Com a palavra… Bruno Duailibe

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A noite desta segunda-feira (23) terá sabor especial para Bruno Duailibe. É que o advogado e ensaísta de O Estado MA – cujo os textos também são publicados em Hot Spot – lança seu livro de estreia, “Essência Fragmentada”, que reúne boa parcela das crônicas que já publicou. A noite de autógrafos acontece no Hotel Pestana, e promete ser o agito literário da temporada.

A propósito: o blog reproduz agora a crônica mais recente de Bruno para O Estado. Na verdade, o texto foi o discurso proferido por ele durante a solenidade de posse do Desembargador Ricardo Duailibe, dia 13 último.

Bruno Duailibe com o filho, o pequeno Bruno, em registro publicado em minha coluna no último domingo, 22.
Bruno Duailibe com o filho, o pequeno Bruno, em registro publicado em minha coluna no último domingo, 22.

Um homem diferenciado

Desejo trazer às minhas palavras aquilo que trago em meu coração.

E o que trago em meu coração, mais do que amor, é júbilo de ver o Dr. Ricardo Duailibe, agora como um membro do Poder Judiciário maranhense.

Não falo do orgulho que sinto como primo, ex-estagiário e colega enquanto fomos os dois advogados. Também não falo como seu declarado admirador. Falo do orgulho que sinto como cidadão.

Nessa condição, tenho incontida satisfação de perceber que seus valores e virtudes se somarão à excelência de seus pares e que ele concorrerá para a consolidação da história do Tribunal de Justiça do Maranhão, que está na iminência de gravar as primeiras linhas do seu terceiro centenário.

Digo isso porque sei que o Desembargador Ricardo é um homem diferenciado ou um homem “diferente”, como preferiu chamar o Desembargador Marcelo Carvalho na sessão do Pleno de 07.08.2013, que resultou na formação da lista tríplice liderada pelo homenageado. O adjetivo, seja qual for a forma empregada, bem sintetiza a pessoa e o profissional Ricardo Duailibe.

Com 58 anos de idade e 35 de profissão, o agora Desembargador Ricardo apresenta-se como um homem de uma envergadura oceânica, marido amado, pai honrado, irmão querido, possuidor de amigos e prezado por seus colegas juristas, entre os quais sempre foi considerado um verdadeiro gentleman com irretorquível conduta pública e privada.

E aqueles que já tiveram a oportunidade de com ele ter um breve contato podem atestar que são justas as qualidades arroladas, além de inúmeras outras que deixei de aqui apontar, mas de que ele é detentor.

Já para os que ainda não o conhecem, talvez valha a sabedoria de Sêneca, para quem “os fatos devem provar a bondade das palavras”. Eu, privilegiado que fui em conviver, desde menino, com o Desembargador Ricardo Duailibe, tive inúmeras e irrefutáveis provas de suas qualidades em diversas ocasiões, sendo uma, que me marcou indelevelmente, quando com ele fiz o meu primeiro estágio, ainda no segundo período do curso de Direito.

Naquela época, o então advogado Ricardo Duailibe me conduziu para assistir, na qualidade de seu estagiário, à minha primeira audiência de instrução e julgamento. E depois de ter sabatinado a parte contrária, ao final e antes de encerrar as suas indagações, ele se tornou para mim e, sussurrando em meu ouvido, perguntou se eu não teria algo para lhe sugerir.

Aquela, como já dito, foi a minha primeira audiência. Não esqueci aquele fato, igualmente, porque era a primeira vez que eu olhava um Juiz investido dos poderes de uma toga. E o Dr. Ricardo Duailibe deixou claro o grau elevado de sua humildade, pois ele já tinha arrancado a confissão da parte. Já tinha deixado evidente, através das respostas obtidas com as suas perguntas, a falsificação grosseira dos fatos criados pela ex-adversa. E, mesmo assim, ainda abriu espaço para o seu mais novo estagiário.

Ora, para um entusiasmado estudante como eu, aquela atitude não tinha como deixar de ser antológica. Ali, atingi o meu primeiro clímax no Direito.

Hoje, analisando as inúmeras qualidades profissionais que o Desembargador Ricardo Duailibe tem, vejo que nada disso poderia ter sido diferente, já que seu mestre e mentor foi ninguém menos, do que Kleber Moreira, que, como advogado, é definido numa palavra: completo.

Nesse momento, pode ocorrer a alguém um pouco mais racional, que minhas palavras reverberam mais o que vai ao meu coração do que a realidade. Podem outros pensar que, para ser um magistrado, deve-se ser mais do que bom para cumprir rigorosamente com o seu papel.

De fato, a arte de julgar exige diversas qualidades. E o Desembargador Ricardo Duailibe, não há dúvida, reúne todas elas.

