Hábito de ranger os dentes está relacionado a dores no rosto e na cabeça, além do desgaste dos dentes
Ranger os dentes: você conhece alguém que tem este hábito? De acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS) o bruxismo é observado em pacientes de todas as idades e atinge cerca de 40% da população brasileira.
O bruxismo é o ato inconsciente de apertar ou ranger os dentes de forma constante e excessiva. As suas causas podem estar relacionadas a fatores de ordem psicológica, como estresse e ansiedade. Quem sofre de bruxismo também costuma relatar dor de cabeça, especialmente na região das têmporas; e dor que começa na na face e desce para o pescoço.
Bruna afirma que o bruxismo pode acontecer a qualquer hora do dia, mas é mais comum no período da noite, durante o sono. “O primeiro passo é identificar qual é a causa do bruxismo e, em seguida, buscar tratamento. Parte da abordagem é feita com acompanhamento psicológico”, explica Bruna Milhomens, professora e coordenadora do curso de Odontologia do Centro Universitário Estácio São Luís.
QUALIDADE DE VIDA
O problema afeta a qualidade de vida, especialmente porque prejudica o sono, já que é nessa hora que o problema aparece com maior frequência. “O paciente com bruxismo não consegue dormir bem. O sono não se torna profundo”, revela Bruna.
A professora explica ainda que o hábito pode desgastar os dentes, deixando-os mais curtos, e também gerar problemas na articulação da mandíbula – uma condição que tecnicamente é chamada de Disfunção da Articulação Temporomandibular (DTM). “O bruxismo afeta toda a musculatura envolvida na mastigação e isso repercute, muitas vezes, com enxaqueca. É comum pessoas com bruxismo amanhecerem com dor de cabeça. O outro sinal é o desgaste dos dentes”, pontua.
TRATAMENTO
Ainda não existe estudo que comprove que há cura para o bruxismo, mas existe tratamento, como explica a odontóloga. “O tratamento é multidisciplinar. Na hora de dormir, a pessoa vai usar placas para poder relaxar a musculatura. Além disso, é indicado que se faça acompanhamento psicológico, com terapia e, se já estiver com problemas na articulação, é necessário fazer o tratamento também desse problema”, finaliza Bruna Milhomens.