O ex-goleiro e técnico do Moto, Rui Scarpino, recusou o convite para assumir o seu ex-clube no restante da Taça Cidade de São Luís e o segundo turno do Campeonato Maranhense da Segunda Divisão porque tem um nome a zelar. Um treinador top de linha como o Rui não poderia assumir um time que já foi treinador por sete profissionais diferentes na temporada e no qual é oferecido galeto (frango assado) com farofa para os jogadores almoçarem.
Na mesma semana que o Moto ofereceu míseros R$ 5 mil reais para Rui Scarpino dirigir a equipe, ele já havia recusado um convite do América (RN) para ganhar três vezes o valor oferecido pelo presidente do Papão, Cleber Verde. Os dirigentes amadores têm que entender que técnico de ponta não trabalha só por salário. É preciso dar condições de trabalho para que se possa brigar por título.
O próprio Raimundinho Lopes, que aceitou o desafio de treinar o Moto, com três dias de trabalho, já está reclamando da falta de condições e amadorismo. Na véspera da importante partida contra o Sampaio que decidiria a sorte do clube na Taça Cidade, o presidente Cleber Verde multou os jogadores em 30% dos seus salários. Existe prova da falta de profissionalismo maior? E ele ainda queria trazer o Rui Scarpino.
O técnico Abel Ribeiro que foi mandado embora do Moto e ainda passou por um enorme constrangimento no hotel que morava por causa de um calote que a diretoria do clube tentou dar no estabelecimento, é o atual gerente de futebol do Criciúma (SC). O técnico Arlindo Azevedo que foi campeão estadual com Papão também até que tentou ajudar o clube, mas esbarrou no crônico amadorismo que tomou conta do time e na primeira oportunidade entregou o boné.
Todos estes acontecimentos só vem confirmar que o problema do Moto não técnico, mas administrativo, pois eles podem contratar Vanderlei Luxemburgo, Muricy Ramalho, que não vai tirar o Papão do fundo do poço onde se encontra.