Basta ver que, durante as fases que envolveram o processo de investidura e escolha para a vaga do Quinto Constitucional, foi justamente a sua essência, que serviu de fundamento para que ele seguisse à fase seguinte. Pelo menos, foi isso o que eu ouvi nas sessões que antecederam a formação da lista sêxtupla, quando o Desembargador Ricardo recebeu o voto de 31 dos 33 votos possíveis dos seus ex-colegas advogados, e da lista tríplice, quando escolhido de forma unânime por seus, agora, pares no Tribunal de Justiça.

A sua natural nomeação pela Governadora do Estado do Maranhão não poderia ter sido mais acertada, com vênias redobradas aos demais candidatos, todos, indubitavelmente, gabaritados para o exercício de tão relevante função. Mas, minha afirmação não é apenas porque o Desembargador Ricardo Duailibe tem diversos predicados; não é porque ele dispõe das melhores qualificações para exercer o dever de julgar. É, além disso tudo, pelo que dizem os economistas Knut Wicksell e Kenneth Arrow em seus estudos sobre as decisões e escolhas públicas. Segundo eles, quanto mais próxima da unanimidade se der a aprovação de uma decisão política, mais estarão salvaguardadas a justiça e a eficiência das decisões coletivas assumidas em prol da sociedade.

À luz dos ensinamentos desses estudiosos, devo afirmar que a candidatura do Desembargador Duailibe pode até ter surgido, inicialmente, de um puro interesse pessoal, mas, com certeza, depois de seus primeiros passos, ela ganhou contornos de interesse público.

E, no exercício do dever para o qual foi escolhido, estou certo de que as ações dele confirmarão estas palavras e todas as outras que foram ou virão a ser proferidas em sua homenagem, assim como também tenho a convicção de que o orgulho que sinto hoje ao ver o Desembargador Ricardo Tadeu Bugarin Duailibe ascender e exercer o cargo para o qual foi nomeado, será, certamente, muito, mas muito menor do que aquele que todos nós sentiremos quando da conclusão do seu irretocável mister jurisdicional.

 

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Daniela é gay, e aí?

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Merece todo o nosso respeito a coragem de Daniela Mercury de assumir seu relacionamento com a jornalista Malu Verçosa, como o fez em seu perfil no Instagram, nesta quarta, 3.

Ainda mais, em tempos de “Joelmas” e “Felicianos” à solta por aí…

Mas que a atitude da cantora sirva para reforçar o apoio à união gay (pelo visto, a grande pauta da década!), e não para fomentar mais discriminação, mesmo que às avessas.

Maravilha uma artista como Daniela sentir-se à vontade para gritar ao mundo sua felicidade e, ainda por cima, mandar uma mensagem contundente ao público! Mas isso não quer dizer que ela, assim como outros artistas, seja obrigada a expor particularidades em nome de bandeiras.

Portanto, chega de piadas desnecessárias (como tenho visto jorrar nas redes sociais…)!

"Malu agora é minha, esposa, minha família, minha inspiração pra cantar", disse Daniela Mercury, na legenda da publicação acima, em seu perfil no Instagram (Reprodução)
“Malu agora é minha, esposa, minha família, minha inspiração pra cantar”, disse Daniela Mercury, na legenda da publicação acima, em seu perfil no Instagram (Reprodução)
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A mensagem mais linda de Páscoa!

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Ok, todo cristão que é o mínimo cristão sabe que o significado da Páscoa é bem mais que feriado, bacalhau e ovos de chocolate.

Mesmo assim, para muitos, seu verdadeiro sentido fica relegado ao oba oba da data.

Pensando em despertar o sentimento primeiro que a Semana Santa deve nos impelir, o blog traz o vídeo que tem emocionado centenas e mais centenas na rede.

Com o título “A História da Páscoa”, o clipe de pouco mais de 5 minutos narra a saga da morte e ressurreição de Cristo.

E o que o vídeo tem de tão especial? A história é contada pelo prisma da criançada, sob uma atmosfera totalmente idílica.

O material foi produzido pela Voa Flor Filmes a pedido da igreja luterana Comunidade do Redentor, de Curitiba, e já foi visto – até a publicação do post – por mais de 80 mil usuários.

Sinceramente, é a coisa mais fofa e tocante que vi nos últimos tempos!

Aperte o play e prepare-se para deixar as lágrimas rolarem… Ah, e a propósito: Feliz Páscoa a todos os leitores!

[youtube _fOVgqVAwpM]

 

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Momento “Insta” do dia

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É do hotspotter Fernando Bacelar (ou @fbacelar, como está seu perfil no Instagram) que veio a primeira contribuição para a série de posts que, a partir de hoje, traremos sempre por aqui.

A imagem publicada por ele tem tudo a ver com a postura do blog em relação a eleição do deputado Pastor Marco Feliciano (PSC-SP) para presidir a Comissão dos Direitos Humanos da Câmara Federal.

Ainda obre o assunto, nada mais apropriado do que o artigo assinado pelo também deputado Jean Willys – de quem sou grande admirador! – para a Folha (leia aqui).

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Com a palavra Bruno Duailibe!

