Em meio a uma crise sanitária causada pela pandemia e períodos em que algumas regiões do país sofrem com surtos virais, um simples espirro causado por um resfriado ou alergia em público, pode gerar um grande incômodo. Entre as alergias, a rinite e a sinusite se destacam, criando dúvidas pelos sintomas similares, onde a maioria das pessoas que tem incômodos semelhantes a ambas inflamações, chega num diagnóstico próprio, muitas vezes equivocado.
Mas afinal, como diferenciar cada enfermidade? A médica otorrinolaringologista do Grupo Hapvida NDI, Natalia Cândido, esclarece pontos que darão fim a todas as dúvidas.
As diferenças
Rinite: Natalia explica que a rinite é uma inflamação da mucosa nasal, que pode ou não ter uma origem alérgica. O mais comum é uma rinite de origem alérgica, que pode ser manifestada nos primeiros anos de vida, principalmente quando a família possui um quadro clínico semelhante.
O diagnóstico é clínico e os sintomas irritativos nasais como a coceira, secreção, nariz congestionado e as crises de espirros, desencadeados por algum tipo de irritante ambiental (ácaro, cheiro forte, pelo, mudança climática, entre outros), indicam e são características típicas da rinite.
Sinusite: É uma inflamação nos seios da face. Na maioria das vezes tem relação com alguma infecção viral, bacteriana ou causada por fungos, das vias aéreas superiores, como um resfriado, que pode começar com uma garganta inflamada e evoluir com uma congestão nasal, secreção e perda de olfato. Outros sintomas podem envolver a sensação de peso na face e a secreção pode ser mais espessa.
Possuem cura?
A médica otorrinolaringologista do Sistema Hapvida explica que a rinite tem uma origem alérgica, por isso não tem cura, mas pode ser controlada, diante de um cuidado com a exposição ambiental direta de possíveis desencadeadores da alergia. Uma casa limpa, ventilada, sem objetos com pelo, ajuda bastante no controle dos sintomas. Evitar ambientes úmidos e trocar o conjunto de cama com regularidade também são essenciais.
Já a sinusite tem cura, por conta da origem infecciosa. O combate pode ser feito por medicação leve para aliviar os sintomas, se for de origem viral, ou através de antibióticos, ou causada por uma bactéria.
“Nos quadros virais, o próprio corpo combate à infecção, mas se os sintomas se estenderem por mais de cinco dias, já pode se pensar num quadro bacteriano, sendo necessário o uso de antibiótico”, aponta a especialista.