Vendedores foram ameaçados de agressões e saques nas lojas da Rua Grande por manifestantes na manhã dessa seta – feira (28.04)
O direito de ir e vir, assim como o livre arbítrio em escolher se vai aderir ou não a protestos e greves não são favores pessoais, mas direitos coletivos garantidos pela Constituição brasileira.
Direitos esses que foram completamente desrespeitados pelos membros da CUT e demais entidades nessa sexta – feira (28.04), durante os protestos contra reformas do atual Governo na Rua Grande. Além de impossibilitarem o acesso à principal via de comércio da capital maranhense, os líderes desses movimentos praticamente ameaçaram os lojistas que estavam com seus estabelecimentos abertos. Com discursos proferidos em microfones, os representantes das entidades sindicais que aderiram ao movimento grevista simplesmente ameaçaram os vendedores com frases como: “Não nos responsabilizamos pelas lojas abertas, pois é melhor liberar seus vencedores por um dia que ter a loja invadida e saqueada”. E mais, em vídeo uma manifestante com camisa da CUT ameaçava os comerciantes dizendo às pessoas de uma loja: “Nós vamos voltar aqui, nós vamos voltar”.
Márcia Mello, gerente das loja de cosméticos IAP localizada na Rua Grande, denunciou os abusos dos manifestantes:
“Esses manifestantes passaram aqui na loja batendo nas portas e na vitrine, só faltaram quebrar tudo. Fazer manifestação é uma coisa, destruir o patrimônio alheio é baderna. Cadê a polícia? ” , protestou indignada a gerente.
Foi esse clima de tensão e medo que os comerciantes da Rua Grande vivenciaram ao tentarem trabalhar para minimizarem os prejuízos de um comércio lojista já penalizado, que sofre com a atual crise econômica brasileira. Esse foi o preço que tiveram que pagar por tentarem se manter em atividade e conseguir honrar os compromissos de salários com os seus colaboradores.
O Pres. da Câmara de Dirigentes Lojistas de São Luís, Fábio Ribeiro, manifestou seu repúdio sobre esses abusos:
“Quando uma sociedade democrática desrespeita os direitos previstos pela Constituição, já estamos em situação de enorme prejuízo. Repudiamos todo o qualquer movimento que disfarçado de luta trabalhista sirva a interesses políticos disfarçados, como nesse caso, no qual o que se viu na Rua Grande foi uma verdadeira violência contra trabalhadores e empresários honestos, que com seu trabalho movem a já combalida economia desse país e dessa cidade. A CDL São Luís está solidária aos lojistas, e aos trabalhadores também, que sentiram-se lesados nesse dia, tanto comercial, quanto moralmente e confia nas autoridades e na Segurança Pública para impedir esses abusos”, declarou Fábio Ribeiro.