Um dos destaques da coluna Oton Lima do último fim de semana:

“Com a estreia da nova temporada do (excepcional!) ‘Amor & Sexo’, é caminho natural o retorno de Pabllo Vittar aos holofotes. A drag queen maranhense, aliás, só perde para a apresentadora Fernanda Lima na repercussão em torno da atração global que volta a ser transmitida pela TV Mirante nas noites de quinta.
Ainda mais agora, que, junto do programa, onde assumira os vocais da banda desde a temporada passada, Vittar anda às voltas com o lançamento do primeiro álbum, ‘Vai Passar Mal’.
O disco vem na esteira do sucesso estrondoso de ‘Open Bar’ (cujo vídeo, de 2015, teve mais de 1 milhão de visualizações no Youtube em menos de 4 meses). Ao que indica os números, nossa drag é mesmo rainha – pelo menos da Internet.

Com álbum lançado há apenas duas semanas, as faixas já atingiram mais de 3 milhões de visualizações no aplicativo de música Spotify. São 141 mil seguidores no Instagram, 110 mil no Facebook e 25 mil no Twitter — por dia, ela arrebanha pelo menos mil novos fãs (que ajudam a viralizar suas músicas) em cada uma das redes sociais.

Aos 22 anos, com parte da infância e juventude vivida nas cidades de Bacabal e Caxias, Phabullo Rodrigues da Silva, ou melhor, Pabllo Vittar chega ao Pop nacional com musculatura de gente grande. Seu novo trabalho mixado e masterizado em Los Angeles por Gorky e Turbotito (do duo Poolside, que já trabalhou com Ke$ha). E conta com a colaboração de Diplo (produtor de nomes como Madonna e Britney Spears), que deu à cantora a base da música de ‘Então Vai’, uma das promessas de Vai Passar Mal. O mesmo Diplo autor de ‘Lean On’, cuja versão Open Bar alçou a drag maranhense ao estrelato. Foi o produtor, inclusive, quem divulgou a versão em seu perfil no Twitter. E não economiza nas palavras à cantora: ‘Adoro a vibe e a atitude da Pabllo Vittar. Ela é muito cheia de estilo e, ao mesmo tempo, muito punk rock'”.

Lino Diaz, indiscutivelmente, tem a inquietude nata dos artistas circulando em suas veias.

Há cerca de uma década, o maranhense se mudou para São Paulo, onde se jogou com tudo nas artes cênicas, com formação na SP Escola de Teatro, tendo atuado em uma série de espetáculos teatrais e peças publicitárias. Nesse ínterim, deu rasante na Califórnia para curso na Los Angeles Film School; na volta ao Brasil São Luís? Nem pensar!, se instalou de vez no Rio, onde se encontrou. Ou teria se perdido?

Bom, deixa eu explicar direito: pelo menos artisticamente falando, “Lino Diaz” não existe mais. O rapaz resolveu barbarizar de vez, dando vida ao alter ego “MC Musttache“. Que o próprio define como “um renascimento”, agora como funkeiro.

A repaginada, inclusive, vem com canal o Youtube e perfis novos nas redes sociais. Tudo para promover o single “Liga Pra Mim“, uma versão cover do hit “Hotline Bling” do famoso rapper Drake. Trabalho que a cena carioca, tinha que ser, vem recebendo com receptividade. Mas não pense que a investida é um abandono total ao universo dos atores. Lino, ops!. Mc Musttache está recebendo as bençãos de nomes incensados entre a nova safra dramatúrgica carioca.

O maranhense foi alçado ao posto de “muso” do bloco de rua “Sereias da Guanabara“, composto pela turma artsy carioca. No próximo dia 2, o projeto abre a temporada carnavalesca do Teatro Rival.

Pelo visto, a versão “Musttache” do nosso artista já se inicia bem!