O colunista Nedilson Machado agitou uma turma pra lá de bacana, sábado passado, 19, com a sua já tradicional Feijoada de Honolulu.
O fervo, que chegou a sua décima quinta edição, foi realizado, mais uma vez, nas dependências do BW Praia Mar Hotel; e teve como atrações, os grupos Madrilenus, Zero Hum e o incansável Pepe Jr.
A feijoada, todo mundo sabe, é uma espécie de “esquenta” para o baile com o mesmo tema, que, este ano, está de novo endereço: o Espaço Renanscença. Mas as novidades não param por aí. O Baile de Honolulu, que acontece nesta sexta, 01, tem como principal atração a cantora baiana Vanessa Lobo, direto de Porto Seguro, que promete incendiar o público da Ilha!
Voltando à repercussão da feijoada… Hot Spot tra agora um petisco de quem passou pelo “feijão-folia” mais quente da temporada.
Nosso cronista convidado volta com mais um de seus textos, mas, desta vez, falando de um tema diferente do habitual.
Bruno Duailibe deixa as discussões sobre ética, política e outras questões comportamentais para falar sobre fé. Na verdade, faz um relato de extrema sensibilidade sobre sua experiência com a igreja Cantinho do Céu e seu líder, o pe. Cláudio Souza Fernandes.
Sem mais delongas, vamos à crônica…
Cantinho do Céu
“Há homens que são como as velas; sacrificam-se, queimando-se para dar luz aos outros” (Padre Antônio Vieira)
Eu não banalizo o verbo impressionar. Poucas pessoas nessa casa da humanidade me impressionam. Aliás, normalmente quem nos impressiona são as pessoas inatingíveis. Aquelas que são inacessíveis, aquelas que costumamos ver mais pela televisão. O Padre Cláudio Souza Fernandes é uma pessoa a respeito de quem posso dizer, com sinceridade, que me impressiona toda vez que mantenho contato direto ou indireto com ele.
Aos 39 anos de idade é dehoniano, psicólogo, senhorio do dom de espalhar o bem e de semear a fé. Diante dessa breve descrição, alguém poderia pensar que ele apenas cumpre com a sua função de sacerdote. Decerto não estaria de todo equivocado quem assim pensasse, se não fosse considerado o modo como ele desempenha sua missão.
Quando ele prega a palavra de Nosso Senhor não ouvimos somente um discurso que detém nossa atenção durante os breves momentos em que dura a sua homilia. Padre Cláudio anuncia o evangelho de tal modo que ficamos envolvidos por uma paz de espírito que perdura e que nos deixa sedentos dos ensinamentos de Deus.
Para se ter ideia dos efeitos que suas palavras podem alcançar, lembro-me que na missa do dia 26.12.12, ele comparou o Natal a uma luz que encadeia toda a humanidade. E, nessa oportunidade, ao citar a canção do Padre Zezinho, intitulada “Estou pensando em Deus”, confesso que senti – ainda que exclusivamente naquele momento, já que não tenho vocação, aptidão e as virtudes necessárias para tanto – a vontade de ser padre.
No entanto, a vontade que eu tive, enquanto escutava as suas palavras, foi a de ser um padre igual a ele. Só valeria se fosse assim. Só me alegraria se eu conseguisse tocar na mesma profundidade a alma de meus fiéis.
Essa é a razão porque acho que Padre Cláudio pode inspirar transformação. Não tão radical como essa que desejei momentaneamente, mas sempre instigando a nos tornarmos homens e mulheres melhores. De minha parte, posso dizer que depois de suas celebrações, esqueço todas as preocupações que me inquietavam e parto em direção ao meu lar abastecido tanto de paz quanto de fé.
Numa época em que o ceticismo paira no ar e em que dedicamos tão pouco tempo àquilo que nos remete ao Sagrado, não se pode dizer que Pe. Cláudio seja meramente um evangelizador. Suas palavras, suas ações e as suas inúmeras qualidades enquanto homem de fé oferecem estímulo e exemplo para que nos entreguemos a Deus em todas as horas de nossas vidas.
Pensei muito tempo sobre esse estímulo que ele consegue incandescer em nosso espírito. E qual não é a minha surpresa ao constatar que Pe. Cláudio derrama em nosso ânimo exatamente o que Pe. João Mohana me disse numa ocasião – descrita no artigo intitulado “Em busca da fé” – a respeito do que era necessário para aumentar a nossa fé em Deus: sempre carregá-Lo em nosso coração e em nossa mente.
E, por isso, não tenho dúvidas de que, quando Pe. Cláudio fala, exprime-se claro, por intermédio do Divino Espírito Santo, mas a voz que sai da sua boca vem diretamente do seu coração. E quem fala com o coração, diz-nos William Walker Atkinson, desperta no coração de quem ouve a sensação de estar desvendando um tesouro muito precioso.
Essa conclusão não é somente lógica, como óbvia. O coração, segundo a tradição judaica, é a fonte de onde emana o nosso vigor físico, as nossas energias emocionais, intelectuais e morais. É no coração que encontramos a porta de entrada para o reino dos céus. É onde Cristo está em nós.
Além de todas essas qualidades, Pe. Cláudio goza dos demais predicados que distinguiram grandes pregadores nascidos ou acolhidos no Maranhão (v.g., Padre João Mohana, Cônego Ribamar Carvalho, Dom Felipe Conduru Pacheco, Dom Luís de Brito, Padre Antonio Vieira e tantos outros): foge com habilidade das garras da mesmice e de modo simples demonstra pleno conhecimento teológico e filosófico do tema que aborda.
Seguindo com coerência a convicção de que devemos edificar as obras de Deus nesse mundo, esse homem a quem homenageio é o líder na realização de diversas ações sociais no Cantinho do Céu, que dia a dia e graças ao seu empenho e de todos os seus colaboradores cresce e irradia bem-aventurança para a população ludovicense.
Tantas virtudes – aqui ditas e outras que sequer conheço – levam-me a crer que não foi à toa que Padre Cláudio foi escolhido por Jesus para ser “pescador de homens”. Nós podemos nos considerar abençoados e privilegiados por sermos dele contemporâneos e alumiarmos nossas vidas com a luz de Deus que ele emana. Isso me faz pensar que esse pedacinho da cidade no qual está o templo dedicado a Nossa Senhora de Lourdes é verdadeiramente um Cantinho do Céu onde podemos nos aproximar do Divino se assim nos aprouver.
Mas se você acha que os elogios distribuídos ao Pe. Cláudio Souza Fernandes são excessivos, é porque, certamente, você não conhece a pessoa de quem estou a falar.Vá, pois, ao Cantinho do Céu e tire as suas próprias conclusões!
Bruno Duailibe
Advogado. Graduado pela Universidade Federal do Maranhão. Pós-Graduado em Direito Processual Civil no ICAT-UNIDF/ [email protected]
PUBLICADO NO JORNAL ESTADO DO MARANHÃO DO DIA 27.01.13