O DJ Zod quer provar do arroz de cuxá com peixe frito em pleno mês de julho. Ele está com as malas prontas para tocar na temporada de férias em São Luís.
Antes de deixar o Rio de Janeiro, onde reside há mais de 30, Zod promove neste domingo (8) a festa “Santa Levada na Esquina”, na Lapa. Além dele, estarão presentes como convidados os DJ´s Cyro e Galalau. A balada será à base de muita música preta, amarela, cor-de-abóbora, etc.
O DJ Zod esteve na ilha em abril, onde fez a sua Santa Levada, em parceria com o DJ Pedro Sobrinho e a produtora Márcia Torres, no Dom Francisco Restaurante (Praia Grande).
Férias
Jorge Vercilo é a próxima atração do MPB Petrobrás
O MPB Petrobras retorna à ilha desta vez trazendo o show do músico carioca Jorge Vercilo. O artista se apresentará no final de julho, no Teatro Artur Azevedo, onde cantará canções do DVD Ao Vivo, gravado no final de abril do ano passado.
Vercilo foi eleito pelo segundo ano consecutivo como o Melhor Cantor Popular do Prêmio TIM de Música. E para efeito de memória, o músico maranhense Mano Borges tem registrado em de seus discos uma canção do carioca. Trata-se de Fácil de Entender.
E por falar em música caseira, o MPB Petrobras abre uma Janela para o artista maranhense. Quem abrirá o show de Jorge Vercilo é o cantor e compositor Djalma Chaves que mostrará músicas de seu mais novo disco, O Maranhão e o João, em mais um tributo feito por artista maranhense ao mestre João do Vale.
Maranhão Vale Festejar: uma grande sacada das férias
Uma festa julina para reverenciar as férias e o folclore maranhense. Esta é a melhor definição para o Maranhão Vale Festejar, em mais uma edição, tendo como cenário o Convento das Mercês, localizado no Centro e Histórico de São Luís. O evento acontece sempre de quinta a domingo, dividido em 16 noites. Serão realizadas 150 apresentações marcadas pela heterogeneidade que representa a Cultura Popular do Maranhão, incluindo grupos de tambor de crioula, quadrilha, shows com artistas locais e o bumba-meu-boi nos mais varidos sotaques.
A festança está apenas começando nesta quinta-feira, 5, com a Banda do Bom Menino tocando somente canções do folclore maranhense. Em seguida é a vez do show Estrelas Juninas, uma grande sacada dos organizadores do evento, pois uma fórmula saudável de reunir os músicos locais, num total de 53, todos em clima de Jam Session. O objetivo é mostrar ao Maranhão, Brasil e restante do mundo que possuímos um movimento musical singular. E pra fechar a noite de estréia do Maranhão Vale Festejar, que acaba no próximo dia 29, a platéia entra no clima do Guarnicê com os Bois de Barbosa, Novilho Branco, Barrica, Unidos de Santa Fé e Morros.
Defino o Maranhão Vale Festejar como um festival onde maranhenses, turistas nacionais e gringos comungam com o nosso regionalismo ímpar, dentro de uma paisagem cinematográfica construída no século passado, sem tirar um tostão do bolso.
A cidade histórica de Parati, no Rio de Janeiro, se tornou desde a última quarta-feira (4), até domingo (8), o endereço da literatura no Brasil, com a presença de mais de 70 escritores entre nacionais e internacionais. A quinta edição da FLIP – Festa Literária Internacional de Parati homenageia este ano Nélson Rodrigues, “O Anjo Pornográfico”, celebrado em mesas-redondas, leituras e exposições.
O livro “The Importance Of The Yellow Papers”, que o diretor de programação da FLIP, Cassiano Elek Machado comprou num sebo da Bulgária, abriu a festa. O livro dizia que coisas mágicas acontecem quando escritas em papéis amarelos.
A concretização e o crescimento da festa literária fizeram o diretor de programação concluir que coisas mágicas vêm acontecendo em Parati. Nesta edição, 12 mil pessoas passam pela cidade nesta semana para acompanhar as discussões dos mais brilhantes e diferentes escritores, de doze diferentes países.
Na cerimônia de abertura, na Tenda da Matriz, Liz Calder, idealizadora da FLIP rememorou o nascimento da idéia mirabolante do festival, lembrando o primeiro nome que pensaram para o evento: pensamos em Palavras na Água, com as palestras acontecendo numa grande bolha, flutuante na baía de Parati. Aí concluímos que seria uma experiência muito molhada, brincou Liz Calder.
