A casa de espetáculos “Spirit Music Hall” no bairro das Graças em Recife foi o palco de encerramento ontem do 9º Oi Blues by Night com o ícone americano do blues “Rick Estrin and the Nightcats”, provindos de Buenos Aires onde realizaram show no dia anterior.
A banda formada em São Francisco e Chicago mostrou um som vibrante.O bom BLUES aliado a toque de jazz,swing e surf music foi tocado com muita energia e bom humor fazendo levantar “a casa” para dançar como se estivesse nos guetos de New Orleans, ou na baía da Califórnia.
ESTRIN iniciou sua carreira em São Francisco nos anos 60,lá aprendeu com Rodger Collins os segredos do show business.Aos 20 anos transferiu-se para Chicago onde tocava e viajava com nomes da importância de Buddy Guy,J. Yung e Muddy Waters.
ESTRIN após a aposentadoria do antigo guitarrista Charlie Baty,trocou o nome da Banda antes batizada de “Little Charlie and the Nightcats” e no seu lugar entrou o fantástico Chris “Kid” Anderson, norueguês de nascimento porém com o jazz e o blues no corpo e espírito, um show-man realmente. Completam a Banda o baterista J.Hansen e o baixista e tecladista Lorenzo Farrel (grande admirador da música brasileira nas pessoas de João Gilberto,Airto Moreira eHermetoPascoal).
Recife tem tradição de jazz e blues. Conceituadas bandas compostas por médicos de renome como Giovanni Papaléo,produtor do evento Oi Blues by Night, o gaitista e cantor Flávio Guimarães do Blues Etílico, a Up town Band e a Hand-made Blues,fazem na noite recifense um som que reporta aos saraus dos americanos negros do Mississipi.
Aí no Maranhão temos excelentes músicos e alguns que fazem jazz e blues, porém não há um movimento consistente focando a música negra americana que tanto encanta povos de todos os continentes.
Sempre que viajo não perco um show, ou melhor um concerto de blues ou jazz, talvez porque minha origem grite dos recônditos de minha alma e me faça desfrutar momentos de puro prazer e êxtase. E desta feita não foi diferente, nessa minha temporada de repouso e de convívio com meus filhos e minha netinha Marina aqui em Recife fui premiado pela coincidência de data deste show sem precedentes no meu repertório jazzístico-blues.
Deo gratias!
Muito Bom!!!