Simone Soares celebra 1 ano de blog

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Quando colocou no ar sua página virtual sobre moda, tudo não passava de hobby para a advogada Simone Soares! Nesse meio tempo, muita coisa mudou na blogosfera fashion de São Luís: o que era visto como, digamos, brincadeira ganhou visibilidade e passou a ser encarado como profissão. E Simone, por sua vez,  tomou tanto gosto pela coisa, que enveredou de vez na área, abandonado suas outras funções e vestindo, literalmente, a persona da blogueira.

Nessa quarta-feira, 31, o blog que leva seu nome completou o primeiro aniversário. Por conta da data, Simone reuniu uma turma da blogosfera, nomes badalados da área da moda e algumas das suas leitoras para uma badalação no 2nd Floor.  Hot Spot traz um petisco de quem abraçá-la, em clicks no melhor estilo blog de moda (afinal, Hot Spot também é fashion!).Simone Soares, a grande anfitriã da noite; Tamilla Pinho; e Bruna Maciel.Camila Fonseca; a blogueira Barbara Hellen; e Rafaela Albuquerque.Karol Sampaio; Renata Cunha Vieira; e Juliana Lamar.

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Dupla Altar sacode o México

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Depois da estreia em terras mexicanas em 2009 (que Hot Spot contou aqui), a dupla Altar – formada pelos deejays e produtores VMC e Macau – retorna em grande estilo ao México, nestes dias 2 e 3 de setembro, para levar seu som alucinante aos eventos “Avalon“, em Guadalajara, e “Troya“, na Cidade do México.

A mini tour internacional de Altar coincide com o lançamento do novo single da dulpa, “It’s Over“, uma parceira com a voz da bela Natália Damini, de Fortaleza. A propósito:  a nova música ganha, ainda este mês, um pacote de remixes especiais de DJs e produtores pra lá de renomados no Brasil: Tommy Love, Tanuri, Hytraxx, entre outros.

Na volta para casa, Macau e VMC continuam a turnê de lançamento de “It’s Over“, com escala já agendada em Salvador, em apresentação na boate San Sebastian. Mas chegam em São Luís a tempo de assinar a trilha do SLZ Fashion, que começa dia 13 de setembro. Haja disposição![Foto: Divulgação]

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Com a palavra… Bruno Duailibe

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Hot Spot volta a trazer um texto assinado pelo advogado Bruno Duailibe, que, em sua mais recente publicação na coluna “Opinião“, do jornal O Estado MA, resolveu surpreender seus leitores ao escrever um conto ao invés de suas crônicas habituais.

A versatilidade de Bruno com a caneta foi evidenciada, mais uma vez, nessa nova investida literária, quando nos apresenta uma estória que, mesmo fictícia e com perfume lírico, traz seu traço característico: que é de discutir questões existencialistas de forma honesta, leve e sem outra pretensão que não seja a de um jovem de 30 e poucos anos ávido por compreender as vicissitudes desse mundão de meu Deus.

Antes de ir ao texto em questão, vale ressaltar dois pontos a título de eventuais dúvidas: Bruno só atacará como contista novamente de forma excepcional; e outra, os personagens do texto abaixo são fictícios. Agora, boa leitura!Atos e não palavras

Ilustração: Salomão Jr.

Machado de Assis diz em seu poema intitulado “Bons Amigos” que “abençoados são os que possuem amigos, os que os tem sem pedir. Porque amigo não se pede, não se compra, nem se vende. Amigo a gente sente!”

E eles eram assim, amigos incondicionais e, normalmente, concordavam em tudo. Estavam em sintonia sobre cerveja, futebol e mulher – desde que não fossem as por eles amadas, claro. Evitavam discutir política e religião, como era natural. Mas quem os conhecia bem, dizia que, mesmo sobre esses polêmicos assuntos, tinham ideias afins.

E talvez fossem as semelhanças o que mais os unisse até aquele dia. Poeta e engenheiro sentados na mesa de um restaurante, depois do último expediente da semana, escolheram um vinho, para diluir o estresse.

Após a sexta ou sétima taça quem tem comando sobre a língua? Quem coordena os sentimentos e os alinha aos seus pensamentos? Poucos, pouquíssimos, nestes momentos, são os que prezam o silêncio e mantêm a simetria.

Eu que dividia a mesa com eles fiquei estarrecido e parei com a cena a que assisti.

– Rapaz, cada vez mais me convenço de que a palavra é divina! – disse o poeta.

– Cara, lá vens tu com essa bobagem de que a palavra é divina e que foi através do verbo que Deus criou o mundo! Tu não consegues entender que essa linguagem só Deus utilizou e somente ele pode utilizar? Ela não é inteligível para nós pobres mortais! – logo replicou o engenheiro.

– Meu irmão, as palavras representam a realidade e o universo criado por Deus. É claro que é, sim, divinal.

