Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), a doença é a segunda maior causa de cegueira no mundo
O maio verde é considerado o mês de prevenção e combate ao glaucoma, uma doença que pode causar cegueira irreversível se não for tratada a tempo. Apesar da gravidade do quadro, quatro em cada dez pessoas não sabem o que é, de acordo com levantamento realizado pelo Ibope Inteligência. Conforme destaca o Conselho Brasileiro de Oftalmologia, em 80% dos casos o paciente não apresenta sintomas logo que se instala a doença.
Segundo o médico oftalmologista, professor de Medicina da Faculdade Pitágoras, doutor Abraão Neto Kós, o glaucoma é uma enfermidade que provoca a atrofia do nervo óptico, responsável por conectar o olho ao cérebro, interrompendo, assim, a transmissão dos sinais entre esses dois órgãos e levando à cegueira. No geral, a doença ocorre devido ao aumento da pressão intraocular. Trata-se de um processo lento, que pode progredir durante anos, até o aparecimento dos primeiros sintomas.
“Na fase inicial da doença alguns pacientes não sentem nada, o que caracteriza o glaucoma como uma doença perigosa. Muitas pessoas recebem o diagnóstico quando já está no processo de deterioração da visão”, alerta o especialista.
Para evitar complicações e um diagnóstico tardio, o aconselhável é consultar um oftalmologista uma vez por ano. Entretanto, para quem já realiza tratamentos, principalmente em casos de enfermidades progressivas, o correto é ir às consultas em períodos mais curtos, orienta o profissional.
“A melhor maneira de prevenir o glaucoma é fazendo o exame oftalmológico anualmente, com a medida da pressão ocular. O diagnóstico precoce pode evitar a cegueira, o que reforça a importância dos exames de rotina. As pessoas que têm histórico familiar devem realizar acompanhamento semestralmente”, enfatiza.
Sintomas do glaucoma
A maioria das pessoas não apresenta sintomas, mas com o passar dos anos e se não tratado devidamente, o paciente com glaucoma tende a ter a visão periférica prejudicada. Veja os principais sintomas:
Perda da visão lateral intermitente;
Visão embaçada;
Olhos vermelhos;
Dor súbita;
Inchaço palpebral;
Náuseas e vômitos (em casos agudos ou avançados).