Lúpus: precisamos falar sobre ela

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Na última semana do mês, a campanha “Fevereiro Roxo” esclarece sobre a doença.

Lúpus é uma doença autoimune, complexa e de difícil diagnóstico. A Sociedade Brasileira de Reumatologia (SBR) estima que 65 mil pessoas sejam portadores da doença no Brasil, sendo a maioria do sexo feminino. Com o objetivo de sensibilizar a população sobre a doença e trazer mais informações sobre sintomas e tratamento, foi criada a campanha “Fevereiro Roxo”.

Segundo a doutora Anna Sylvia Gonçalves Reis, médica reumatologista da Rede Hapvida Saúde, o lúpus é uma doença crônica e autoimune, ou seja, o corpo produz células contra suas próprias células, causando uma inflamação exagerada. “Ela pode acometer vários órgãos como pele, articulações, músculos, rins e outros. Está muito relacionada à fadiga, queda de cabelo, indisposição e piora na qualidade de vida desse paciente”, explica Reis.

O tratamento da doença inclui remédios, de acordo com o órgão acometido e o tratamento não medicamentoso, que inclui a prática de exercícios físicos regulares, alimentação saudável e controle de peso. Tudo isso, vai ajudar no controle da inflamação da doença”, observa.

O tratamento precoce vai levar qualidade de vida ao paciente. A especialista destaca que a doença não tem cura, mas existe controle. “Importante ter essa informação para que as pessoas procurem o mais rápido possível um reumatologista para ter o diagnóstico precoce e o tratamento adequado, proporcionando bem-estar à pessoa”.

Fevereiro roxo

Alzheimer, lúpus e fibromialgia. Apesar de serem doenças que, aparentemente, não têm muito em comum, em ao menos duas coisas elas se aproximam: as três não têm cura conhecida pela medicina, e são, todas, tema da campanha Fevereiro Roxo, criada como forma de conscientizar a população sobre essas patologias.

A campanha surgiu em 2014, na cidade de Uberlândia, em Minas Gerais. Não existe um calendário oficial de conscientização, mas o trabalho, geralmente, é feito por organizações não governamentais (ONGs) e, muitas vezes, é apoiado por prefeituras e governos estatais, que promovem palestras, ações de informação e até mutirões de saúde.

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