Levantamento, assim como outros já divulgados, aponta Braide na liderança e destaca, ainda, as pré-candidaturas de Wellington do Curso, Duarte Júnior e Bira do Pindaré
Pela primeira vez, o nome do juiz federal Roberto Veloso é citado em uma pesquisa de opinião destinada a sondar a preferência do eleitorado para a eleição de prefeito de São Luís, em 2020. O levantamento, feito pelo Instituto Prever, indica que o magistrado tem facilidade para construir discursos e bandeiras políticas, sobretudo por ser uma opção nova.
Disposto a lançar-se à corrida rumo às urnas tão logo entre para a aposentadoria, que ele passará a gozar a partir de setembro deste ano, Veloso tem a filiação partidária disputada por diferentes siglas, dentre as quais PSL e Novo. Outras legendas manifestam clara intenção de apoiá-lo e já estão em plena articulação de uma aliança, visando à construção de um palanque forte para dar sustentação ao projeto.
A rejeição ao nome de Veloso se dá muito mais pelo fato de o juiz ser, ainda, desconhecido da grande maioria do eleitorado. Uma possível vinculação à imagem do ex-juiz federal e atual ministro da Justiça, Sérgio Moro, também não favorece as pretensões do magistrado, que, a despeito de todas as circunstâncias, já conta com importante apoio político e aceitação de parcela significativa da população ludovicense.
Entre prós e contras, o juiz federal, cuja filiação partidária está sendo disputada por diferentes siglas, tem tudo para fortalecer o seu nome e encabeçar uma candidatura competitiva, faltando um ano e cinco meses para a sucessão municipal na capital.
Outros nomes
Os demais nomes citados na pesquisa são os mesmos já apresentados em sondagens anteriores: os deputados federais Eduardo Braide e Bira do Pindaré e os deputados estaduais Wellington do Curso e Duarte Jr.
Seguem os resultados da avaliação qualitativa de cada uma dos pré-candidatos:
Eduardo Braide
Líder em todas as pesquisas realizadas até o momento, Braide se sobressai na pesquisa pelo recall positivo elevado e é lembrado pelas propostas, sobretudo as que apresentou na última campanha a prefeito da capital, em 2016, quando chegou ao segundo turno e foi derrotado pelo prefeito Edivaldo Holanda Júnior por uma diferença inferior a 42 mil votos. Pesam contra Braide, na avaliação dos entrevistados, acusações de corrupção (escândalo na Prefeitura de Anajatuba) e a possibilidade de disputar a eleição ao governo em 2022, o que o levaria a renunciar ao mandato de prefeito. Falta de carisma e frieza das expressões também são considerados fatores negativos.
A conclusão é de que Braide concentra a maior parte dos votos úteis no cenário.
Wellington do Curso
Wellington do Curso tem o carisma e a popularidade como principais trunfos na disputa da sua segunda eleição de prefeito de São Luís. O parlamentar é visto como candidato que mais ajuda as pessoas e, apesar das duras críticas que faz ao governo e à prefeitura, não atrai para si os votos da desaprovação do Estado e do Município. Embora renda votos, a onipresença de Wellington na resolução de problemas da comunidade, conferem a ele a imagem de oportunista. A oportunidade perda na última eleição pesa negativamente e a forma ostensiva como faz oposição ao governador Flávio Dino é criticada até mesmo pelos que reprovam o governo do comunista.
A pesquisa conclui que Wellington não complementa o discurso crítico ao governo com sugestões de soluções.
Duarte Jr.
É visto como inovador, corajoso, popular, trabalhador e atuante. Outro dado revelado pelo levantamento é de que a maioria do eleitorado de Duarte Jr. é formado por mulheres. Contrapõe-se às virtudes apontadas pela sondagem aspectos negativos a proximidade com o governo, que embora atraia a preferência dos que aprovam a gestão estadual e dos votam por aprovação ou indicação da gestão estadual, é apontada como fator limitador do seu crescimento.
Em síntese, a pesquisa conclui que os eleitores de Duarte Jr. não relatam existência de problemas internos (partidários) vivenciados por Duarte.
Bira do Pindaré
Visto como popular e atuante nos movimentos sociais, Bira do Pindaré reforçou sua presença no cenário eleitoral de 2020 por empunhar a bandeira antirreforma da previdência, segundo os eleitores ouvidos pela pesquisa. Os que votam nele destacam qualidades do deputado como confiança e o fato de conhecê-lo bem. No entanto, a ligação com Flávio Dino atrai para Bira plena rejeição dos que desaprovam o governo. Sua imagem é desassociada do ideário de mudança/renovação e ele é visto como não cumpridor de promessas.
Em relação a Bira, a conclusão é de que parte dos seus eleitores não acreditam que ele saia candidato por orientação de Flávio Dino.