O Maranhão perde o maior cronista esportivo de todos os tempos

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A crônica esportiva perdeu um de seus maiores ícones. Herbeth Fontenele morreu hoje, aos 73 anos, mas permanecerá como a lenda viva do futebol do Maranhão. A carreira do mais célebre profissional do rádio local foi tão intensa quanto polêmica, a ponto de transformá-lo no maior comentarista esportivo do Estado, cuja presença muitas vezes se sobrepunha à informação, tamanha a sua imponência ao microfone.

Fontenele exercia a profissão como sacerdócio. Abnegação e raro talento compunham, portanto, a fórmula do seu sucesso. Era o comentarista que tinha a maior e a melhor leitura de jogo que já conheci. Crítico ao extremo, não poupava jogadores, técnicos e dirigentes quando os julgava incapazes. Atraiu antipatia e hostilidade, mas também conquistou uma legião de admiradores, que mantiveram audiência fiel ao ídolo até o último momento.

Por décadas, Fontenele arrebatou multidões de torcedores com seus comentários contundentes, ferinos até. E apesar de ser boliviano declarado, atraia a admiração de torcedores montenses, atleticanos e de outros clubes.

Assim como muitos outros cronistas esportivo, sinto-me com um profundo pesar pela partida desse grande companheiro, mas também gratificado por ter convivido com ele nestes mais de 14 anos que estou no Grupo Mirante.

Por várias vezes trocamos informações, quase sempre, sobre futebol e na maioria das vezes sobre a Bolívia Querida, uma das maiores paixões do Comentarista do Povão, o Poeta ou simplesmente Fontece, como os mais próximos o chamavam.

O mais triste é que Fontenele deixa um espaço enorme na crônica esportiva maranhense, pois, infelizmente, não deixou substituo. Ele como pessoa e profissional foi um ícone e um exemplo a ser seguido por muitos.

Desejo do fundo do coração conforto para os familiares, amigos e fãs de Fontenele.

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