Vesti camisa de força para Marisa

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Viagens são sempre uma experiência reveladora – de nós próprios, sobretudo!

E da minha mais recente – ah, passei o último feriado da Proclamação da República em Brasília. Destino sugestivo, não?! -, trouxe na bagagem, além dos (re)encontros e momentos sempre prazerosos, uma triste constatação.

Não sou civilizado! Isso mesmo! Ou melhor (ou seria pior?!): não estou acostumado à plateia civilizada! Bom, deixem que eu tente explicar…

No sábado, 17, fui ao show da Marisa Monte no Centro de Ulysses Guimarães, onde ela se apresentava com a nova turnê “Verdade Uma Ilusão”. Pra começo: gente, vocês não estão entendendo o quanto desejei este momento a vida inteira!

Como já era de se esperar, a bilheteria do show havia esgotado três meses antes. Talvez eu tenha conseguido, há poucas horas da apresentação, o último ingresso disponível – com um cambista, é claro. Afinal, como disse, não sou civilizado!

Só não observei um pequeno detalhe: os lugares na plateia eram marcados. O que, por sua vez, tornou o acesso o mais tranquilo possível. Até aí, nada demais. Aliás, uma maravilha, não?! Não para quem planejava se prostrar no “gargarejo”.

Mas o negócio começou a pegar mesmo quando o show começou. Antes, devo contextualizar que, além da emoção de estar, pela primeira vez, diante de Marisa, eu ainda fui turbinado com algumas long necks no juízo. Pois é! O indivíduo aqui mais parecia que estava indo para uma micareta, quando… bem, quando me deparei com a plateia mais comportada que já vi na vida.

Ainda cogitei que, ao começar o show, a situação mudaria. Coitado! Estava diante daquela cantora que tanto sonhei ouvir ao vivo, entoando aqueles clássicos que, por vezes e mais vezes, esgoelei-me acompanhando, mas o máximo de emoção que pude exprimir foi com aplausos, seguidos de um comedido “uhuu”, e nada mais!

Detalhe: imóvel em minha poltrona com visão lá não muito favorecida, embora no tal setor “VIP”, sob olhares repreenderores a qualquer sinal de movimentos suspeitos.

Eu não era louco de quebrar aquela harmonia sepulcral da audiência.

Ainda bem que Marisa é tão divina, e seu show tão especial, que aquela vibe “Lexotan” se tornou o de menos. E, mesmo coagido, meninos, aquelas duas horas foram de arrepio e sensação!

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