Ao chegar na festa Crossover, sexta passada (20), no Iate Clube, só conseguia pensar em uma coisa: é muito desprendimento de um artista trocar um trabalho onde se apresentava para multidões para tocar para plateias bem mais modestas. Junior Lima, que durante anos faz parte, com Sandy, de uma das duplas mais famosas do país, pelo visto não sente a menor falta da época em que era back vocal da irmã e se arriscava a passos rebolativos. Sua vibração ao se apresentar com a dupla Crossover, formando o projeto Dexterz, é visível. E depois da observação que uma amiga me fez, de que ele parece estar bem mais feliz como percussionista de música eletrônica, não tive dúvidas: para Junior, mais que sucesso (que ele já experimentou sob todas as formas), o que importa é fazer o que realmente gosta.
A apresentação do trio foi impecável. Gente de ouvido exigente, como os deejays Macau e Ericka Braga, eram só elogios. Ponto para a Piquet Produções! Segundo muitos notívagos exigentes, a organização da festa só não foi muito feliz com a escolha do lugar, porque não comporta muito bem festas com formatos assim. Senti falta de uma pista mais lotada, que desse coro ao show de som eletrônico e instrumentos que foi a apresentação de Amon Lima, Júlio Torres e de Junior (que, mesmo depois de seguir outro rumo em sua carreira, ainda arrebanha fãs da sua época infanto-juvenil!).
Fique agora com o petisco da noite, em fotos de Carlos Netiar e carlos Brasileiro.