Cabelos saudáveis são resultado de uma combinação de saúde e cuidados estéticos adequados. A maioria dos indivíduos possui níveis adequados de nutrientes na dieta, entretanto, a redução da ingesta de vegetais e grãos com o aumento da preferência por alimentos industrializados parece ter modificado o padrão dietético atual.
Associados ao envelhecimento,observam-se problemas dentários, alcoolismo e outras deficiências nutricionais, que se refletem não só no couro cabeludo, mas também nos pelos, com modificação de cor, brilho e comprimento.
Um exemplo clínico adequado pode identificar sinais iniciais de alterações nutricionais. Reconhecer a população de risco é fundamental. Idosos, crianças e mulheres jovens com restrição dietética, visando atender aos padrões estéticos atuais, devem ser observados criteriosamente. Pacientes com obstrução inadequada de nutrientes, e doenças crônicas merecem maior atenção.
Os mecanismos pelos quais os diversos oligoelementos e vitaminas interferem no ciclo do cabelo e na qualidade da queratina produzida são variados. Os principais componentes do pelo são a queratina e os aminoácidos associados a ela, como cisteína, arginina e citrulina.
As cadeias de queratina se ligam por pontes dissulfeto (entre moléculas de enxofre); conferindo resistência à haste. Essas são alteradas nos tratamentos químicos da haste, com tinturas e alisamentos definitivos, tornando os fios mais frágeis.
Atividade cíclica dos cabelos
A fase catágena, também denominada fase da regressão ou involução, é um período de transição de cerca de duas semanas entre a fase de crescimento e a de repouso. As células matriciais param de se dividir e a estrutura do folículo diminui. A fase subseqüente dura, aproximadamente, 3 meses e denomina-se telógena ou de repouso, quando o pelo se separa da papila dérmica e é facilmente destacado. Sua porção inferior está queratizada pela deposição adicional de queratina. No fim dessa fase, um trato fibroso pode ser observado na região previamente ocupada pelo folículo e uma nova fase anágena ali se desenvolverá. Entre a queda do pelo telógeno e a nova fase anágena, um período de total repouso folicular é observada: a fase quenógena. Em geral de curta duração, ela parece ser mais duradoura na alopecia androgenética (AAG), colaborando para a rarefação observada. No couro cabeludo normal, 85-90% dos fios estão na fase anágena, 10-15% na telógena e 1% na fase catágena. A duração da fase de crescimento é diretamente proporcional à espessura do pelo; com o envelhecimento, essa fase sofre um encurtamento progressivo.
INFLUÊNCIA DA NUTRIÇÃO NO CABELO
Uma dieta variada com quantidades ideais de proteínas, carboidratos,lipídeos,oligoelementos e vitaminas é fundamental para um organismo saudável.Restrições dietéticas podem interferir em características da pele e do cabelo e influenciar no desenvolvimento de doenças e alopecias. No cabelo, a dieta pode interferir nas características da haste, nas fases do ciclo de crescimento e nas doenças de couro cabeludo.
OLIGOELEMENTOS
Os oligoelementos ou microminerais são elementos químicos essenciais para os seres vivos. Encontrados em baixa concentração nos organismos, são essenciais aos processos biológicos com o a digestão e na produção de enzimas vitais.
Ferro e zinco estão entre os oligoelementos mais relacionados à saúde do cabelo, porém, cobre,selênio e manganês também parecem ter influência no ciclo do cabelo e nas açopecias.
FERRO
Fundamental na formação da hemácia. A sua reposição em pacientes deficientes aumenta o volume sanguíneo e a hemoglobina, melhorando transporte e armazenamento do oxigênio. Está baixo com freqüência no eflúvio telógeno e na alopecia androgenética feminina. Dietas restritas em carnes, grãos e vegetais verdes podem estar associadas à deficiência de ferro, assim como na desnutrição do idoso, em pacientes vegetarianos ou com distúrbios alimentares (anorexia,bulimia,em nutrição parenteral e síndrome de má-absorção). A deficiência de ferro é bastante comum, estimada em 20-30 % da população mundial.
ZINCO
O zinco é necessário para o funcionamento de diversas enzimas. Interfere no crescimento, cicatrização, síntese de colágeno e resposta imune entre outras funções. É um elemento essencial, não sintetizado pelo organismo. Dietas restritas em carnes e peixe podem levar à deficiência de zinco, especialmente, em indivíduos que ingerem grande quantidade de cereais.