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Nosso cronista convidado volta com mais um de seus textos, mas, desta vez, falando de um tema diferente do habitual.

Bruno Duailibe deixa as discussões sobre ética, política e outras questões comportamentais para falar sobre fé. Na verdade, faz um relato de extrema sensibilidade sobre sua experiência com a igreja Cantinho do Céu e seu líder, o pe. Cláudio Souza Fernandes.

Sem mais delongas, vamos à crônica…

Pe. Cláudio Fernandes, da Igreja Cantinho do Céu (Foto: Gabi Ferraz)
Pe. Cláudio Fernandes, da Igreja Cantinho do Céu (Foto: Gabi Ferraz)

Cantinho do Céu

Há homens que são como as velas; sacrificam-se, queimando-se para dar luz aos outros” (Padre Antônio Vieira)

Eu não banalizo o verbo impressionar. Poucas pessoas nessa casa da humanidade me impressionam. Aliás, normalmente quem nos impressiona são as pessoas inatingíveis. Aquelas que são inacessíveis, aquelas que costumamos ver mais pela televisão. O Padre Cláudio Souza Fernandes é uma pessoa a respeito de quem posso dizer, com sinceridade, que me impressiona toda vez que mantenho contato direto ou indireto com ele.

Aos 39 anos de idade é dehoniano, psicólogo, senhorio do dom de espalhar o bem e de semear a fé. Diante dessa breve descrição, alguém poderia pensar que ele apenas cumpre com a sua função de sacerdote. Decerto não estaria de todo equivocado quem assim pensasse, se não fosse considerado o modo como ele desempenha sua missão.

Quando ele prega a palavra de Nosso Senhor não ouvimos somente um discurso que detém nossa atenção durante os breves momentos em que dura a sua homilia. Padre Cláudio anuncia o evangelho de tal modo que ficamos envolvidos por uma paz de espírito que perdura e que nos deixa sedentos dos ensinamentos de Deus.

Para se ter ideia dos efeitos que suas palavras podem alcançar, lembro-me que na missa do dia 26.12.12, ele comparou o Natal a uma luz que encadeia toda a humanidade. E, nessa oportunidade, ao citar a canção do Padre Zezinho, intitulada “Estou pensando em Deus”, confesso que senti – ainda que exclusivamente naquele momento, já que não tenho vocação, aptidão e as virtudes necessárias para tanto – a vontade de ser padre.

No entanto, a vontade que eu tive, enquanto escutava as suas palavras, foi a de ser um padre igual a ele. Só valeria se fosse assim. Só me alegraria se eu conseguisse tocar na mesma profundidade a alma de meus fiéis.

Essa é a razão porque acho que Padre Cláudio pode inspirar transformação. Não tão radical como essa que desejei momentaneamente, mas sempre instigando a nos tornarmos homens e mulheres melhores. De minha parte, posso dizer que depois de suas celebrações, esqueço todas as preocupações que me inquietavam e parto em direção ao meu lar abastecido tanto de paz quanto de fé.

Numa época em que o ceticismo paira no ar e em que dedicamos tão pouco tempo àquilo que nos remete ao Sagrado, não se pode dizer que Pe. Cláudio seja meramente um evangelizador. Suas palavras, suas ações e as suas inúmeras qualidades enquanto homem de fé oferecem estímulo e exemplo para que nos entreguemos a Deus em todas as horas de nossas vidas.

Pensei muito tempo sobre esse estímulo que ele consegue incandescer em nosso espírito. E qual não é a minha surpresa ao constatar que Pe. Cláudio derrama em nosso ânimo exatamente o que Pe. João Mohana me disse numa ocasião – descrita no artigo intitulado “Em busca da fé” – a respeito do que era necessário para aumentar a nossa fé em Deus: sempre carregá-Lo em nosso coração e em nossa mente.

E, por isso, não tenho dúvidas de que, quando Pe. Cláudio fala, exprime-se claro, por intermédio do Divino Espírito Santo, mas a voz que sai da sua boca vem diretamente do seu coração. E quem fala com o coração, diz-nos William Walker Atkinson, desperta no coração de quem ouve a sensação de estar desvendando um tesouro muito precioso.

Essa conclusão não é somente lógica, como óbvia. O coração, segundo a tradição judaica, é a fonte de onde emana o nosso vigor físico, as nossas energias emocionais,  intelectuais e morais. É no coração que encontramos a porta de entrada para o reino dos céus. É onde Cristo está em nós.

Além de todas essas qualidades, Pe. Cláudio goza dos demais predicados que distinguiram grandes pregadores nascidos ou acolhidos no Maranhão (v.g., Padre João Mohana, Cônego Ribamar Carvalho, Dom Felipe Conduru Pacheco, Dom Luís de Brito, Padre Antonio Vieira e tantos outros): foge com habilidade das garras da mesmice e de modo simples demonstra pleno conhecimento teológico e filosófico do tema que aborda.

