Há pouco mais de um mês, em visita ao Rio, fui surpreendido com alguns exemplares de uma bebida exposta no Braseiro da Gávea, cujo nome me parecia muito familiar: Tiquira Guajaa.

Na época, cheguei a perguntar ao garçom a seu respeito. Ele, por sua vez, se limitava a saber que, sim, a bebida vinha do Maranhão. Cheguei a pesquisar a respeito, mas não tive muito resultado.

Para minha surpresa, acaba de ser publicado no site da Exame uma matéria que fala do trajeto deste nosso aguardente emblemático aos endereços mais badalados do Rio de Janeiro – confira aqui. A iniciativa partiu da carioca Margot Stinglwagner, que conheceu a iguaria de uma visita a Santo Amaro, onde pretendia montar uma pousada. A ideia acabou não vingando, mas os laços da da ex-executiva do mercado financeiro como o Maranhão permaneceu. A casa que comprara para fundar a pousada acabou se tornando um alambique. Para aprimorar a produção do destilado ela foi atrás da tecnologia mineira, através do Centro de Tecnologia da Cachaça. Produzida da mandioca, ao invés da cana-de-açúcar como a maioria, a Tiquira Guajaa se valeu de outra particularidade maranhense: as aves Guará como símbolo que ilustra o rótulo. O nome foi adaptado para o mercado internacional, para onde mira Margot, que fez a estreia da bebida nos endereços mais badalados do Rio: a começar pelo Fasano, se estendendo pelo Palace, Ceasar Park e o Braseiro da Gávea, onde tive a grata surpresa de vê-la em espaço de destaque.