Depois de dois anos de pesquisa até o reconhecimento, o tambor de crioula vira Patrimônio Imaterial do Brasil. Um reconhecimento importante para uma manifestação cultural maranhense que não tem calendário fixo. Em qualquer época e qualquer festa popular realizada anualmente no Maranhão, o tambor de crioula está sempre presente como um símbolo de resistência.
Amante da música, de ritmos e improvisos, sempre fui um fã do tambor de crioula, comparando-o a um “free jazz” concebido por afrodescendentes do Maranhão. O maior exemplo de afinidade com a manifestação folclórica estão nas noites de lua cheia do mês de agosto, na festa de São Benedito, na cidade de Alcântara. Fico orgulhoso como maranhense saber que a premiação é merecida.
Enfim, resta agora manter o título de Patrimônio Cultural do Brasil sempre em evidência e fazer com que a brincadeira seja flexível as mudanças sem perder a essência. Viva o tambor de crioula. Viva a Cultura Popular Brasileira !!!!
Valeu, Pedrão.
Devemos estar atentos e sempre unidos para defender e divulgar os nossos bens culturais. Gostei muito do seu comentário.
Muito bem, Pedro. Já visitou o showzão que foi o site do poeta maranhense Lima Coelho na cobertura do Tambor de Criola?
. Poetas louvam o Tambor de Crioula, dança mágica e sagrada, e a cidade de São Luís
. Especial Tambor de Crioula: Patrimônio Cultural e Imaterial do Brasil (I) e (II)
http://www.limacoelho.jor.br/vitrine_literaria.php
Excelente post. Parabéns! Agora é continuar a luta para que esta manifstação cultural tão importante se mantenha viva. Li o discurso do ministro Gilberto Gil. Muito bom. Há um artigo muito bom também que li sobre o assunto, de Fátima Oliveira, chamado Acender Fogueira e tocar tambor, que diz:
” Um cheiro, por merecimento, ministro Gilberto Gil! Dou total razão a quem disse que o Tambor de Crioula é uma dança sagrada e mágica. Acho que fui eu, mas não tenho certeza. O rufar dos tambores pega a gente de corpo inteiro. Pra quem crê, penetra no corpo e na alma. Há transe. Dá uma zonzice só de a gente olhar. É assim: “As mulheres fazem uma roda e, no centro da roda, só uma delas dança, em frente do grupo de três tambores, que não param de tocar”.
E dá-lhe umbigada, êxtase da dança, na marcação do tambor roncador”.
http://www.tribunadacidadania.com.br/2007/6/19/Pagina879.htm