Seguindo com coerência a convicção de que devemos edificar as obras de Deus nesse mundo, esse homem a quem homenageio é o líder na realização de diversas ações sociais no Cantinho do Céu, que dia a dia e graças ao seu empenho e de todos os seus colaboradores cresce e irradia bem-aventurança para a população ludovicense.

Tantas virtudes – aqui ditas e outras que sequer conheço – levam-me a crer que não foi à toa que Padre Cláudio foi escolhido por Jesus para ser “pescador de homens”. Nós podemos nos considerar abençoados e privilegiados por sermos dele contemporâneos e alumiarmos nossas vidas com a luz de Deus que ele emana. Isso me faz pensar que esse pedacinho da cidade no qual está o templo dedicado a Nossa Senhora de Lourdes é verdadeiramente um Cantinho do Céu onde podemos nos aproximar do Divino se assim nos aprouver.

Mas se você acha que os elogios distribuídos ao Pe. Cláudio Souza Fernandes são excessivos, é porque, certamente, você não conhece a pessoa de quem estou a falar.Vá, pois, ao Cantinho do Céu e tire as suas próprias conclusões!

 

Bruno Duailibe

Advogado. Graduado pela Universidade Federal do Maranhão. Pós-Graduado em Direito Processual Civil no ICAT-UNIDF/ [email protected]

PUBLICADO NO JORNAL ESTADO DO MARANHÃO DO DIA 27.01.13

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A Londres de Ericka Braga

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Hot Spot andava com saudade da deejay e agitadora cultual Ericka Braga, que, como muitos sabem, trocou São Luís por Londres, na Inglaterra, no ano passado.

Como pretexto para trazê-la de volta aos nossos posts, pedimos à hotspotter que dividisse com nossos leitores um pouco da sua Londres.

Sim, porque, não bastasse a rotina de uma moradora já ser, naturalmente, bem diferente da de uma turista, Ericka, com certeza, tem esmiuçado a metrópole inglesa pelo prisma pesoal e intransferível de seu fino faro para mundanidades.

Portanto, vamos agora à suas impressoões sobre a Terra da Rainha!

Londres captada pela lene do smartphone de Ericka.
Londres captada pela lene do smartphone de Ericka.

A pedido de Hot Spot, vamos falar de Londres vista sob uma linha “nada convencional”. . . E o que seria o nada convencional? Bem, no meu ponto de vista, citaria as noites em EastEnd – Hoxton Square, Shoreditch, Brick Lane; as feiras ao ar livre de Liverpool Street, Sptitalfields, Borough Market (southwark) & Nothing Hill; um passeio a Southbank; o famoso e descolado bairro que atende pelo nome Canden Town; as belas ruas de Belsize Park & Hampstead, considerados bairros nobre, onde os artistas e árvores centenárias fazem parte do mesmo contexto.

E só pra não fugir muito do convencional, citaria alguns pontos que não se pode deixar de ir como famoso Big Ben, o Palácio de Buckingham, o Hyde Park, Picadilly Circus, Covent Garden, Oxford Circus, Soho, Tower Bridge. . .

Noite

Toda esquina tem um Pub, daqueles bem tradicionais, que exalam um cheiro característico e inconfundível como uma espécie de cerveja derramada nos carpetes antigos, com seus pistachios ou nuts servidos como tradição da casa. Mas vale lembrar: às 23h30 eles tocam o primeiro sino em alerta de que, em meia hora, o bar fecha e não mais é permitida a venda de bebida alcoólica. Depois de meia noite, são poucas opções, pois London dorme cedo! Minha sugestão é que você tome o caminho easten. Hoxton tem uma pracinha cheia de Pubs transados; ali eles atendem ate mais tarde, você pode começar a noite e depois facilmente se jogar dentro de alguns clubs in Schoreditch ou Brick Lane.

Street Market

Outra coisa que adoro fazer: “curiar” (rs) as feiras ao ar livre, fazer o caminho Southwark a caminho de Borough Market, curtindo o charme das casas de Nothing Hill, a descolada Spitalfields – próxima a Liverpool Street. Algumas funcionam todos os dias; outras, somente nos finais de semana, onde eles armam toda uma estrutura e vendem de tudo, desde antiguidades às especiarias de comida do mundo inteiro. Afinal, diversidade cultural é algo que a cidade respira! Em South Bank Centre, ali às margens do Rio Tamisa, também eles montam uma feirinha legal. Lá se encontra arte, teatro, o Tate Modern, a London Eye, a vista maravilhosa de Westminster, onde se vê o Big Ben!! http://www.southbankcentre.co.uk/

Canden Town – Belsize Park – Hampstead

Agora, um dos meus passeios preferidos: Candem Town. Ah, que lugar fantástico! Se imagine entrando num labirinto cheio de coisas interessante e passagens secretas, pessoas vendendo de tudo, muita gente bacana e diferente, música por todos os lados. . . Super vale a pena passar uma tarde em Candem Market!!