A crítica de teatro Bárbara Heliodora falou sobre o homenageado, o escritor Nelson Rodrigues. Bárbara ressaltou a relação do autor, nascido no Recife, com a cidade do Rio de Janeiro, pontuando os lugares e os personagens da então capital federal na obra do bardo dos subúrbios. Ela ressaltou a quebra de paradigma que Nelson impôs à nossa literatura, ao escrever errado pela primeira vez. Antes de Nelson nós falávamos errado mas escrevíamos certo. O escritor, segundo Bárbara, inaugurou o estilo coloquial na boca dos personagens citadinos e burgueses. Até então, o tom coloquial era exclusivo dos personagens caricatos, oriundos da literatura regionalista.
Depois da palavra falada, a palavra cantada. A FLIP foi aberta com o concerto da Orquestra Imperial. A orquestra de gafieira reinterpretou com muita irreverência clássicos da época de ouro da música popular brasileira, boleros, rumbas, twists e até pérolas do rock progressivo em cadência de sambalanço. Na Imperial não há maestro nem saxofones, como nas orquestras tradicionais que floresceram entre as décadas de 1930 e 1960; o naipe de metais é reduzido, abrindo espaço para muitas guitarras e cantores.
O público que estava nas cadeiras logo tomou as laterais do grande auditório para dançar e balançar a seu modo. Entre 19 membros da orquestra há figuras experientes como o guitarrista Nelson Jacobina, eterno parceiro de Jorge Mautner, e o baterista Wilson das Neves, compositor e sambista da Império Serrano ao lado de jovens talentos como o músico Moreno Veloso, o baixista Kassin Kamal e o baterista Domenico Lancelotti, todos do grupo +2; Rodrigo Amarante, cantor e guitarrista da banda Los Hermanos. Em Parati, o lendário pianista João Donato se juntou ao grupo. Vestido com boné rosa, ele deu ainda mais colorido à Imperial.
Como já é de costume, a Feira Literária Internacional de Paraty vai escolher a palavra do ano de 2007. Entre algumas citadas pelas vozes singelas das crianças na edição desta quinta-feira (5) do Jornal Hoje, da TV Globo, estão: bondade, paz, harmonia. Que tal “educação”, um dos mais significativos exemplos de cidadania para libertar um povo da exclusão, alienação, opressão e a ignorância.
A partir de sexta-feira (6) Teresina se transforma na cidade do rock e da arte. O festival de música Piauí Pop reúne 30 atrações musicais e culturais por dia.
Dentre as atrações nacionais tem Skank, O Rappa (foto), Angra, Paralamas do Sucesso, Engenheiros do Hawaii, Charlie Brown Jr., Lulu Santos, Pitty e Biquíni Cavadão. O Piauí Pop não é apenas um festival de música, mas incentiva a cultura e a arte local.
O Ministério Público do Rio (MP-RJ) obteve, nesta terça-feira, liminar que suspende o show Live Earth, programado para este sábado, na Praia de Copacabana. A entidade alegou que haveria risco para o público, estimado em 1 milhão de pessoas, pois a PM admitia não ter gente suficiente para garantir a segurança do local. A decisão também considerou a proximidade com o Pan para suspender o evento. As informações são da Rádio CBN.
O departamento jurídico da Mondo Entretenimento, empresa responsável pela produção da edição carioca do Live Earth está em negociação com o MP-RJ na tentativa de que a decisão seja revogada. A justificativa é a de que o evento tem como objetivo a conscientização sobre o meio-ambiente e de que esse não é um “simples show de rock”.
A decisão judicial segue-se a uma ação proposta pela promotora Denise Tarin, da 3ª Promotoria do Meio Ambiente.
“Recebemos um ofício em que a PM informa que não dispõe de efetivo suficiente para garantir a segurança do público”, afirmou em nota. “Além disso, o chefe do Estado Maior da PM, coronel Samuel Dias Dionísio, posicionou-se contrário ao evento porque os policiais desde a terça-feira estão à disposição do Pan.”
Nesta segunda, a organização do evento chegou a divulgar a ordem dos shows. A primeira a se apresentar é Xuxa, que cede o palco para o Jota Quest. Alcione, MV Bill e Marcelo D2 cantam na seqüência. Pharrell Williams é a primeira atração internacional do dia. Vanessa da Mata e O Rappa se apresentam antes de Macy Gray. Jorge Ben sobe ao palco em seguida e Lenny Kravitz encerra o evento no Brasil.
Além das apresentações na praia, o público poderá acompanhar trechos de outros shows no resto do mundo, que acontecerão simultaneamente em telões distribuídos pelo local.
