José Henrique Silva Souza tem dois anos de idade e adora brincar no parquinho, mas tem dificuldade de lidar com luzes fortes e espaços muito cheios. “Hoje, ele está se divertindo demais. Isso é muito importante, porque me dá liberdade, até me desestressa”, conta a mãe, Patrícia Freitas Silva Souza, 29. José Henrique foi uma das 40 crianças que participaram, na manhã desta sexta-feira (09) de uma sessão especial de brincadeiras na “Floresta Encantada da Chapeuzinho Vermelho”, no Rio Anil Shopping.
A atração, que começou a funcionar este mês e vai até o dia 30 de outubro, conta com piscina de bolinhas de mais de 150m² de área, infláveis temáticos, além de diversos brinquedos infantis e espaço baby. A sessão especial foi a primeira realizada para crianças com deficiência e Transtorno do Espectro Autista (TEA). A próxima deverá ocorrer em outubro. As inscrições são gratuitas e podem ser realizadas por um link disponibilizado nas redes sociais do shopping dias antes do evento.
INCLUSÃO
“O Rio Anil Shopping quer encantar e atender a todas as famílias. Pensando nisso e reforçando a inclusão, a gente criou essa sessão específica, para que todos se sintam incluídos e possam se divertir com a gente”, afirma a superintendente do Rio Anil Shopping, Francine Machado.
Para atender melhor às necessidades das crianças com TEA, a sessão especial ocorreu das 9h às 10h da manhã – horário com menos barulho e menor fluxo de pessoas no shopping. Para Patrícia e José Henrique, a medida foi bem-vinda – assim como o tempo a mais para permanecer no brinquedo. “Já tivemos experiências de entrar em um brinquedo e ele ter muita dificuldade para sair. Aí acabava ali todo o passeio, porque ele chorava muito e se frustrava. Ter menos gente e menos barulho também ajuda, porque se ele está num lugar muito cheio ele se irrita e quer ir embora”, explica.
Programação também incluiu contação de histórias em homenagem a São Luís
Como forma de homenagear o aniversário de São Luís, o Rio Anil Shopping apresentou, na quinta-feira (08), o espetáculo “A serpente encantada”. Em forma de contação de histórias, o objetivo foi apresentar às crianças e à comunidade em geral, que passava pelo shopping, um pouco das lendas da capital maranhense – com um diferencial: a lenda é contada pela própria serpente, que decidiu apresentar a São Luís a sua própria versão da história.
“A contação de histórias é a melhor forma de conversar com as crianças. É importante para não se deixar esquecer, preservar a cultura maranhense e apresentar informações adicionais que as pessoas não sabem”, avalia a atriz Júlia Fontenelle, que participa do espetáculo.
Quem assistiu, aprovou. “Eu acho muito bom, porque como o mundo está muito distraído das coisas, tem gente que esquece a nossa essência, então é sempre bom relembrar”, opina a dona de casa Letícia Fernanda Santo Rodrigues, 32, que levou os filhos Wellington, de 13 anos; Gustavo, de 4 anos; e Levi, de 3 anos, para assistir à apresentação no shopping.
