Grande. Lá, onde facilmente se percebe outras manifestações culturais (tambor de crioula, capoeira, cacuriá, etc.), jovens vestidos de preto, com maquiagens exóticas e acessórios bizarros, também conseguem mostrar suas peculiaridades artísticas. Para Bruno Soares, guitarrista da banda 3 Reis Magros, o grande segredo para a conservação dessa realidade está no fato de aceitar as diferenças e saber aproveitá-las -.
Ótima visão de Bruno, que conclui o raciocínio com uma inteligente opinião: Diversidade revela riqueza, ainda mais se houver harmonia dentro dessa diversidade. Quer coisa mais underground que a capoeira, sua importância na história de luta e resistência dos negros ante a vergonha da escravidão? Portanto, a capoeira, o boi, tambor de crioula, dividem o mesmo espaço, tendo a Praia Grande, como cenário. Esse movimento e não é de hoje. Havendo respeito e diálogo, esse espaço de convivência ainda pode melhorar muito mais. Assim seja !!!