Belsize Park fica entre as estações de Hampstead e Candem Town, completamente distintas uma da outra, dando a Belsize uma personalidade própria. Podemos descrever Belsize como o meio do caminho, da loucura de Candem, com a serenidade e o silencio de Hampstead, ambos diferentes, mas cada qual com suas peculiaridades, que acabam por tornar Belsize um lugar especial! Suas arvores centenárias, seus casarões imponentes. . . Muito legal fazer a caminhada “Belsize Walk” ate Candem Town, cruzando o alto de Primorose Hill, onde temos uma vista panorâmica de Londres, descendo os canais e, em 10minutos, chegando ao burburinho de Candem com sua feira ao ar livre que agrega uma comunidade única.

Por fim, cito Hampstead. É uma área nobre que recebe turistas em busca de conhecer suas ruelas, ali onde habita o maior parque nativo de Londres. Uma enorme área verde preservada com vegetação primitiva da região e onde podemos ver Londres por cima, onde vemos artistas nas ruas e escolas de arte, casas de músicos e escritores famosos, arvores centenárias, etc.

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Com a palavra, Bruno Duailibe!

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"O Filho ´Pródigo", tela do pintor francês James Tissot, inspirada na parábola bíblica, é a ilustração escolhida para acompanhar o texto de Bruno Duailibe.
“O Filho ´Pródigo”, tela do pintor francês James Tissot, inspirada na parábola bíblica, é a ilustração escolhida para acompanhar o texto de Bruno Duailibe.

Assepsia da alma

De acordo com uma compreensão contemporânea e laica, o perdão pressupõe uma transformação moral tanto do agressor quanto do agredido. Assim, de um lado, deve haver um arrependimento sincero, e, de outro, deve existir a disposição de apagar os ressentimentos (vide reportagem O poder do perdão, In Revista Veja, edição 2175, de 28.07.2010, pp. 128-134).

Essa noção, segundo os estudos de David Konstan, foi concebida no Iluminismo com fundamento nas modificações que Immanuel Kant provocou no pensamento ético até então vigente, ao sustentar a autonomia moral do homem em relação a Deus. A partir de então se disseminou a noção de que o perdão outorgado pelo agredido adviria de uma avaliação sobre a mudança interior do agressor.

Antes disso, no Ocidente, o perdão era concedido por intermediação divina. E se buscarmos elementos anteriores à expansão do Cristianismo, na Grécia Antiga, por exemplo, perceberemos que os erros humanos eram atribuídos às vontades dos deuses. Desses erros emanavam receios de uma reprimenda, mas não remorsos ou arrependimentos.

Acho que esse entendimento contemporâneo sobre o perdão está parcialmente correto. Explico. Decorre da minha vontade de perdoar. No entanto, para mim, o perdão nunca veio antecedido por pressupostos morais, nem é posterior a qualquer mudança de comportamento, assunção de responsabilidades, repúdio ao erro ou expressão de arrependimento pela dor causada. O arrependimento pode servir somente como um bálsamo para a dor infligida, jamais como uma condição.

Então, você poderia dizer:

– Perdoo, mas não esqueço.

Posso não ter a melhor exegese da questão, mas perdoar não implica em esquecer o que originou a mágoa. Na minha opinião, é não sentir mais qualquer mágoa ou raiva quando, porventura, você olhar para trás e se lembrar do fato.

Por exigir humildade, é inegável que o perdão não se concilia com orgulho. E você não precisa demonstrar o gesto de benevolência de que foi capaz. Ademais, tenha esquecido ou não, a verdade é que, se deixou os ressentimentos de lado, você provavelmente não “jogará na cara” de seu ofensor a mácula, nem se sentirá uma vítima das circunstâncias. Estará livre para se reconciliar ou para simplesmente seguir em frente. Sim, o perdão é indispensável para todo tipo de progresso!

Não é difícil compreender o modo como o perdão pode influenciar as nossas relações sociais e familiares. No prefácio do livro do psicólogo norte-americano Robert Enright (Exploring Forgiveness), o bispo africano Desmond Tutu defende que o perdão é importante para a existência humana. E isso também é de fácil assimilação, se lembrarmos que, no passado – e até mesmo no presente –, as civilizações já guerrearam e continuam ferindo umas as outras.

Menos claro, porém, é perceber como ele pode beneficiar nossa saúde mental e física. A plausibilidade desses benefícios fica evidente se você compreender que o perdão não favorece o perdoado em primeiro plano, mas, antes, você que perdoa.

Afinal, quando você se sente amargurado, ferido, traído, frustrado, decepcionado, você acaba por intoxicar a sua alma de negativas emoções e vibrações que podem ser sentidas também pelo seu corpo. E para quem acha que é balela, há investigações científicas que comprovam o efeito do perdão sobre o bem-estar emocional e físico daquele que o concede.

Das pesquisas que encontrei, a que mais me chamou a atenção foi o estudo capitaneado por Fred Luskin com a colaboração do psicólogo Carl Thoreses. Nele, esses cientistas comprovaram que um grupo que passou por oito semanas de aulas com técnicas de perdão, além de ter desfrutado do bem-estar emocional de perdoar, registrou uma diminuição da pressão sanguínea.

