Fabrícia na PG 7

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Página 7 trouxe nesse domingo, 20, uma super entrevista com a cantora Fabrícia, nome que vem sempre a mente quando falamos de carnaval do Maranhão. Nada mais sugestivo para o momento, não?! Vivendo um momento profissional e pessoal especial, Fabrícia nos contou dos seus planos para 2011 e abriu o coração para falar dos sabores (e dissabores) da carreira que decidiu trilhar. Um bate papo honesto e emocionante, que Hot Spot reproduz agora. Confira!

PG 7 – Podemos dizer que você é uma cantora do carnaval?!
Fabrícia
– Eu sou, completamente! Eu comecei a me apaixonar por música vendo o carnaval. Carnaval de trio, carnaval baiano. Vendo Daniela [Mercury]; Ivete no tempo da banda Eva… Eu comecei a querer cantar vendo elas lá em cima do trio. Daniela principalmente! Antes mesmo de ela estourar. Quando ela ainda só se apresentava em Salvador. [Fabrícia morou na capital baiana na infância e tem familiares por lá]

PG 7 – Como fica sua vida nesta época?
Fabrícia –
Minha rotina, independente da época, é de viagens. Eu curto bastante! Gosto muito dessa coisa de estar a cada dia num lugar diferente, interagindo com públicos diferentes. Também adoro viajar pelo interior. Aprendo muito com essas andanças! E no carnaval não é diferente. Fica mais agitado porque estou em um lugar diferente a cada dia, mas essa agitação já faz parte da minha vida!

PG 7 – E depois da quarta-feira de cinzas, o que você está programando para este ano?
Fabrícia
– Ultimamente eu tenho experimentado uma coisa muito legal que é cantar em festas privadas. E venho desenvolvendo essa faceta muito bem! Antigamente, eu fazia muitos shows para prefeituras no interior. Povão mesmo! Festas grandes, para mais de 40 mil pessoas. Além de micaretas e shows por vários estados vizinhos. De uns dois anos para cá, percebi que minha agenda vem sendo fechada com uma série de casamentos e festas de formatura. É um segmento, digamos, novo, mas muito bacana! Eu já fazia muito esse tipo de apresentação em Teresina. E no Maranhão, especialmente em São Luís, tem crescido muito essa cultura de fazer festas assim com bandas. Hoje em dia, a galera investe mesmo! Passa um ano se programando para incluir um show em suas festas.

PG 7 – Bom… Então você agora vai investir no segmento de festas fechadas?
Fabrícia
– Exatamente! Na verdade, isso é uma coisa que acabei adquirindo com a maturidade. Para fazer um evento desses é preciso ter uma bagagem. Porque ali você encontra públicos de vários tipos. Quando você vai fazer uma apresentação para a massa todo mundo quer saber é de festa, de agito. É um repertório mais, vamos dizer, fácil. Num casamento, por exemplo, já é bem diferente. Você encontra ali os pais dos noivos, os familiares, gente de várias idades, que acabam te surpreendendo com bilhetinhos com pedidos de músicas as mais inusitadas possíveis. Aí o jeito é se virar nos 30! Eu fui colocada em várias situações complicadas. Muito disso pela minha trajetória. Comecei como cantora de trio, aos 15 anos, embora minha vontade inicial fosse ser cantora de barzinho. Só que meu pai era cauteloso demais com minha carreira. Ele nunca foi a favor de eu fazer barzinho. Tinha medo de eu cantar na noite e acabar “me perdendo”. Mas o barzinho é que acaba te dando uma variedade boa de repertório.  E eu não tive essa escola. Durante muito tempo meu repertório foi basicamente axé. O jeito foi correr atrás do prejuízo. Fui estudar repertórios de vários cantores que viviam me solicitando. Hoje em dia, a grande maioria do que me pedem eu canto!

PG 7 – Falando em casamento, você está vivendo um momento especial na sua vida sentimental, não é verdade?!
Fabrícia
– É verdade! [riso tímido]. Tem gente que aprende no amor e tem quem aprende na dor. No meu caso, foi na dor mesmo! Assim, entre aspas… Eu tive que passar por algumas experiências na vida para poder saber realmente o que eu queria. E por eu ter essa vida meio complicada: eu viajo muito; vivo num segmento onde acabo me exibindo, aparecendo muito; eu vivo em cima do palco, suscetível aos olhares das pessoas. Então isso acaba sendo muito complicado na cabeça de um homem. Para você manter um relacionamento dessa forma é um desafio. Meu primeiro marido era professor. Não tive outra alternativa: tive que acompanhá-lo, já que ele, definitivamente, não podia me acompanhar. E abdiquei da música para poder viver uma vida a dois. Foi lá [no casamento] que descobri que não conseguiria fazer nada da minha vida se não fosse com música pelo meio. Meu segundo casamento também não deu certo, talvez por essa história toda da minha vida pública. Eu cheguei a achar por um momento que o problema estivesse comigo. Que, por essa carreira que escolhi, eu não encontraria alguém que entendesse a minha vida. Ainda por cima saída de dois casamentos, com dois filhos [Fabrícia é mãe de Artur Neto, 10 anos, do primeiro casamento, e João,4, do segundo]. Eu disse: “quer saber de uma coisa? Vou mergulhar na música, na minha família, e vou deixar de mão meu lado sentimental. Vou ver no que dá! Se for de eu ficar só, fico eu com minha mãe, meus filhos e minha música!”. E de repente, quando eu menos estava esperando, aconteceu: o “Tavinho” chegou à minha vida [ela esta se referindo a seu noivo, o engenheiro Luís Octávio Silveira Jr.]. Logo eu arrumei tempo onde não tinha, porque quando você ama você faz isso. Consegui conciliar numa boa meu trabalho com minha vida pessoal. Posso até estar sendo exagerada, mas acredito estar vivendo a felicidade plena! Meus filhos estão bem, minha carreira está num momento excepcional e estou vivendo uma relação maravilhosa!

PG 7 – E em relação aos seus filhos, como você lida com relação à sua vida agitada?
Fabrícia
– Isso é uma coisa que me atormenta sempre! Eu me cobro muito. Se a mãe que tem uma rotina convencional se cobra, imagine eu, que viajo muito… Eu, inclusive, cheguei a fazer terapia por conta disso. Mas hoje já aprendi a ver o outro lado da moeda. E busco qualidade para os momentos que nós temos juntos. Eu tento amenizar essa eterna culpa que eu carrego. Além disso, conto com dois grandes parceiros, que são os pais dos meus filhos. Eles me ajudam pra caramba a fazer com que os meninos entendam minha vida.

PG 7 – Agora, com casamento vindo por aí, você se dedicando mais a shows em festas particulares, podemos esperar Fabrícia mais presente em São Luís?
Fabrícia
– Com certeza! É até engraçado isso. Toda vez que as pessoas daqui ligam para contratar meu show elas reclamam muito que só me apresento no Piauí, em Tocantins, e que quase não tenho agenda para cá. Mas agora quero conduzir as coisas de forma que eu fique mais em São Luís. É meu projeto para 2011.

[Foto: Daniel Martins – 9D / Beleza: Oswaldo Rodrigues / Look: Elle Jolie]

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Dropes

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A Casa Cor Maranhão está trazendo o cantor Kiko Zambianchi para uma apresentação intimista, com apenas 300 ingressos disponíveis, nesta sexta, 25, às 20 horas. Ingressos disponíveis no local.

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