Numa edição do SLZ Fashion que teve a música como tema, nada mais justo que o evento abrir espaço para um dos nossos maiores talentos musicais da atualidade: a banda Criolina, que executou a trilha sonora dos três dias de desfiles.

Sob curadoria da dupla Altar – leia-se os deejays e produtores musicais Macau e VMC -, o grupo dos vocalistas Luciana Simões e Alê Muniz deu um show, literalmente, com o repertório escolhido! Com músicas que iam de hits pop do momento (o que foi a versão de Rolling In The Deep, da Adele? só para citar uma das tantas…) a clássicos da música internacional (Start Me Up, dos Rolling Stones, Pretty Woman, Ne Me Quitte Pas…), passando também por um dos recentes sucessos deles, a canção “Quebra Pote“, do último e premiado álbum “Cine Tropical“, à surpreendente versão de “Hair” (aquela do refrão ”this is the dawning of the age of Aquarius!“) com batida de bumba meu boi,  ouso a dizer que as apresentações do pessoal do Criolina foi o grande trunfo desta edição do nosso evento de moda.Não posso deixar de destacar a presença de palco arrebatadora de Luciana Simões. Por várias vezes, confesso que esquecia completamente do desfile propriamente dito para acompanhar aquela performance de uma verdadeira diva. Os looks usados por ela, todos assinados por estilistas aranhenses, foram um capítulo à parte: no primeiro dia, um longo dramático da estreante Jullienne Santos; no segundo, uma saia de patchwork ultra colorida de Heliana Alencar; e no encerramento, uma versão a la Carmen Miranda de Chico Coimbra.

Para mim, sem dúvida, a presença dela em palco foi um dos melhores momentos de todo o evento!Alê Muniz e Luciana Simões em ação.E a dupla de artistas, novamente, entre uma das maiores entusiastas da ideia de convidá-los para executar a trilha desta edição do SLZ Fashion, a produtora Rafaela Albuquerque. [Fotos: equipe Marcus Studio]

Já falei para vocês que, esse ano, Rafaela Albuquerque teve uma iniciativa muito bacana com alguns blogueiros da cidade – entre eles, este que vos fala. Ela criou uma network de blogs de moda dentro do site do SLZ Fashion (se ainda não viu, dá só uma conferida aqui, para ver como ficou bacana!), e  ainda proporcionou uma super estrutura para nos receber, além de oferecer uma programação exclusiva para a gente.

A primeira delas, como já falei (lembra?), foi a vinda da jornalista Helô Gomes, do blog Sanduíche de Algodão e uma das profissionais mais promissoras do país na área de moda, que dividiu conosco uma pouco da sua experiência e ainda conferiu, no maior entusiasmo, diga-se, o primeiro dia de desfiles, na terça, 13.

Na quarta, 14, foi a vez da editora de moda carioca Mônica Girão, que também assina o estilo dos desfiles do SLZ Fashion, conversar sobre moda com a gente. Trabalhando nesta área desde o tempo da revista “Moda Brasil”, uma das publicações precursoras no país, nos anos 80, Mônica destacou o amadurecimento e profissionalização do mercado da moda no país na última década.

“Sou do tempo que não existia agência para fazer a ponte entre os produtores e as modelos, por exemplo. A gente tinha o número da casa das modelos, dos namorados, do parentes… Nós também tínhamos que, muitas vezes, ter total responsabilidade pelas peças do editorial”, disse, entre outras revelações curiosas. Ela ainda revelou que adora garimpar peças em magazines populares, para misturar com peças de grife. E que prefere peças clássicas, pois nunca saem de moda.

Sobre o trabalho que faz para o SLZ Fashion, Girão revelou que já assimilou o gosto do maranhense, que é mais colorido, alegre e glamouroso, vide, por exemplo, a quantidade de roupas para festa que se comercializa por aqui. E que sempre tenta montar um style de fácil comunicação, fugindo do conceitual, já que os desfiles da nossa semana de moda se destinam ao consumidor final e não apenas à imprensa, como acontece em semanas de moda como o Fashion Rio e a São Paulo Fashion Week.Mônica Girão sendo sabatinada pelo nosso grupo de blogueiros: Bárbara Hellen, Simone Soares, Ana Catarina Léda, Carol Farias e eu.

Na quinta-feira, 15, foi a vez de recebermos em nosso lounge a estilista paulistana Andréia Graffiette, da grife de beachwear “Dibikini“, que desfilou nesse mesmo dia.

Antenadíssima e muito simpática, Andréia nos falou sobre como é específico o trabalho de moda praia brasileira, produto que e referência no mundo inteiro. Sendo necessário que se produza uma coleção com três modelagens específicas: uma para o mercado do nosso país, um para a Europa e outro para os Estados Unidos. E destacou como referências para o seu trabalho o estilo da grife francesa Balenciaga e a moda que é desfilada nas ruas de Paris, segundo a estilista , “o lugar de pessoas mais sofisticadas e naturalmente elegantes do mundo“.

Coro: tanto Mônica Girão quanto Andréia Graffiette abordaram uma questão salutar para entendermos melhor as engrenagens do negócio de moda. A respeito da escolha dos tons e tecidos escolhidos para compor as coleções, muitas vezes, é levado mais em consideração a demanda da industria têxtil do que a inspiração do estilista propriamente dita.Andréia Graffiette trocando ideias com nosso grupo de blogueiros.E a estilista da “Dibikini”, novamente, entre Janaína Oliveira, representante exclusiva da marca de moda praia em São Luís, e Cínthya Saldanha Santos, da Mr. Cat. [Fotos: Marcus Studio]