A alegação de que Luskin faz uso para explicar os efeitos do perdão sobre a saúde lança verdadeiras luzes sobre o desgaste energético que o rancor, a raiva e o ressentimento causam sobre o nosso corpo. Segundo ele, quando nos envolvemos sobremodo com esses sentimentos negativos, nosso corpo acaba por queimar energias que poderiam ser utilizadas em ocasiões em que elas seriam mais úteis e necessárias. Assim sendo, quem você acha que realmente se beneficia quando perdoa?

Demais disso, todos nós já erramos e, certamente, já fomos perdoados algumas vezes, senão sempre. Não há quem não tenha, mesmo que inconscientemente, frustrado os projetos de alguém, metido os pés pelas mãos, falado o que não devia, ou feito julgamentos equivocados. Erros assim são naturais ao homem, são inerentes à sua própria falibilidade.

E se todos nós somos suscetíveis ao erro, e erramos mesmo, por que não perdoar, então, quem falhou conosco?

O perdão exige que deixemos de lado a nossa limitação material, que nós deixemos de agir de modo estritamente racional. É preciso que “pensemos” e “falemos” com a alma, que é, sem dúvida, o elemento que pode nos ligar a algo divino, a algo superior.

E se perdoar é aproximar a nossa alma a um ser elevado, com certeza é uma forma de extirpar dela as impurezas incrustadas pelo rancor, pela mágoa, pelo ressentimento…

Assim, nessa mudança de ano que se avizinha, se você desejou e prometeu fazer de 2013 um ano diferente, que tal começar isso de dentro para fora? Como? Realizando uma verdadeira assepsia na sua alma através do perdão.

Bruno Duailibe Advogado. Graduado pela Universidade Federal do Maranhão. Pós-Graduado em Direito Processual Civil no ICAT-UNIDF / [email protected]

PUBLICADO NO JORNAL ESTADO DO MARANHÃO DO DIA 30.12.12

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Com a palavra Bruno Duailibe!

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Do equilíbrio

A cena mostrava-se hilariante. O engenheiro vagando, aos tropeços, circulando entre as mesas do bar como se buscasse algo, mas, na verdade, ele estava bastante alcoolizado e tentava se aproximar da mesa do nosso amigo poeta, desenvolvendo um caminho tortuoso, totalmente desnecessário sob o ponto de vista de uma pessoa sóbria.

Eu, propositadamente, atrasei os passos, para acompanhar a cena de perto, com a premonição de que ele iria precisar de ajuda. Não deu outra. Desequilibrou-se para o lado em que eu estava e, se eu não o apoiasse, teria se estatelado no chão. Acomodei-o numa cadeira e ele balbuciando externou:

– A acho que é a mi mi minha la la la labirintite.

O poeta, que acompanhava a cena desde o começo, glosou:

– É, parecias estar no labirinto do Minotauro, da forma como te deslocavas neste pequeno ambiente.

O engenheiro, como que despertasse, imediatamente retrucou:

– Se este ambiente é um labirinto, quem seria o Minotauro?

Senti que o clima iria esquentar. Mas, para minha surpresa, o poeta manteve-se calado, numa postura equilibrada. O engenheiro alfinetou novamente:

– Poeta, parece que viveste na Grécia Antiga, pois toda vez que queres falar alguma coisa sempre te voltas para personagens gregos. O poeta, pensativo, provavelmente ainda digerindo a provocação sobre o Minotauro, aludiu:

– Meu estimado homem do concreto, mesmo passados dois mil anos, vivemos sob a égide das ideias de Platão e Aristóteles. Quase todo o conhecimento posterior a eles está assentado nas suas ideias de como o homem deveria viver. Platão sempre olhando para cima, no mundo das ideias, e Aristóteles, mais pragmático, olhando para o mundo real. Aliás, Aristóteles nos dá uma boa contribuição sobre o princípio do equilíbrio que, pelo visto, o colega hoje desconsiderou ao ingerir uma carraspana, que gerou essa “labirintite” de dá dó.

Para evitar um desentendimento desnecessário, imediatamente intercedi:

– Poeta, o equilíbrio é, por certo, um dos princípios mais apregoados nos dias de hoje, principalmente quando se fala de gestão pública. Eu, por exemplo, tenho um amigo prefeito de um município do interior, que sempre que alguém lhe pede algo logo responde e repete: “Tenho que manter o equilíbrio fiscal, tenho que manter o equilíbrio fiscal”. Vocês não estão vendo o que está acontecendo com a Grécia, Espanha e Portugal? Não mantiveram o equilíbrio fiscal…

O engenheiro, como se despertasse de um novo sono profundo, se levantou e afirmou:

– Eu consigo manter o equilíbrio. Vou fazer um quatro!

