A noite de dessa quinta-feira me fez constatar que não tenho aquele, digamos, “tino” para ser blogueiro – pelo menos não nos moldes da maioria. É bem provável que eu tenha sido o primeiro da imprensa maranhense a saber do falecimento do deputado Luciano Moreira. Estava no meio de um compromisso social, por volta das 9 e pouco, quando uma amiga recebeu a ligação que nos caiu como bomba. Eu, de celular não mão, poderia muito bem ter corrido para postar algo a respeito aqui no blog. Ou até mesmo adiantar alguma coisa em uma das minhas páginas nas redes sociais. Mas não!
Pelo contrário! Naquele instante, sequer me passou pela cabeça estar com um furo que despertaria o interesse do Maranhão inteiro. O que me veio de imediato foi a lembrança daquela família que, antes de genros e neto, era composta apenas por mulheres e Ele. Mulheres essas que passaram a vida inteira tendo no deputado – que conheci secretário – um exemplo; um orgulho; um ídolo! Sempre me chamou atenção a união familiar deles! Era bonito ver o pai reinando em meio ao seu harém. E como elas lhe tinham uma devoção tocante! Lembro de ter ficado admirado com o quanto d. Clara e as filhas Lara, Ticiana, Lia e Rafaela se envolveram em sua campanha eleitoral. A esposa, um detalhe à parte, personificou da máxima que diz: “ao lado de um grande homem sempre há uma grande mulher!”. Era sua fiel escudeira e maior entusiasta! Há pouco tempo, durante um encontro onde conversamos muito sobre dr. Luciano, ela me revelou o quanto o marido estava feliz com o novo ofício e cheio de projetos. Sonhos que foram interrompidos tragicamente na volta para casa, após cumprir, ironicamente, um compromisso do cargo que tanto o estava dando vida!
Como eu poderia pensar em furo de reportagem? Não mesmo. (Mas que fique bem claro que não estou julgando meus colegas de profissão. Ao correr atrás da notícia, eles estão apenas exercendo seus papéis).
Bom… Minha reação não deve ter sido diferente da maioria dos maranhenses: fiquei atônito com tudo isso! Para muitos, o estado perdeu uma de suas maiores figuras públicas. Mas para mim, mais que isso, uma célula familiar das mais inquebrantáveis ficou sem seu principal esteio. E agora? O fato é que ninguém está preparado para lidar com a morte. Resta acreditar que os desígnios divino nos reserva mais explicações do que supõe a vã filosofia…Como singela homenagem, Hot Spot traz no post de despedida do deputado Luciano Moreira seu registro favorito: entre seu harém, Rafaela, Lia, Clara, Ticiana e Lara.
Oton,
Cada dia você se torna melhor no que faz meu amigo. Parabéns, pela postura diante da notícia e agora por postar uma foto da família toda, mostrando exatamente como eles eram felizes. É assim que tem que ser…. vamos lembrar dele como a pessoa maravilhosa que ele era, admirado e amado por sua família e amigos.
Abs
Jacira
Um homem muito competente. Conheci de perto sua capacidade de trabalho e energia. Mas, como você mesmo pontuou Oton, são os desígnios divinos. Ele se foi porque assim quis Deus, porque era chegada a sua hora. E, aliás, essas são as únicas certezas da vida. Que todos somos mortais, que todos temos a nossa hora e que, um dia, todos iremos para outro plano, seja lá de qual forma seja. Em ocasiões como essas é que enxergamos o quanto é importante sermos humildes, humanos, solidários uns com os outros. Pois as virtudes que plantamos e difundimos são os únicos “bens” que desta vida levamos.
À toda a família força, coragem e fé neste momento tão difícil. Por mais que isso pareça absurdo, tenham uma certeza: Dr. Luciano não partiu. Pois quem está perto de Deus jamais estará longe de nós…
Traduziste o que todos que os conheciam percebiam ao primeiro contato: a cumplicidade, o amor, o sentimento de colidariedade familiar como pouco se vê nos dias de hoje. Uma união comovente, entre o casal, entre as filhas, e de uns com os outros. Ouvi ainda a pouco D. Clara dizer do companheiro de 31 anos de plena felicidade, do homem íntegro, trabalhador, que trabalhava tanto e com tanta urgência que parecia que sabia que teria pouco tempo (palavras suas)… Lamento por todas elas, pela amiga querida Rafaela que muitas vezes revelou a intensiade do amor e devoção pelo pai e do temor em perdê-lo. Estou verdadeiramente de luto, como bem disseste, pela dor da perda, antes de tudo, de um exemplar pai de família! Parabéns pelo enfoque tão acertado!
Linda sua homenagem Otix.Parabéns pela nobreza das palavras de carinho para essa família tão bonita.
Oton,
De todos os textos que li hj a respeito do Dep. Luciano Moreira o seu foi de emocionar. Foi uma perda grande que o Ma teve, mas ele cumpriu sua missão e muito bem. Que Deus conforte sua linda família nesse momento…como já dizia Nando Reis “que a vida é mesmo coisa muito frágil…” e de vez em qdo somos pegos desprevenidos com notícias como essa.
Parabéns pelo blog, abraços Lois
Meus parabens!! Sua postura diante da noticia foi perfeita, digna, e, nestas poucas palavras acima, voce resumiu o sentimento de todos!!
Primo, fiquei muito emocionada com a notícia! Desejo, de coração, que Deus o tenha e abençõe sua famíla, que aliás, é linda!!! Parabéns pela matéria e por sua sensibilidade! Da sua eterna admiradora, Annamélia!
Oton, lá no comecinho do curso de jornalismo a gente aprende que valor notícia, ou critério de noticiabilidade, precisa ter identificação, atualidade, proximidade, relevância e de interesse geral.
O interesse geral, na minha humilde opinião, é o que define todos os outros. Claro que um fato como esse, o falecimento de um homem público, não é desprovido de interesse geral. Portanto, deve, sim, ser notícia. Fosse um cidadão comum, a morte afetaria apenas seus pares (ah, John Done não concorda comigo!…), mas, nesse caso, interessa a seus milhares de eleitores, a seus companheiros e adversários da vida política… O que eu, particularmente, não consigo compreender é como o “furo”, esse tão surrado conceito que está sendo todos os dias desmoralizado pelas novas mídias, pode ser mais importante do que a dor da família e o respeito aos enlutados. Todos saberiam, era uma questão de horas. Por que dar a notícia antes mesmo dos familiares saberem dos fatos? Para poder dizer “fui o primeiro”? Isso, pra mim, não faz qualquer sentido. Fosse eu a detentora da informação antes da família, faria o mesmo que você: deixaria a minha perplexidade ser digerida, a família ser avisada, e às favas com o furo.