Teste do Pezinho: um gesto de amor e cuidado com os recém-nascidos

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No mês de junho é lembrado o Dia do Teste do Pezinho, um exame essencial para a saúde dos recém-nascidos. Segundo dados da Secretaria Municipal de Saúde de Imperatriz, o município realizou 1.906 testes no ano passado, enquanto que, em maio deste ano, foram 745 testes realizados. Já em todo o Maranhão, a Secretaria de Estado da Saúde (SES) contabilizou 33.521 testes realizados em 2023, conforme os dados mais recentes divulgados.

A enfermeira e professora da Faculdade de Medicina de Açailândia (IDOMED Fameac), Flavia Monari, enfatiza que o exame faz parte do Programa Nacional de Triagem Neonatal (PNTN) e detecta precocemente doenças genéticas, infecciosas e metabólicas nos recém-nascidos. Esse diagnóstico precoce é crucial para iniciar intervenções antes do surgimento de sintomas, prevenindo complicações graves. A campanha do Junho Lilás reforça a importância da realização deste exame nos bebês. O exame é gratuito e, há cerca de 20 anos, obrigatório por lei em todo o território nacional. 

DIAGNÓSTICO

Mais de 50 doenças podem ser identificadas pelo exame. Entre as condições que podem ser detectadas pelo teste do pezinho estão a fenilcetonúria, que causa problemas neurológicos se não tratada; o hipotireoidismo congênito, que pode levar a atrasos no desenvolvimento e deficiência intelectual; a fibrose cística, que afeta os sistemas respiratório e digestivo; a anemia falciforme, que provoca anemia crônica e crises dolorosas; e a hiperplasia adrenal congênita, que pode resultar em desequilíbrios hormonais. 

A professora explica que o teste é simples. “Algumas gotas de sangue são coletadas do calcanhar do bebê. O ideal é que o exame seja realizado entre o 3º e o 5º dia de vida, mas, se não for possível, a coleta pode ser feita até o 29º dia, sendo que os pais devem levar os resultados ao pediatra para avaliação. O profissional interpretará os dados e orientará sobre possíveis tratamentos”, orienta Flávia.

Nos últimos anos, o Brasil tem investido na modernização dos laboratórios e na capacitação de profissionais, melhorando a eficiência e a qualidade dos resultados. A implementação de novas tecnologias e a automação do processo também contribuíram para agilizar a análise das amostras e reduzir o tempo entre a coleta e a entrega dos resultados.

“Esses avanços no Teste do Pezinho demonstram o compromisso do Brasil com a saúde pública e o desenvolvimento saudável das crianças. A constante atualização do programa garante que o Teste do Pezinho continue sendo uma ferramenta fundamental na triagem neonatal, assegurando um futuro mais saudável para os recém-nascidos”, explica a professora Flávia. 

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