Nessa hora, se eu não o tivesse segurado, com certeza teria era caído de quatro no chão. Movido por mais essa cena cômica, o poeta não se conteve:

– Meu caro amigo das leis, o ser humano precisa compreender que o equilíbrio é de fundamental importância para o bem viver. Somos seres duais. Todas as vezes que uma das partes se sobrepõe de uma maneira muito intensa sobre a outra, ficamos desequilibrados e podemos desmoronar…

O engenheiro, porém, insistia em participar da conversa e logo interrompeu o discurso filosófico do poeta:

– É verdade, se não houver equilíbrio entre a quantidade de água, areia, cimento e brita, um prédio pode até desabar. Aliás, decisão sem equilíbrio, seja ela qual for, é sinônimo de decisão equivocada!

O poeta, como se não tivesse ouvindo a participação do engenheiro, continuou:

– Somos disputados por duas poderosas forças internas: Eros e Tanathos. Temos que mantê-las sob controle, como um cabo de guerra, em que não pode haver vencedor. Razão e emoção também devem encontrar o equilíbrio. Embora utilizando a nossa habilidade de racionalizar, não podemos desprezar o sentir. Um ser totalmente racional ou completamente emocional não contempla a beleza que existe na natureza onde tudo tende ao equilíbrio. O mesmo vale para a arte. Aliás, nesse campo é o equilíbrio da forma, é o equilíbrio das cores, é o equilíbrio dos sons que nos permitem apreciar a estética da beleza e do belo.

Mais uma vez, o engenheiro se levantou e, com o dedo indicador em riste na minha direção, inquiriu:

– A questão do equilíbrio é tão importante, meu nobre causídico, que o símbolo da Justiça é uma mulher de olhos vendados, carregando numa mão uma espada e na outra uma balança que expressa o equilíbrio. Não é isso?

– Sim, sim. É a representação da deusa Têmis, a deusa grega dos juramentos e da Justiça, a protetora dos oprimidos – complementei.

Como se refletisse por uns instantes, o engenheiro, agora num tom mais sério, se dirigiu ao poeta e propôs:

– Meu amigo poeta, com o causídico de testemunha, convido-o para visitar a Grécia, com todas as despesas por mim custeadas. Não posso morrer sem ver de perto o local onde viveram esses homens que tanto nos influenciam.

O poeta, como se duvidasse, me olhou de soslaio e indagou:

– Será que amanhã, quando ele recuperar o equilíbrio, ainda manterá esta proposta de pé?

Bruno Duailibe

Advogado. Graduado pela Universidade Federal do Maranhão. Pós-Graduado em Direito Processual Civil no ICAT-UNIDF/ [email protected]

 

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Vesti camisa de força para Marisa

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Viagens são sempre uma experiência reveladora – de nós próprios, sobretudo!

E da minha mais recente – ah, passei o último feriado da Proclamação da República em Brasília. Destino sugestivo, não?! -, trouxe na bagagem, além dos (re)encontros e momentos sempre prazerosos, uma triste constatação.

Não sou civilizado! Isso mesmo! Ou melhor (ou seria pior?!): não estou acostumado à plateia civilizada! Bom, deixem que eu tente explicar…

No sábado, 17, fui ao show da Marisa Monte no Centro de Ulysses Guimarães, onde ela se apresentava com a nova turnê “Verdade Uma Ilusão”. Pra começo: gente, vocês não estão entendendo o quanto desejei este momento a vida inteira!

Como já era de se esperar, a bilheteria do show havia esgotado três meses antes. Talvez eu tenha conseguido, há poucas horas da apresentação, o último ingresso disponível – com um cambista, é claro. Afinal, como disse, não sou civilizado!

Só não observei um pequeno detalhe: os lugares na plateia eram marcados. O que, por sua vez, tornou o acesso o mais tranquilo possível. Até aí, nada demais. Aliás, uma maravilha, não?! Não para quem planejava se prostrar no “gargarejo”.

Mas o negócio começou a pegar mesmo quando o show começou. Antes, devo contextualizar que, além da emoção de estar, pela primeira vez, diante de Marisa, eu ainda fui turbinado com algumas long necks no juízo. Pois é! O indivíduo aqui mais parecia que estava indo para uma micareta, quando… bem, quando me deparei com a plateia mais comportada que já vi na vida.

Ainda cogitei que, ao começar o show, a situação mudaria. Coitado! Estava diante daquela cantora que tanto sonhei ouvir ao vivo, entoando aqueles clássicos que, por vezes e mais vezes, esgoelei-me acompanhando, mas o máximo de emoção que pude exprimir foi com aplausos, seguidos de um comedido “uhuu”, e nada mais!

Detalhe: imóvel em minha poltrona com visão lá não muito favorecida, embora no tal setor “VIP”, sob olhares repreenderores a qualquer sinal de movimentos suspeitos.

Eu não era louco de quebrar aquela harmonia sepulcral da audiência.

