Até mesmo na pior tragédia do futebol maranhense aprece gente querendo tirar uma casquinha. O deputado estadual Paulo Neto se valendo da sua imunidade parlamentar acusou o time do Chapadinha de ter recebido R$ 50 mil para entregar o jogo para o Viana por 11 x 0. Não satisfeito de aparecer as custas dos outros, o parlamentar ainda aproveito o episódio para fazer política e agredir adversário como o ex-prefeito e presidente do Galo da Chapada, Magno Bacellar, e a prefeita de Chapadinha, Danúbia Carneiro.
Em menos de 24h, o deputado Paulo Neto se contradisse e afirmou que não foi oferecido dinheiro aos jogadores do Viana para abrir o jogo. Só que o estrago já estava feito e o nome das pessoas envolvidas estava exposto na mídia nacional e internacional. Graças a seu oportunismo, o parlamentar conseguiu os seus desejados 15 minutos de fama.
Se o deputado Paulo Neto estivesse realmente preocupado com os interesses do Chapadinha deveria ter no mínimo subido na tribuna da Câmara para denunciar a participação irregular do Moto no Campeonato Maranhense da Segunda Divisão. Não só ficou calado como na da fez para tentar impedir a virada de mesa eminente em favor do Papão.
Agora, o senhor quer posar de arauto da justiça desportiva? Deputado, o futebol maranhense não precisa dessa sua ajuda.
Tudo de errado jogam para Chapadinha
Já dizia certa ‘raposa’ da política: AMIGO MEU NÃO TEM DEFEITO. INIMIGO, SE NÃO TIVER EU PONHO.
Só tá faltando dizer o seguinte: “Matem o Chapadinha e toda a sua torcida. Eles são os culpados pelo fracasso do futebol no maranhão”.
William Fernandes (falando como chapadinhense) – Chapadinha – MA
“Estão passando dos limites. É bem verdade que o Chapadinha perdeu de forma estranhíssima para a equipe do Viana por 11 a zero. Mas os jogadores e dirigente estão ficando com a boca torta de dar explicações à imprensa… dos Sul e do Sudeste do País (já que a do Maranhão não vem na cidade e quando vem não “encontra” ninguém do time) de que não houve nada premeditado.
Tanto, que a reportagem que passou no “Esporte 10”, sábado na TV Mirante, mostrou um jogo disputadíssimo, com a duas equipes buscando o gol, os goleiros fazendo defesas difíceis, jogadores quase chegando aos tapas e, o Chapadinha, que era o líder do segundo turno ( e ninguém fala isso) mesmo jogando melhor, acabou tomando dois gols. Só depois do 3º gol do Viana e de saber que em São Luis saía um pênalti atrás do outro, é que alguns jogadores do Chapadinha resolveram botar o pé no freio e deu no que deu. Mas, até onde eu acompanhei, não foi nada combinado.
Aliás, pra quem não sabe, ou se sabe, dá uma de “joão sem braço”, ao Chapadinha bastava ganhar de 1 a 0 que estaria classificado. Se tivesse que haver marmelada combinada previamente seria com o Viana deixando entrar uma ou duas bolas. Seria bem menor a mancada.
Quanto aos dirigentes conversando no intervalo, isso ocorre em todos os jogos realizados no estádio Nhozinho Santos e ninguém diz nada. Eu estava lá em Viana e perguntei o que estava acontecendo. Me disseram que estavam reunidos para decidir retornar para o segundo tempo somente depois que o jogo do Moto reiniciasse. “Pensam que somos otários, só porque somos do interior” disseram os dirigentes.
E eles ficaram mais assustados ainda, quando souberam que assim que terminou o 1º tempo em Viana (0 x0), lá em São Luis foram marcados 3 gols em 5 minutos. Outro fato que ninguém comenta. Enquanto estavam se matando em Viana, em São Luis, o Moto que não ganha nem do IAPE (com todo o respeito) caçula do futebol maranhense, contava com o “azar” do Santa Quitéria que sem querer cometeu vários pênaltis. E quando não era pênalti o árbitro marcava assim mesmo.
Os times se matando em Viana e, em São Luis, acontecia a “estréia e despedida” do – pasmem – prefeito e dono do Santa Quitéria, Manim Leal, que, do alto do seu vigor físico (não reparem na barriguinha) e sua juventude (apenas 52 anos – entendam que a idade está é na cabeça), só tocou duas vezes na bola. Para a imprensa que execra o Chapadinha isso é tudo normal. Anormal é o Moto ficar fora de um torneio de “elite”.
Agora, estão “descobrindo’ tanta coisa. Tem deputado dizendo que os jogadores do Chapadinha receberam R$ 50 mil, tem reportagem dizendo que houve maracutáia sim, pois até a prefeita estava dentro do campo no intervalo do jogo (como se isso revelasse alguma coisa).
Agora, estão acusando o coitado do zagueiro Grafite, do Moto, de ter se vendido na goleada sofrida pelo Moto por 4 a 1 em Chapadinha. Derrota que deixou os motenses com a cara no chão, pois não teve influencia nenhuma da arbitragem. Mas, foi bola mesmo que o Chapadinha jogou, surpreendendo àqueles que pensavam que só as camisas do Moto eram suficientes para “cozinhar” o Galo, como vinham dizendo em várias reportagens.
Agora é assim: se o Chapadinha ganhar do Palmeiras, líder do Brasileirão, foi o presidente do Galo que comprou os zagueiros adversários. E se o Chapadinha perder para o Tabajara, foi o presidente do Galo da Chapada que aceitou 50 mil reais só para que o Vila Xurupita Futebol Clube não se classificasse.
Mas ninguém pode sair por aí acusando por acusar. No caso do deputado que acusou a prefeita de Chapadinha e o presidente do Galo, isso é grave. Mas não menos grave é a acusação contra o zagueiro do Moto. Sem dúvida, alguém que acusou terá que provar, se é que tem provas. Se é que rolou mesmo grana nisso tudo.
O povo de Chapadinha merece respeito. A cidade já sabe o porque de tudo isso estar acontecendo e não se conforma com a verdadeira sujeira sendo colocada embaixo do tapete e toda a culpa sendo jogada para o seu time. Quando algum vem acusar, pode ver, tem motivação política por trás.
A FMF criou uma comissão de sindicância (vai ver, composta de torcedores de Moto e Sampaio) que vai “apurar” os acontecimentos. Mas a Federação que tome cuidado, pois isso pode ser um tiro no pé. Para se fazer uma investigação tem que começar do começo.
E se, realmente fizerem uma investigação séria, tirarão muitos ratos de dentro dos esgotos da FMF. Como disse um torcedor do Galo que não perde um treino: “Nóis é pobre mas semo limpo”
O danado é que muitos ainda estão vivendo daquele tempo em que o Sampaio e o Moto faziam amistosos no interior, com seleções amadoras formadas de última hora e, depois de golear os donos da casa, os adversários ainda pediam para tirar fotos ao seu lado.
Acordem, os tempos são outros!