Férias são sinônimos de felicidade e diversão com diversos conceitos para curti-las. Tem gente que prefere locais ecologicamente corretos, dentro de um perfil anti-stress, propício para uma reflexão e um bom descanso. Tem outros, ah! não, preferem energizar através de um contato humano, o colorido das boates, uma casa de shows. Agora, tem aqueles que buscam as cidades tombadas pelo Patrimônio para um “revival” histórico.
Analisando por esse prisma, podemos considerar que moramos em uma cidade que está dentro de um contexto turístico. Infelizmente, tenho a sensação de que às vezes não sabemos aproveitar o potencial a ser oferecido.
Todo mundo comenta que a cidade é linda, tem um potencial turístico fantástico, mas a impressão é que tudo se processa de forma muito lenta. Estamos em pleno mês de janeiro, a cidade está movimentada por visitantes e ludovicenses que passam as férias por aqui, alguns porque gostam mesmo e outros devido a falta de grana para uma viagem na alta estação.
Tive o privilégio de percorrer a cidade durante as festas da Virada do Ano, acompanhado de amigos que vieram pela primeira vez e parentes que retornaram para matar as saudades da ilha. Todos foram unânimes em dizer que a cidade é bonita, aconchegante, mas com pouco atrativo de diversão para quem vem de fora.
Um dos visitantes que estava ao meu lado comentou que São Luís tem uma extensa e bela orla marítima, mas questionou pela falta de uma programação oficial. “A impressão é de que a programação do Réveillon foi articulada pelos próprios donos de bares e feita de acordo com a realidade de cada um, onde muitos deles foram criticados por consumidores pelo fato de estarem cobrando preços exorbitantes na festa da Virada do Ano”.
Quanto a programação do Réveillon preferi não emitir opinião no momento da conversa, mas concordei com o raciocínio do amigo visitante e ainda aproveito para acrescentar que ultimamente, tenho analisado que existe um fenômeno atípico em São Luís quando se aproximam os feriados prolongados. Percebo que a maioria da população deixa a cidade em busca das praias do Ceará, Piauí, os Lençóis em Barreirinhas (MA), ou até as regiões sul e sudeste do País, ficando São Luís completamente vazia. E o que mais entristece é que no fracasso na realização de um evento durante o período o argumento de quem promove, alguns donos de bares, boates, é que a noite não foi boa porque a maioria das pessoas viajou.
Se o problema está aí, é bom que se diga. As festas de final de ano acabaram, as pessoas já retornaram à cidade para juntar-se aos turistas, que muitos comentam que estão espalhados pelos quatro cantos da ilha, e fazer a festa acontecer.
Afinal de contas, não quero aqui criticar dizendo que a noite de São Luís não existe. Lógico, que se você opta pela diversão noturna vai encontrar o Cinema, o Centro Histórico, a avenida Litorânea e a Lagoa da Jansen funcionando. Agora, esse tipo de lazer faz parte do dia-a-dia da cidade. Agora, cadê algo de inovador, um formato de evento que possa dar uma nova dinâmica na noite da ilha.
Viajo e recebo o roteiro das férias de outras capitais brasileiras. Festivais de Música, Teatro, Cinema, DJ´s e por aí vai. Não entendo porque São Luís não adota um novo estilo de vida, onde o tradicional e a modernidade possam conviver em sintonia. Será Xenofobia ou costumes de uma população condicionada ao conformismo ?