Ainda bem que Marisa é tão divina, e seu show tão especial, que aquela vibe “Lexotan” se tornou o de menos. E, mesmo coagido, meninos, aquelas duas horas foram de arrepio e sensação!

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Com a palavra… Bruno Dualibe

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Cena cada vez mais prosaica no trânsito do São Luís. (Foto: Biaman Prado / Jornal O Estado do Maranhão)

Semáforos inteligentes

Na sexta-feira que antecedeu o segundo turno das eleições municipais, preferi assistir, pela internet, ao debate dos candidatos de Salvador, mediado pelo repórter Alexandre Garcia. E não me arrependi: a forma como as propostas foram expostas pelos adversários denotava com clareza ofuscante que ali a disputa dar-se-ia menos por picuinhas e muito mais por ideias capazes de melhorar a cidade.

Dentre aquelas que foram citadas pelos candidatos, chamou a minha atenção, imediatamente, a proposta de implantação dos semáforos inteligentes, mencionada pelo prefeito eleito ACM Neto, como uma das ações emergenciais para os problemas do trânsito da capital baiana.

Resumidamente, o então candidato explicou que esses semáforos seriam interligados por uma central de controle e ajustados em tempo real por um engenheiro de trânsito, de acordo com o tráfego da via. Segundo afirmou nessa oportunidade e em outras entrevistas concedidas, isso daria um ganho de 30% (trinta por cento) na velocidade média de deslocamento dos veículos.

Estudando o assunto, pude ver que os semáforos inteligentes dependem da utilização de tecnologia da informação e de sensores que tornam possível calcular o tempo em que o sinal permanecerá aberto. Desse modo, conforme o fluxo seja maior ou menor em dado horário, tanto a espera nos cruzamentos como as longas filas de carros podem ser reduzidas.

Senti-me conquistado pela lógica dessa tecnologia. De fato, é totalmente desnecessário interromper o trânsito de uma avenida principal, se a rua secundária que a corta na perpendicular não tem qualquer veículo.

Desde então, não consegui me desvencilhar do pensamento fixo de que essa tecnologia poderia ser perfeitamente implantada em São Luís, porquanto ela já faz parte da realidade de cidades latino-americanas como Santiago, Panamá, San José, tendo no Brasil exemplos como os de Fortaleza, Campinas, São José dos Campos e São Paulo.

Os semáforos inteligentes, assim como outras ações que buscam as tecnologias de informação e o geoprocessamento, vão de encontro às respostas que são normalmente priorizadas nesse tipo de problema: as grandes obras na infraestrutura.

Não quero dizer com isso que a construção de pontes, avenidas, viadutos e de faixas exclusivas para ônibus, por exemplo, deva ser relegada; apenas não pode ser tida como única solução. Na verdade, julgo que essa questão deva ser equacionada com ações que demandem menos tempo e recursos – estes últimos sempre escassos, especialmente nas municipalidades.

E claro: soluções mais simples e sustentáveis devem estar na dianteira das atuais gestões públicas, não apenas porque essa dinâmica dá um tom de arrojo, mas principalmente porque os problemas que afligem o cotidiano das cidades merecem soluções eficientes, eficazes e imediatas.

De mais a mais, a crise da mobilidade urbana assim como a maioria dos problemas sociais não tem uma só causa e tampouco uma única solução. Como suas origens são múltiplas e complexas, exigem, por certo, ações coordenadas e complementares que envolvem, por exemplo, o plano diretor da cidade, o transporte público e a educação no trânsito.

É inegável que em São Luís, de uns anos para cá, já não há alguém que não tenha perdido a paciência diante do trânsito a ser enfrentado. A propósito, sei de muita gente que, para não perder um compromisso assumido, inicia o seu deslocamento com horas de antecedência e também sei de outras inúmeras pessoas que permanecem mais tempo no trabalho, comprometendo a sua qualidade de vida, apenas para evitar o trânsito na hora de retornar a suas casas.

É por isso que nos tempos atuais todos devem concordar que medidas que visem a proporcionar maior fluidez no tráfego não são somente necessárias, como também são urgentes.

E então eu aproveitei para passar uma vista no programa de governo do nosso prefeito eleito, Edivaldo Holanda Júnior, e não encontrei medidas concretas que priorizassem as questões de melhor organização e fluidez do tráfego nas ruas e avenidas ludovicenses. Há medidas que, aparentemente, focam os transportes públicos e que implicam um ajuste de médio e longo prazo. Em curto prazo, nenhuma.

Assim, eu nem pestanejo ao afirmar que os semáforos inteligentes poderiam ser implementados nas mesmas condições em que serão instalados em Salvador: como medida emergencial de organização do trânsito. Desta forma, despenderemos menos tempo em engarrafamentos e mais tempo em qualquer outra coisa útil.

Como se tornou usual dizer nas redes sociais: fica a dica, Prefeito eleito!

 

Bruno Duailibe

Advogado. Graduado pela Universidade Federal do Maranhão. Pós-Graduado em Direito Processual Civil no ICAT-UNIDF / [email protected]

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