Diário do bordo
A partir de hoje, Hot Spot vai embarcar junto com alguns amigos do blog que puserem o pé no jato, através de posts onde eles poderão dividir conosco um pouco de suas experiências e aventuras mundo afora… Quem estreia a nova sessão é a hotspotter Maria Rita Costa, que está dando um giro pela Europa, e nos conta sua viagem por Roma, na Itália. O texto está pessoal e informativo. E as fotos, praticamente nos faz viajar junto com essa moreninha linda e globe trotter. Ah, este é só o primeiro dela. Afinal, Maria Rita ainda tem muito trecho para percorrer pelo Velho Mundo. E nós, bom, nós queremos viver tudo que ela estiver vivendo por lá…
Maria Rita, Roma.
“Com minha câmera, caneta e mapa na mão, percorri a Itália seguindo viagem de outros países. Para os amantes da história e da arte, Roma é uma carta dada no jogo. Com o audioguide na mão, você consegue voltar no tempo com todas as explicações (mais detalhadas impossível) de cada museu, monumento e igreja. Se me perguntassem em qual estação do ano ir, aconselharia primavera ou outono. No verão as filas são enormes, e as temperaturas muito altas. Em 3 dias fiz o meu roteiro. Em Roma tudo é perto, dá pra conhecer um monte a pé. É tanta história e tanta coisa linda que quando vi já tinha chegado aonde queria. Comecei pelo Coliseu, uma das mais famosas construções da cidade. Pertinho do Coliseu tem o Arco de Constantino, Fórum Romano, Palatino, Via Sacra, Mercado de Trajano, dentre outros. Achei uns dos lugares mais emocionantes da cidade. As ruínas da Roma Antiga são fruto da mais poderosa ação do tempo. Seguindo para a Piazza Navona, encontrei a Fontana di Fiume, Moro e Netuno (lindas!). Sempre bem movimentada, a praça é excelente para sentar em um dos restaurantes e relaxar até o entardecer. Come-se muito bem na Itália. É difícil escolher o “melhor restaurante”, mas vale à pena tomar o sorvete Tartufo, considerado o melhor da cidade.
No dia seguinte, fui ao Vaticano. Acho que a melhor forma de ir até lá é de ônibus (pega no Roma Termini) ou taxi. Achei a linha de metro de Roma um pouco suja, assim como a cidade. É conhecida pela cidade dos “mãos-leves”, então preferi não arriscar. Nos dias de quarta, é dada a benção papal. Quem chegar cedo pode se dar ao luxo de conseguir uma cadeira, caso contrário junte-se ao meu time e assista em pé mesmo. Perdi as contas de quantas igrejas já entrei só aqui, mas sem dúvida a Basílica de São Pedro é a mais exuberante que já conheci na minha vida, decorada toda em mármore. Em Roma, é proibido entrar em qualquer igreja com ombros ou joelhos à mostra. Algumas têm um pano na entrada para se cobrir. Na basílica não tem – pena que só descobri isso depois de passar 1 hora e tanto na fila. Sai, comprei 2 lenços, me cobri i-n-t-e-i-r-a, e voltei para enfrentar tudo de novo. É lá que está a obra “Pietá” de Michelangelo. No Museu do Vaticano, onde fica a Capela Sistina, encontra-se um conjunto de arte belíssimo. No teto, todo pintado por Michelangelo, se encontra os afrescos mais famosos do mundo (incluindo a Criação do Mundo).
Vale à pena dar uma volta pela cidade a noite para ver a iluminação. O Coliseu fica lindíssimo. Do alto da escadaria da Piazza Spagna tem-se uma vista da cidade. É onde fica a Igreja Trinitá dei Monte.
Terceiro e ultimo dia: Fontana di Trevi (onde foi filmado o filme La Dolce Vita), Pantheon, Monumento da unificação Italiana e Basilica di San Pietro di Vincoli. A Fontana é a mais linda da cidade. Reza o ritual que se você jogar uma moedinha voltará a cidade. Fique de costas para a fonte, com a mão direita jogue a moeda por cima do ombro esquerdo para trás. É na basílica que fica a escultura de Michelangelo, Moisés. De tão perfeita, ao terminá-la ele bateu com um pincel e disse: “Fala!”
Saindo maravilhada de Roma, arrumei minha mala e segui viagem com minha família para a região da Toscana, conhecida por fabricar os melhores vinhos da Itália. Eba!”