VITAMINAS
Compostos considerados essenciais aos humanos podem ser classificadas em hidro e lipossolúveis a maioria delas é obtida na dieta regular. As vitaminas hidrossolúveis são absorvidas pelo intestino e transportadas para os tecidos onde serão utilizadas. O organismo não tem capacidade de armazená-las, daí, o excesso ser excretado principalmente pela urina. As vitaminas do complexo B e C necessitam de reposição diária. A vitamina A e as do complexo B(biotina B8 e ácido pantoténico B5) parecem estar mais relacionadas a queda do cabelo. Entretanto diversos estudos mostram a influência das vitaminas C,D e E, na queda.
As lipossolúveis são A,D,E e K necessitam do auxílio de gorduras para sua absorção e são armazenadas no organismo.
Concluindo, o indivíduo deve ser avaliado sob o ponto de vista nutricional, quando está diante de queda de cabelo ou tricodistrofia. A utilização de vitaminas e oligoelementos ou em suplementos combinados pode modificar o aspecto da fibra capilar, possivelmente, por interferências no ciclo do cabelo e na queratinização da haste, levando à redução da queda e da quebra do cabelo.
Aconselhar-se com seu cabelereiro é válido para um corte, um shampoo ou condicionador, porém, só o profissional médico com especialização em NUTROLOGIA e direcionamento ao estudo específico dos cabelos é capacitado para lhe receitar produtos e diagnosticar suas possíveis carências nutricionais. A sugestão dietética é dada ao nutricionista que cuidará de seu projeto alimentar individualizado e de acordo com seus gostos e costumes.

Agende uma consulta médica com o seu nutrólogo e confira se ele é membro da ABRAN(Associação Brasileira de Nutrologia)

Pedro Brito – médico Nutrólogo . CRM 440 MA.
HARMONIA Medicina , Cirurgia Plástica e Nutrologia

Em nossa prática médica diária uma das alterações cutâneas mais comumente encontrada é o melasma.Vários tratamentos já foram propostos,utilizados e muitos deles abandonados pela baixa eficácia.

Os estudos da cosmetologia aplicada as manchas e hiperpigmentações da pele mostram avanços que só vem contribuir para um controle e profilaxia dessas alterações da pele.

O melasma é uma discromia cutânea caracterizada pela presença de manchas marrom-enegrecidas,muitas vezes,violáceas na região frontal,malar,nasal e peri labial.Tem como causa inúmeros fatores entre os mais importantes estão a predisposição genética,alterações hormonais,principalmente pelo estímulo do MSH e o importante dano causado pela radiação ultravioleta tanto UVA quanto UVB.Estas causam reações de oxidação pelo aumento de radicais livres,determinando,então,um aumento na síntese dos melanossomos nos melanócitos e maior transferências destes para os queratinócitos.

O melasma,por se tratar de discromia crônica e recorrente,principalmente após as exposições solares merece uma atenção especial.Cada paciente responde de maneira,muitas vezes,diferente ao tratamento.

A utilização da fotoproteção,ácidos despigmentantes,vitamina C e corticóides estão entre as principais armas na terapia tópica dessa alteração cutânea.Isto sem se falar dos peelings a laser que também vem sendo usados nos últimos tempos.

Na Europa há muitos anos se usava o pycnogenol como agente nos distúrbios circulatórios vasculares.As pesquisas mostraram que este princípio ativo tem ação antioxidante portanto tem a capacidade de reagir com os agentes oxidantes,como por exemplo,os radicais livres,inativando-os e promovendo efeitos benéficos na pele e no sistema circulatório.

O Pycnogenol é um medicamento fitoterápico que pertence a classe farmacológica dos plavonóides,substâncias que possuem alto poder antioxidante.Tendo em sua composição extrato seco de cascas de Pinus pinaster ,árvore que alcança 20 a 35 metros de altura,originária do sudoeste da Europa e Norte da Àfrica e localiza-se nos litorais atlânticos da península Ibérica e da França.O tronco esta coberto por uma casca espessa,rugosa de cor castanho avermelhada.

Nesse extrato esta presente uma combinação de flavonóide com alto poder antioxidante,atuando de maneiras distintas:

Varredura de radicais livres

Agem neutralizando a ação dos radicais livres,reduzindo o processo de síntese de melanina e consequentemente,o melasma e hipercromia pós inflamatória.

Inibição da enzima tirosinase

Diminuindo também a síntese da melanina e a formação do melasma.

Aumenta a resistência

Protege o endotélio e diminui a permeabilidade vascular diminuindo a fragilidade,eritema e edema da área afetada.

Inibe a ação da metaloproteinase

Enzima responsável pela degradação do colágeno e elastina,estimulando então a sua maior produção,promovendo uma maior cicatrização,e restauração cutânea.

A indicação do Pycnogenol na profilaxia e controle do melasma obviamente associada ao tratamento tópico adequado,veio em decorrência dos estudos da ação desse princípio ativo sobre o endotélio dos vasos onde tem ação protetora como vimos anteriormente.

Dessa maneira o Pycnogenol pode ser indicado no pré e pós procedimento em terapias que envolvam não só a necessidade de reparo rápido como também a diminuição de possível hiperpigmentação e eritema pós inflamatório:Entre essas terapias,o laser,a luz pulsada e os peelings médios e profundos estão entre as suas maiores indicações.

Concluindo queremos mostrar que a forma combinada dessas terapias (tópica e sistêmica)pode levar a um maior sucesso terapêutico dessa importante alteração cutânea,e o diálogo aberto com os pacientes para explicar as expectativas realistas e a orientação de um tratamento de manutenção tem sido a melhor orientação.

Procure o seu médico Nutrólogo e com conhecimentos de Cosmetologia Estética para maiores informações e se for o seu caso receber um projeto de tratamento individualizado para o seu caso.

Pedro Brito – médico nutrólogo e com formação em estética aplicada à medicina.

Harmonia Clinica de medicina, cirurgia plástica e Nutrologia.