Lido no Glamurama, nessa sexta (31): “O jornal francês ‘Libération’ fez na edição desta sexta-feira, uma severa crítica ao excesso de cirurgias plásticas realizadas no Brasil por adolescentes, em um de seus artigos.
Nele, o diário condena o culto exagerado à juventude e à beleza no país. A Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica Brasileira informa que 13% das operações realizadas no Brasil são feitas por adolescentes que nem chegaram aos 18 anos de idade.
Esse número é surpreendente e bastante representativo, já que a cirurgia plástica é um procedimento invasivo. O culto à beleza é tamanho que muitas adolescentes em vez de pedirem uma festa de debutantes aos 15 anos, pedem de aniversário cirurgias plásticas de todos os tipos: nariz, lipoaspiração e prótese de seios. Realmente vale a reflexão!”
Ok, eu sei que o assunto é sério. Mas a nota me fez lembrar de um vídeo hilário do “Terça Insana”, com a maravilhosa Grace Gianoukas e sua personagem “Adolescente”. Muito bom!
Muito pertinente o post. Hoje há um culto pela perfeição e ele é introduzido cada vez mais cedo em nossas cabeças. Isso pode até se tornar obsessão para alguns.
Aos pais cabe o discernimento de apoiar ou não as escolhas dos(as) adolescentes. E vejo isso todos os dias. Existem pais conscientes e outros que mal sabem o que está acontecendo na vida dos filhos e pagam médicos, cirurgias, viagens e roupas sem saber o que estão fazendo. Uma adolescente com sobrepeso e sedentária em uso de sibutramina e que ainda por cima come fast food e que exige fazer uma lipo é um bom exemplo da realidade. Isso é um absurdo. Confesso que tenho calafrios cada vez que vejo uma criança de 2 anos comendo no macdonald´s. Não estou dizendo para que essas crianças se tornem macrobióticas. Existem muitos pais e mães que são cegos, surdos e mudos. É apenas uma questão de coerência. Tem muito médico também que não consegue enxergar os limites que se deve impôr à insegurança humana e faz o que os pais e adolescentes querem, isso porque o papel do médico é ponderar esse limite, coisa que alguns não fazem e só se importam em garantir o seu. É só colocar na balança: existe uma necessidade real ou não seria um simples capricho?A resposta a essa questão pode definir uma vida inteira.
Existem pessoas que se transformam com uma cirurgia plástica, tornando-se muito auto-confiantes numa verdadeira revolução pessoal. Outras se viciam e ficam sedentas pela próxima cirurgia. O fato é que o desenvolvimento e a socialização do indivíduo sofre muita influência da “embalagem”. O papel dos pais é o de aconselhar o invólucro. Com certeza as pessoas terminam gostando do conteúdo e não do que a aparência ostenta.
O envelhecimento, portanto, deve ser entendido como um processo natural e ninguém está imune a ele. Você pode até desacelerá-lo, mas pará-lo, jamais. As imperfeições também podem ser bem assimiladas por alguns. Conheço muita gente que não trocaria o seu nariz por nada nesse mundo, já para outros é um verdadeiro fardo. Cada caso é um caso. Cabe a cada um em conjunto com o seu médico refletir o que esta ou aquela mudança realmente representará.
Não é que eu seja contra essas intervenções só sou muito cautelosa em relação a elas quando feitas em adolescentes. O certo é que toda cirurgia plástica tem um risco real, ainda que mínimo e, portanto, não deve ser banalizada como vem ocorrendo. Afinal, a consciência é de cada um assim como a vida, que é só uma. O que não podemos esquecer é que um dia, como já dizia minha avó, todos viraremos “maracujá de gaveta” e o que simplesmente importará será o “conjunto da obra” : nossos atos e o que fizemos durante a vida e não como fomos incrivelmente belos e perfeitos.
Só lembrando que essa minha avó foi incrivelmente bela por dentro e por fora. E agora, o que tenho eu a dizer?
Obs.: quanto à terça-insana: genial como sempre e ilustrou bem o conteúdo do post. Achei um tanto curiosa a estampa do vestido da Grace (do pequeno príncipe).
Seu blog é o máximo Oton!! adoro!! super beijoss querido, sucesso sempre!!!!!!