O Live Earth, maior evento voltado à consciência ambiental da história, acontece simultaneamente em oito cidades do mundo. No Brasil, o show começa às 16h e segue até às 22h.
No final de junho, a cidade turca de Istambul cancelou sua participação no evento devido à falta de interesse de patrocinadores e a temores com a segurança.
Paulinho Pedra Azul retorna à São Luís em agosto. O músico mineiro se apresentará acompanhado do jovem músico Marcelo Jiran, entre os dias 9 e 10, às 21h, no Teatro Artur Azevedo. O show é batizado de “Paulinho Pedra Azul 25 anos”.
Paulinho Pedra Azul, que sempre foi recepcionado carinhosamente pelo público maranhense, nasceu na Cidade de Pedra Azul, no Vale do Jequitinhonha (MG).
Começou sua carreira num conjunto chamado The Giants, com Rogério Braga, Mauro Mendes, Marivaldo Chaves, Salvador, Edmar Moreira e André, cantando Beatles, The Fevers, Os Incríveis, Roberto e Erasmo Carlos, etc.
Participou de vários festivais de música e poesia na década de 70. Após morar 10 anos em São Paulo, onde gravou seus 3 primeiros discos: Jardim da Fantasia (BMG), Uma Janela Dentro dos Meus Olhos (Independente) e Sonho de Menino (Independente), fixou residência em Belo Horizonte, onde permanece até hoje.
Paulinho, considerado pelo público e pela crítica como uma dos maiores nomes da música independente no Brasil, fez seu primeiro show em São Luis aconteceu há 15 anos, coincidentemente nos dias 9 e 10 de agosto de 1985.
Gostaria de estar em São Luís para curtir as noites de lua cheia com São Pedro e São Marçal, mas não foi possível devido a compromissos com o trabalho e intercâmbio de quatro dias entre o Rio de Janeiro e Brasília. Preparei um diário de bordo, que teve início em Niterói (RJ). Tive o privilégio de fazer um discotecagem na noite de quinta-feira, 28, em uma festa fechada para amigos que se deliciaram com uma balada à maranhense. No dia seguinte, segui para Brasília, um território o qual tenho afinidade, pois lá estão novos amigos, de outros carnavais e a minha família.
Aproveitei para uma reciclagem profissional e como não sou de ferro tirei um dia para sentir a cena cultural brasiliense. Ao pisar os pés no Cerrado veio a notícia de que a cantora moçambicana Mariza iria divulgar o CD e DVD Concerto em Lisboa, na Sala Villa Lobos, no Teatro Nacional.
Fiquei empolgado com a notícia e como uma figura curiosa me mobilizei para assistir ao show. Tive a sorte de conseguir, através da Embaixada de Portugal, um convite para ter acesso ao sarau de fado, pois era gratuito, enquanto no Rio e em São Paulo, os ingressos foram cobrados a preços astronômicos. No sábado, diante de uma lua estonteante e um pouco de frio presenciei ao espetáculo de uma cantora que não tem a imagem clichê de uma cantora de fado. Usa cabelos curtos e claríssimos e, em quase todas apresentações, maquiagem pesada, saias longas e coloridas. Porém, em Brasília preferiu um vestido preto e longo. Enfim, Mariza mostra no visual que não se encaixa na figura que as pessoas têm das fadistas. Outros requisitos podem também comprovar a essa melancolia normalmente atribuída à canção portuguesa.
A cantora disse em entrevista que o fado comemora a vida e a vida é feita de todos os sentidos. Ela também disse que gosta de música e usa como referências outras vertentes para não se prender a um só gênero. Um bom exemplo foi quando interpretou com sua voz aveludada, Fascinação, consagrada na voz de Elis Regina, acompanhada do violoncelista Jaques Morelenbaum, maestro também responsável pelos arranjos de algumas faixas do show e produtor do mais recente disco de Mariza, Transparente, que serve de base no Concerto em Lisboa.
Nascida em Moçambique, criada desde os 3 anos em Portugal, Mariza recolocou o fado no mapa mundi musical quer pelos palcos que tem pisado, quer pela forma cuidadosa com que aborda esta canção cruzando tradição com inovação. A nova diva do fado é criteriosa quando utiliza todos os elementos que integram a canção portuguesa, inclusive os poemas de Fernando Pessoa, Florbela Espanca, e os instrumentos típicos tocados no show por: Luís Guerreiro (viola portuguesa), Antônio Neto (violão clássico), Antônio Silva (violino), Vasco Souza (contrabaixo) e Ricardo Mateus (viola) completando a banda do disco e show.
Mesmo com o “caos aéreo” “relaxei e gozei” ao constatar que viajar alimenta a minha alma.