– Isso é uma metáfora, como tantas outras que são utilizadas na Bíblia, maluco! Ao contrário de Deus que utiliza a palavra para criar o fato, a linguagem dos homens foi criada para relatar fatos. Portanto, o homem usa a palavra é para relatar os fatos! – apresentou sua visão enfaticamente o engenheiro.

Percebi que os ânimos, a partir daí se acirraram. Pensei em pedir um petisco para ver se a tensão se dissipava. Chamei o garçom, mas eles deram de ombros e persistiram no embate.

– Primones, tu sabes que até papagaio fala! E mamãe dizia que quem muito fala, diz ‘bom dia’, inclusive, pra cavalo – continuou o engenheiro.

– Compadre, a palavra é tão importante que é a partir dela que um fato ou ato torna-se válido e executável. Lá se lê: “Publique-se. Registre-se. Cumpra-se”. Está aí o nosso advogado ao lado que não me deixa mentir – tornou para mim o poeta.

Espantado, franzi as sobrancelhas. O engenheiro parece não ter dado muita bola e seguiu seu raciocínio.

– Palavras podem ser levadas pelo vento.

– A história só existe em razão da palavra escrita, que perpetua os atos e os fatos – mencionou o poeta.

– Tão importante quanto o fato são as versões que ele assume. A palavra muda, desvirtua, distorce o fato! É isso o que ela faz, cara pálida! – retorquiu o engenheiro.

– Não muda o rumo da prosa, meu amigo! A verdade é que desvirtuado ou não, sem a palavra um ato pode até ser esquecido – falou o poeta.

– Uma mentira contada cem vezes torna-se verdade incontestável – lembrou-se o engenheiro.

– Isso é para quem não tem palavra! Eu tenho e sabes disso – desabafou o poeta.

– E hoje em quem posso confiar? – indagou veementemente o engenheiro.

– Sem querer ser insistente e cabotinista posso te assegurar que há nesse mundo de meu Deus muita gente para quem a palavra é honra! – levantou a voz o poeta.

Nesse momento, olhei em volta e vi que chamávamos a atenção de todos que estavam no restaurante. De imediato, tentei mudar o rumo da conversa:

– Ando meio preocupado com essas especulações de cai-não-cai de ministros – disse soltando o fôlego. Será que isso vai gerar alguma instabilidade econômica?

– Iiiih! Nesse campo mesmo é que atos valem mais do que palavras. É que sem os atos que transformam as palavras dos políticos em ações, aquelas se perdem em questão de segundos – asseverou o engenheiro.

Meu esforço fora em vão. Piorara a situação. E já receava que a conversa, por culpa minha, fosse levada para o sempre palpitante campo da política.

– Só concordo contigo, se estiveres dizendo que atos devem estar em sintonia com o discurso – tentou conciliar o poeta.

– Fala sério! Eu já disse pra ti que pro bem ou pro mal os atos não podem ser contestados depois de praticados – retorquiu o engenheiro.

– Há palavras que ferem mais do que atos, provocando sentimentos incontestáveis – mencionou liricamente o poeta.

– Pior do que a palavra dita é a palavra desdita, que se torna maldita, ferindo nossa alma durante toda a vida – recitou ironicamente o engenheiro.

Foi então que o poeta saltou da cadeira, totalmente desfigurado. Eu não sabia o que aquilo significava. 

– Não fale da minha musa! Eu te contei isso, mas tu prometeste que nunca mais iria tocar neste assunto.

A hora que entrou a “musa” na conversa, eu gelei. Preparei-me mesmo foi para apartar a briga. E tudo ficou pior com a resposta do engenheiro.

Papito, todo mundo sabe que não foi por isso. Ela te deixou mesmo porque era muito pragmática. E casou com um colega que também parece ser um homem de bem, ou melhor, de bens – revelou o engenheiro.

Mentira! Ela não foi capaz de compreender meus atos de amor e esperava que eu recitasse as palavras mágicas. Ah se eu  tivesse dito “eu te amo”!!!!  – lamentou-se o poeta.

– Acorda! Não tinhas que dizer nada. Deverias, sim, ter tomado uma atitude! Meu colega engenheiro foi um homem de atos concretos e não de palavras: foi lá e colocou o anel de compromisso no dedo dela. E nem precisou dizer palavra mágica alguma. 

 Percebi que a situação estava realmente séria. Completamente fora de si, o poeta gritou:

– Nunca mais me dirija a palavra! – e foi logo saindo, derrubando as cadeiras no chão.

Com isso, só me restava pedir a conta. Confesso que já estava até sensibilizado com o romantismo do poeta, quando o engenheiro com um ar reflexivo virou-se para mim e perguntou depois de tomar o último gole de vinho:

– Não concordas comigo, meu caro, que atos são mais importantes do que palavras?

Respirei fundo. E ele complementou:

– E que estas, sem ações, tornam-se inócuas?

Tanto concordei que, de imediato, escrevi este conto.

*Bruno Duailibe
Advogado. Graduado pela Universidade Federal do Maranhão. Pós-Graduado em Direito Processual Civil no ICAT-UNIDF

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