Sampaio 2 x 0 Moto; um clássico revelador!

O clássico, pois não posso chamar de superclássico, entre Sampaio 2 x 0 Moto serviu apenas para mostra um raio-x das duas equipes. Com a vitória, o Tricolor demonstra que está saindo da crise dentro de campo, pois jogou bem por 30 minutos. Já a derrota do Papão provou que a crise extracampo, que o perseguiu no ano passado, voltou como uma recaída de gripe suína.
No clássico, o Sampaio apresentou pela primeira vez na temporada um padrão de jogo. Apesar de estar jogando sem sete titulares, o Tricolor tomou a iniciativa na partida e dominou o Moto no primeiro terço do jogo. Porém, o time cansou muito rápido e só não perdeu o jogo porque o goleiro Rodrigo Ramos estava inspiradíssimo.

Acho que o Sampaio está se acertando dentro de campo. O técnico Valter Ferreira aos poucos está implantando sua filosofia de trabalho. A contratação de Edvaldo Coelho como diretor de futebol foi acertada, pois conhece jogadores e treinadores, porém, deve maneirar nas suas declarações para não pegar outro puxão de orelha do presidente Sergio Frota.

As coisas no Tricolor parecem que estão se acertando até nas contratações, pois embora não tenha visto o novo lateral-esquerdo Samuel jogar fiquei satisfeito só pelo fato dos dirigentes trazerem um jogador em atividade ma satisfaz. O clube estava com uma política de trazer ex-jogador em atividade e atleta parado há mais de seis meses que tinha gente confundindo o Sampaio com centro de reabilitação de jogador.

No Moto, as coisas vão de mal a pior. A derrota no clássico para o principal rival é apenas o reflexo da crise extracampo que o time vive. O clube tem múltiplos comandos que apenas dão ordens, mas que não metem na mão no bolso. Os jogadores e funcionários estão com os salários atrasados há dois meses. Para os atletas falta até o básico como alimenta, pois na semana passada sete jogadores tiverem que dividir um galeto no almoço.

Nem mesmo o projeto de arrendamento do departamento de futebol para os empresários Arthur Filho e Clovis Dias foi para frente. O time do Papão hoje é uma mistura de jogadores trazidos pela dupla de empresários e atletas da região que não deram certo em outras equipes e novatos selecionados em peneira.

Para piorar a situação do Moto, a ajuda prometida pelo governo do estado ainda não saiu do papel e temo que o time não termine seus jogos na Copa União. Competição que foi criada justamente para colocar o Papão em atividade no primeiro semestre quando se deveria estar jogando o Estadual.

Portanto, o primeiro clássico da Copa União serviu apenas para mostrar o quanto é mais grave do que se imagina a crise do Moto e que o Sampaio aos poucos está se acertando dentro de campo, pois fora está muito bem administrado.

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