Situação pode causar riscos para a saúde; entenda como se proteger
A dona de casa Florisa Araújo tem sentido a pele mais seca e uma tosse persistente nas últimas semanas. “Acordo com a garganta irritada e a sensação de nariz entupido. Sinto o peito cheio de secreção. A minha família toda está do mesmo jeito. É uma situação alarmante”, relata. Florisa não está sozinha. Muitas pessoas na região tocantina têm enfrentado problemas de saúde semelhantes devido à queda drástica nos níveis de umidade do ar.
Segundo dados do Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), Imperatriz, Carolina, Colinas e Alto Parnaíba estão entre os municípios maranhenses que registram índices de umidade na faixa dos 20% em ocasiões ao longo do mês de setembro. Para se ter uma ideia, esse percentual é semelhante ao encontrado em locais como o deserto do Saara. Ainda de acordo com o Inmet, o quadro é causado pela combinação entre as altas temperaturas e a falta de chuvas.
A situação é tão drástica que requer cuidados adicionais. O professor do curso de Enfermagem da Facimp Wyden, Claumir Júnior, alerta que a baixa umidade do ar pode causar diversos problemas de saúde. “O ressecamento das mucosas que revestem o trato respiratório dificulta a proteção natural das vias aéreas, aumentando o risco de infecções respiratórias, como gripes e resfriados”, explica o profissional.
A baixa umidade também pode agravar doenças crônicas como asma e bronquite, além de causar irritações na garganta, nariz e olhos, levando a sintomas como tosse seca, dificuldade para respirar e sensação de desconforto nasal. “O sangramento nasal e o comprometimento da imunidade também são consequências comuns da baixa umidade”, alerta Claumir Júnior.
PREVENÇÃO
Para se proteger em um tempo tão seco, o enfermeiro recomenda alguns cuidados diários. “Hidratação constante, utilizar umidificadores de ar ou colocar bacias com água em ambientes fechados, além de evitar o acúmulo de poeira e outros alérgenos”, enumera.
O especialista finaliza: “A baixa umidade do ar é um problema sério que exige cuidados especiais. É importante que as pessoas estejam atentas para perceber quando essa condição prejudica a saúde e buscar ajuda médica quando necessário”, orienta o enfermeiro.