A Prefeitura de São Luís, por meio da Secretaria Municipal de Educação (Semed), realizou na tarde da última segunda-feira (6), a aula inaugural dos cursos da Educação Especial, que oferece formação específica para os educadores da rede municipal e para professores de outras escolas e profissionais de áreas que têm interesse em trabalhar com estudantes com deficiência, altas habilidades ou superdotação. O evento aconteceu no auditório do Convento das Mercês, no Centro de São Luís, e reuniu centenas de educadores, entre professores, gestores e coordenadores pedagógicos.

Os cursos da área da Educação Especial são oferecidos semestralmente e têm sempre grande procura. Segundo o professor Moacir Feitosa, titular da Semed, a procura é resultado dos esforços da Prefeitura de São Luís em ampliar o atendimento dos estudantes com deficiência às salas de aula regulares, oferecendo um atendimento especializado. “A atualização e formação dos profissionais da Educação é tarefa essencial para a melhoria da qualidade do ensino nas nossas escolas públicas e uma prioridade da gestão do prefeito Edivaldo”, destaca Moacir Feitosa.

Foram oferecidas 440 vagas neste primeiro semestre letivo de 2017 – todas preenchidas. As vagas são para os cursos de braile, libras, soroban, autismo, altas habilidades/superdotação, educação física inclusiva e educação especial na perspectiva da educação inclusiva. Com exceção dos dois últimos cursos, que terminam em outubro e dezembro, respectivamente, os demais têm duração média de quatro meses, iniciando agora e finalizando em junho.

Na mesa de abertura da aula inaugural, estavam a superintendente da Área da Educação Especial da Semed, Dalvina Amorim Ayres; a coordenadora dos cursos da Educação Especial, Teresa Cristina Castro Pinho; a técnica especialista Francisca Lima, representando a superintendente do Ensino Fundamental da Semed, Arsênia Formiga; e a professora Ana Célia Lopes, Coordenadora de Núcleo, representando a secretária adjunta de Ensino, Maria de Jesus Gaspar leite. Também esteve presente ao evento, a professora Josie Descovi, superintendente da Área da Educação Infantil da Semed.

TEORIA E PRÁTICA

A psicopedagoga e especialista em Educação Especial, Teresa Pinho, coordenadora dos cursos, explica que todas as formações oferecidas têm conteúdo teórico e prático. Segundo ela, tudo o que é ensinado na teoria é depois levado para as escolas para que o participante do curso aprenda a aplicar em sala de aula as estratégias e conhecimentos que adquiriu.

“As aulas práticas colocam os participantes diretamente com o estudante com deficiência, altas habilidades ou superdotação, para que ele aprenda a trabalhar com os instrumentais e técnicas que desenvolveu durante as formações”, informa Teresa Pinho, observando que ao final de cada curso, o participante desenvolve peças práticas, jogos, ou projetos para trabalhar em sala de aula.

Glaucia Rodrigues, 25 anos, professora do 3º ano na Unidade de Educação Básica (U.E.B.) Saraiva Filho, na zona rural de São Luís, é uma das inscritas no curso de Libras. Ela já possui duas especializações voltadas para a Educação Especial e deseja, já há algum tempo, fazer um dos cursos oferecidos pela Prefeitura de São Luís. Optou pelo de Libras por uma questão um pouco mais pessoal, pois tem seis primos surdos, além também do fator profissional, pois já teve alunos com a deficiência em sala de aula. “Não são os estudantes que precisam se adaptar, mas sim, nós, que precisamos ter a consciência de oferecer aos nossos alunos uma educação diferenciada, inclusiva”, comenta Glaucia.

Outra participante é a professora Fernanda Sousa Santos, do 3º ano do Ensino Fundamental da rede pública municipal de Santo Amaro, na região dos Lençóis Maranhenses. Depois de fazer contato com a Semed e receber o apoio da Secretaria de Educação do seu município, ela se inscreveu e vai cursar “Educação Especial na Perspectiva da Educação Inclusiva”.

Disse que esse é um desejo antigo, desde que começou a lecionar. “Estou bem ansiosa e com grande expectativa, pois o que vou aprender aqui quero levar como experiência para outros educadores e também colocar em prática com os estudantes com deficiência no meu município. Existe uma demanda significativa nas escolas de Santo Amaro e não há profissionais qualificados para atender estudantes com deficiência”, declara Fernanda Santos, de 31 anos.