Diego Moura: “só eu sei o que sinto tocando na minha terra…”
Diego Moura é uma das principais atrações do line up da Top Secret, balada que marca a volta da parceria entre Ericka Braga e Nelson Piquet [ex-casal, pra sempre amigos e dois produtores dos agitos mais quentes da Ilha], e que traz, nesta sexta-feira (06.07), além do Dj maranhense, três outras feras da cena eletrônica nacional: João Lee, Renato Ratier e Mau Mau, para estremecer o fervo que vai rolar no Clube do Jipe [próximo à Igreja do Calhau].
Como os nossos leitores já sabem, é sempre com muito entusiasmo que Hot Spot recebe Diego de volta à terrinha. Afinal, o cara conquistou seu lugar ao sol em São Paulo (referência indiscutível de música eletrônica no Brasil), e, hoje, figura entre os maiores nomes de sua geração, se apresentando pelos melhores clubs e festivais do país. Nos enchendo de orgulho!
Aproveitamos que Diego já está na cidade, aonde antecipou a vinda a fim de curtir um pouco mais os pais, e batemos um papo sobre sua carreira e os novos projetos, em entrevista que você confere agora.
HS – Quando foi que você percebeu que seu futuro seria como deejay?
DM – Depois de formado [em Publicidade], quando trabalhava na Young & Rubicam [empresa de Comunicação]. Ganhava pouca grana lá e o hobby (ser DJ), além de mais prazer, estava dando mais retorno financeiro. E ai decidi abandonar a carreira de publicitário e me dedicar completamente à música. Acho que acertei!
HS – Sua profissão ainda é vista de maneira preconceituosa por algumas pessoas… Você sentiu isso ou algum outro tipo de resistência quando resolveu entrar nela?
DM – Não!. Em São Paulo, a profissão já é bem reconhecida faz algum tempo. Alguns amigos ficavam me questionando , assim como meus pais, mas nada que me desanimasse. Pelo contrario, minha mãe foi quem comprou meu primeiro setup (cdj, mixer, phone, etc.) e me deu suporte pra que eu fizesse mesmo o que realmente gostava. Meu pai resistiu por um tempo, mas hoje me emociono quando ele fala que sou seu ídolo.
HS – Em qual momento você começou a sentir que tinha feito a escolha profissional certa?
DM – Acho que Deus tem sido bom demais comigo, e, claro, minha dedicação tem me dado algumas oportunidades de realmente ver ascensão na carreira. A presença em alguns dos show do David Guetta no Brasil é um exemplo. Afinal, tocar depois dele e segurar 15 mil pessoas na pista não é uma tarefa tão fácil! (risos).
HS – Costuma-se dizer que “santo de casa não faz milagre”. E com você, como tem sido a resposta do público de São Luís?
DM – Um fato legal é que nunca toquei em clube vazio em São Luís. Todas as vezes que toquei por aqui, foram sold out. Eu fico muito feliz, pois só eu sei o que sinto tocando na minha terra, que amo, e para os meus amigos. Acho que dá pra perceber no meu rosto.
HS – Quais são seus trabalhos fixos atualmente?
DM – Estou esperando a abertura de um club do qual serei residente, mas esse ainda tenho que guardar segredo. Além disso, sou residente do D-edge, que vocês todos conhecem.
HS – Que som você tem ouvido e tem te influenciado atualmente?
DM – Eu me considero um estudioso da música. Confesso que devo ouvir umas 300 musicas por dia. Ouço um pouco de cada coisa… Do Soul, R&B, ao techno. Amo música boa, não me prendo a um único estilo.
HS – Quem você admira na cena da música eletrônica brasileia?
DM – Todos os meus amigos! rs. Mas os maiores, certamente, são Gui Boratto, Marinho Fischetti e o Peçanha. É muito legal e inspirador ver onde eles chegaram. Não é fácil.
HS – E sobre os novos projetos?
DM – Estou focado na produção de novas faixas tanto sozinho como no projeto com o Diogo Accioly, o Talking Props, que entra em Tour na Europa a partir do fim do mês. tas esse ano o Diogo vai fazer sozinho, por eu ter alguns compromissos aqui no Brasil.
HS – E para completar: o que ainda falta conquistar na carreira?
DM – hahahahaha Muuuuuita coisa !!!! Mas o que mais sonho é tocar em grandes festivais incriveis que tem ao redor do mundo, além de reconhecimento mundial com a produção de algum hit. 🙂
A gente torce! Enquanto isso, Hot Spot já se sente na pista da Top Secret…Foto: Ernesto Kobayashi