Enquanto cortava o cabelo no Palácio do Planalto, o presidente Jair Bolsonaro afirmou em vídeo transmitido ao vivo pelo Facebook na tarde desta segunda-feira (19), que o presidente da Ordem dos Advogados do Brasil, Felipe Santa Cruz, está “equivocado” quanto à morte de seu pai e alegou que ele não foi morto pelos militares, como defende o advogado.
Bolsonaro sustentou que foi o próprio grupo de militantes antiditadura militar do qual Fernando Augusto Santa Cruz de Oliveira fazia parte em Recife, a Ação Popular marxista-leninista, que teria executado o pai do hoje presidente nacional da OAB.
Fernando Santa Cruz desapareceu em 23 de fevereiro de 1974 depois de ter sido preso por agentes do DOI-Codi no Rio de Janeiro. Estudante de direito, ele era funcionário do Departamento de Águas e Energia Elétrica de São Paulo.
“Ele falava com muita gente da fronteira, conversava, e o pessoal da AP no Rio de Janeiro ficou estupefato, né. ‘Como que pode esse cara vindo de Recife se encontrar conosco aqui’? O contato seria com a cúpula da Ação Popular de Recife e eles resolveram sumir com o pai do Santa Cruz. Essa foi a informação que eu tinha na época desse episódio. Foi isso que aconteceu, não foram os militares que mataram ele não, está bem?”
O presidente disse que é “muito fácil” culpar os militares “por tudo”, ao afirmar que Santa Cruz sabe apenas de uma das versões do ocorrido. E em seguida acrescentou: “Não quero quero polemizar com ninguém não, não quero mexer com os sentimentos do senhor Santa Cruz, não tenho nada pessoal contra ele. Mas ele está equivocado com uma versão apenas do fato, mas ele tem todo o direito de me criticar. Mas essa é a versão minha.”
Fernando Santa Cruz desapareceu em 23 de fevereiro de 1974 depois de ter sido preso por agentes do DOI-Codi no Rio de Janeiro. Estudante de direito, ele era funcionário do Departamento de Águas e Energia Elétrica de São Paulo.
Fonte: O Contraponto